quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Vale sempre a pena acreditar

A noite de ontem provou que se pode vencer de muitas formas, algumas delas passam até por fazê-lo não sendo (em muitas fases do jogo) a equipa que mais perto está da vitória.
A verdade é que não estamos habituados a ter sorte, nem a sorrir quando os jogos nos dão tão pouco para estarmos confiantes. Temos de aprender. Tanto quanto temos de respeitar a valia do adversário e questionar uma arbitragem que fez tudo para que o jogo estivesse sempre a favor de um rival que disso não necessitava (ou estarei enganado?).
E sim, foi uma vitória por mais que nos digam que foi um empate. Se pareceu uma vitória, se soube a vitória, se nos sentimos vencedores e o adversário não...porque nos haveríamos de amputar à alegria dos vencedores? Não só foi uma vitória, como foi, sinto-o, muito importante. Espero até que seja o ponto de viragem de uma equipa para acreditar mais no seu valor, para os adeptos acreditarem mais nas suas hipóteses de serem felizes esta época.
Sábado terá de ser um dia de festa e uma grande jornada de Sportinguismo. Braga encher-se-á de crença verde e branca, tanto como todo o país vibrará com um jogo que nos pode dar mais um troféu. Não será uma conquista de relevo, não será um ponto alto da nossa história, mas ainda assim poderá ser uma conquista e isso deve, sempre, unir-nos nesse objectivo. E que melhor adversário que o Vitória de Setúbal, para nos restituir, com juros, o peso de um passado recente e não tão recente.
As finais dizem, são para ganhar. Eu concordo, mas acrescento que são também momentos para fazer crescer a equipa e a nossa confiança no seu valor. No valor de todos nós como Sporting. Dito isto, vamos a Braga! Vamos ganhar uma Taça!

SL

PS
1. É preciso não ter qualquer humildade e sentido de justiça, para defender que o Porto foi prejudicado pela arbitragem ontem. Só os diminui.
2. Rui Patrício, Coentrão e Dost. Três grandes forças que nos fazem ficar sempre mais perto de vencer. Que os seus colegas os sigam, que os imitem na concentração, na coragem e na vontade de ganhar.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Liga de "Cavalheiros"

Quando já parecia que a nossa Liga tinha recriado todos os argumentos que podem fazer de uma competição uma autêntica fantochada...eis que ontem se inventou mais uma polémica que promete fazer correr muita tinta, sobretudo ao nível mais grave que uma organização de espetáculos pode ter: a segurança dos adeptos.

Parece muito peculiar que indícios de falhas estruturais num estádio sejam detectados apenas e só (!) ao intervalo de um jogo. Ainda mais vai parecer estranho que tenham sido os adeptos da equipa que perdia o jogo, a fazê-lo. Juntando a tudo isto uma incapacidade para decidir em tempo real o que fazer, temos o princípio de um argumento fantasticamente merdoso para a reputação mínima da nossa Liga.

Os estádios não têm inspecções regulares? Quem realiza estas operações? O que aconteceu para que ninguém tivesse detectado antes as falhas? São falhas passíveis de colocar em perigo a segurança dos adeptos? De quem é a culpa? O jogo será retomado em que estádio e em que dia?

Uma competição dirigida por tantas pessoas a ganharem ordenados compatíveis com a responsabilidade que têm teria todas estas respostas, ou pelo menos 80% delas, prontas para responder num comunicado, informando os adeptos e normalizando a prova. Mas não. Ninguém aparenta saber quais as respostas e muito menos quando serão respondidas.

Descrédito é a palavra que me ocorre. Ainda por mais ao entender que o Porto estará a fazer de tudo ao seu alcance para adiar o jogo no maior tempo possível ou mesmo atribuir a derrota ao Estoril. Aos olhos do clube nortenho avizinha-se pelo menos mais uma hipótese de cavalgar na narrativa que mais lhe agrada, a vitimização e o agitar das bandeiras contra um "sul" que provavelmente até fragilizou os alicerces da bancada visitante da Amoreira só para que algo trágico sucedesse aos seus adeptos.

Para já, o facto mais evidente é que o Porto se safou de uma noite e de uma partida onde estava a perder ao intervalo e parecia não ter soluções imediatas para o resolver.

SL

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Notas Crónicas de Frio e Gelo

Bem que me apeteceu levar uma mantinha ontem, mas temi perder o meu ar cool de ando há anos a cultivar na bancada. Ainda assim, as mãos conseguiram parar de tremer para escrever algumas notas:

1/ Boa casa. 20h15...sair do estádio às dez e qualquer coisa, chegar a casa...onze e picos...com fome (!). Boa casa.

2/ RR7 de início para jogar no lugar de Podence? Então, mas não era para encostar o Acuña? Que raio, lá está o JJ a inventar. Na verdade o Acuña "encostou-se" o jogo todo, portanto ambos estivemos certos.

3/ As trocas de bola pelo meio entre Gelson, RR7, William, B.Fernandes e às vezes até Dost e Acuña foram tantas que o Aves cansou-se ocularmente de acompanhar as jogadas. No 1º golo, tiveram de fechar as pálpebras durante alguns segundos e foi a "morte do artista".

