1- Nunca escolher o óbvio. A imprensa é capaz de endeusar um atrasado mental se os ventos do futebol o empurrarem para algumas vitórias inesperadas (Ranieiri, Jaime Pacheco, Souness, há tantos).
2- Olhar para números e para quem os obteve com raia miúda. Ter a defesa menos batida com Thiago Silva e Pepe ou o melhor ataque com Ronaldo e Messi é muito mais fácil.
3- Escolher com base nos jogadores e filosofia de jogo. De que vale a pena contratar Mourinho se o meu clube joga 90% dos jogos em contra-ataque, ou para que quero um Prandelli se quase todas as equipas quando me defrontam jogam com as linhas recuadas.
3- Ver a curva de carreira. Dos 35 aos 40 aprende-se. Dos 40 aos 50 atinge-se o auge. Dos 50 aos 60 chega o declínio. A partir daqui poucos mantêm a ambição de enriquecer clubes com troféus. Há excepções (Ferguson) mas estão todos em grandes clubes. Tal como os jogadores, os treinadores também falham e perdem confiança. Recrutar em alta é bom. Contratar em baixa é um grande risco.
4- Evitar reprises. Lá porque um treinador vingou no passado num rival, não quer dizer que volte a fazê-lo. Tudo muda e embora o algodão não engane, depois de usado é mais difícil distinguir o cagado do muito cagado.
5- Good press. Hoje em dia apostar num treinador com uma má relação com os media é meio caminho andado para andar o caminho todo a penar (Vitor Pereira é um exemplo que devia vir nos livros).
6- O ex da casa. Cada vez menos treinadores vingam nos clubes onde são formados e destes cada vez menos foram jogadores de futebol a sério. Há cada vez menos santos e fazem poucos milagres.
7- Em Portugal o contrato que faz mais sentido é o 1+1. Um ano, se correr bem o clube opta pelo segundo. Se sobreviver a este início, está na altura de um contrato de 2 anos.
8- Português. Está na moda dizer que a nossa Liga é muito específica e que o treinador tuga é a melhor aposta. Dois mitos. A nossa liga é tão específica como todas as outras e a maior parte dos treinadores portugueses são tão bons como os clubes, directores, árbitros e imprensa. Ou seja, sofríveis. O problema é que não trazemos os melhores treinadores estrangeiros para Portugal.
9- O formador. Também é moda, mas esta é vital. Ter um treinador com coragem e capaz de "ensinar" jovens a dar os primeiros passos na equipa principal do clube é uma garantia de dinheiro em caixa.
10- Bem me quer. Os adeptos nunca são bons conselheiros. Testar o nome nos blogs e jornais é uma asneira (foi método nos últimos anos e não serve para nada). Não há nomes consensuais. O treinador esta seguro pelo presidente e este é o único que tem de dar palpites na coisa. O resto é conversa.
SL
Curiosos os pontos "3" deste e do ultimo post
ResponderEliminar3- Ver a curva de carreira. Dos 35 aos 40 aprende-se. Dos 40 aos 50 atinge-se o auge. Dos 50 aos 60 chega o declínio. A partir daqui poucos mantêm a ambição de enriquecer clubes com troféus. Há excepções (Ferguson) mas estão todos em grandes clubes. Tal como os jogadores, os treinadores também falham e perdem confiança. Recrutar em alta é bom. Contratar em baixa é um grande risco.
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3/ O processo de renovação do treinador foi mal conduzido. Seja por JF ou por BC, ou pelos dois. O que perdeu mais? O clube.
De que serve ao Sporting Clube de Portugal ter um Presidente que não tem um tostão furado para investir no Clube. Penso não servirá absolutamente para nada.
ResponderEliminar"9- O formador. Também é moda, mas esta é vital. Ter um treinador com coragem e capaz de "ensinar" jovens a dar os primeiros passos na equipa principal do clube é uma garantia de dinheiro em caixa..."...
ResponderEliminarNão há dúvida que esta ideia se passada à prática...nos abrirá os
caminhos do futuro...!!