4/ Dost continua com os seus Bas Trick's e com um aproveitamento digno de daqueles putos marrões que odiávamos na escola. Cantou-se 3 vezes "Bas Dost...na nah a na a na nah", mas o homem nem sequer fez uma vénia...marrão e mal educado.

5/ O Sporting contratou 3 jogadores de meio-campo e Bryan Ruiz conseguiu entrar no jogo. Amuleto? Karma? Retroativos?

6/ Este gajo parecido com o Piccini que o JJ anda a colocar em campo há uns meses é bastante interessante. Alguém sabe o nome dele?

7/ Os passatempos do BNI ao intervalo foram "top" criatividade. Aquilo é que é conteúdo para estádio...música, vibração nas bancadas, luzes e emoção. 'Tava a brincar...foi um quizz a um adepto com 42.000 pessoas a assistir.

8/ Até que o Porto esmifre o Brahimi e o Marega no Estoril...somos líderes.

SL

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Clássicos à vista...muitos.

Com a passagem do Porto às meias-finais da Taça de Portugal, o Sporting conhece por fim o seu adversário. Serão duas partidas, a somar à nossa deslocação ao Dragão e o embate na final four da Taça da Liga. Quatro partidas que decidirão, muito provavelmente os vencedores de 2 troféus e uma enorme vantagem para a Liga.

Tal como muita gente vem a dizer há muito, Sérgio Conceição tem uma equipa temível que parece preparada para todo o tipo de desafios. A questão mais problemática prende-se com a sobre-utilização de alguns atletas que até no jogo de ontem já começaram a dar sinais de que não vai ser possível dar tudo em todos os jogos, em todas nuances do calendário. A fadiga e as lesões podem ter um papel importante no tira-teimas e o plantel do Porto está a ser testado (ainda o será mais nos próximos meses) bastante próximo do seu limite.

Tenho como certo que o Porto tudo fará para encontrar soluções no mercado para dar mais opções ao seu treinador, tanto como avalio como muito complicado que essas soluções venham a ser boas no ponto de vista financeiro para aquele clube. É uma verdadeira encruzilhada. Se por um lado os "reforços" com nível suficiente serão na certa jogadores que os portistas não podem adquirir ou sequer pagar a totalidade dos vencimentos, pelo outro vai ser extremamente complicado assegurar troféus jogando sempre o mesmo núcleo de atletas.

Todos sabem, muito melhor os que lá estão dentro, que o clube nortenho precisa de fazer grandes vendas para recuperar algum desafogo financeiro, se os reforços vierem tirar "palco" a esses jogadores, isso será sem dúvida um problema. Uma solução bastante razoável seria a inclusão de alguns atletas da equipa B, que sem custos se promoveriam a outro patamar. Terá Sérgio Conceição essa capacidade ou vontade? Irá o Porto recorrer, mais uma vez, à Doyen e Mendes para continuar a hipotecar o seu futuro financeiro?

Tudo questões para ir acompanhando. Até ao final deste mês saberemos a resposta a muitas destas dúvidas.

SL

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Facts not fiction

Sobre a noite de ontem, ficam para mim alguns factos que destaco de entre todas as ficções disponíveis:

1/ Não ter Mathieu, Piccini, William, Gelson, B.Fernandes e Dost (6 titulares) faz diferença, mas a maior é mesmo a velocidade do nosso jogo ofensivo...continua muito lento e mais acessível para qualquer equipa (até da II Liga) defender;

2/ Sim, há pouco golo em Podence, o que não quer dizer que esteja abaixo da qualidade do Sporting. São aspectos a trabalhar na sua evolução. Tem 22 anos...vai muito a tempo. É um óptimo jogador;

3/ Doumbia não é a melhor das soluções para estar sozinho na frente, quando o adversário joga muito recuado. Isso foi evidente...outra vez;

4/ Bryan Ruiz e Bruno César, por razões diferentes podem ser úteis...mas estão em fases da sua carreira em que, jogando pouco, não adquirem o ritmo que lhes permitam ser "agitadores" de qualquer jogo. São homens de "manobra", não de "flashes";

5/ Tornou-se mais evidente a razão para o Sporting estar a rever tantas posições no plantel neste mercado de Inverno. Com Wendel, Misic e especialmente RR, a noite de ontem teria sido, sem qualquer dúvida, mais tranquila;

6/ Era um jogo para Iuri, mas não foi a jogo. Só pode estar na calha algum negócio.

7/ Ristovsky, mais uma vez a provar que é (até agora) o suplente mais "titular" de todos.

8/ Estamos nas meias-finais da Taça e previsivelmente teremos um Porto à nossa espera. Para os que acham isso menos tentador que o Moreirense, deixo-vos uma pequena reflexão. Quanto mais desgaste for colocado naquele plantel portuense, melhor. Se poupar, teremos mais hipóteses na Taça. Se não poupar, pode pagar esse preço na Liga. Não é garantido que nenhuma destas coisas nos facilite a vida, podemos até perder nas duas frentes, mas factos são factos.

9/ Pouco público no Bonfim. Um acesso a uma meia-final da 2ª prova mais importante do calendário nacional. Um grande a enfrentar um clube que provavelmente nunca chegou tão longe na prova...para fazer alguém reflectir, alguém que provavelmente se passeia pelos corredores da UEFA a receber palmadinhas nos ombros pelo trabalho bem feito em Portugal.

SL