A medida do CD da FPF de abrir um processo disciplinar a Slimani é em sim mesma uma mostra representativa de como está o aparelho de todo o futebol português. A justiça é feita de forma lenta, arbitrária, parcial e não raras vezes fazendo uma jurisprudência que será esquecida para todo o sempre. Vamos ponto a ponto:
1- Se Slimani for alvo de castigo, também o deveriam ser vários jogadores do Carnide, por lances igualmente agressivos.
2- Uma decisão de castigar um jogador não pode ocorrer mais de 3 meses após a partida onde ocorreu.
3- O castigo nunca deverá exceder o que teria sido imposto caso o árbitro tivesse visionado o lance. Ou seja 1 ou no máximo 2 jogos de suspensão.
4- A formalização da denúncia enferma de erros processuais, graves, que desvirtuam a acusação ao jogador.
5- Se de facto existir punição, abrir-se-á mais uma caixa de pandora, com todos os clubes a fazerem denúncias semelhantes à que foi feita pelo Carnide e a esperar, sentados, igual desfecho…voltaremos aos anos 80 em matéria de ambiente desportivo
Mas mais importante que tudo isto, hoje no mundo existe uma coisa chamada cidadania, em que qualquer pessoa tem noção mais ou menos exacta dos seus direitos e deveres e da sua contribuição para um "estado" comum. Se os deveres dos juízes do CD falharem tremendamente, os nossos direitos como adeptos e cidadãos deverá ser o mais veemente possível. A injustiça resulta muitas vezes de uma justiça torta e o protesto é uma arma que não convém desprezar.
Porque há uma coisa que o Carnide julgou mal quando achou que podia "convencer" um CD da FPF a castigar Slimani, sem fazer o mesmo a Samaris, Eliseu ou Jardel…é que o castigo de Slimani só irá unir mais os Sportinguistas para dar aos jogos em que o avançado argelino falhar…o que faltar de motivação para conquistar os 3 pontos. Disso tenho a certeza. Seja frente a que adversário for.
Se vos apetecer partilhar com a FPF o que sentem sobre este tema, ficam aqui o email geral da instituição que deveria defender o nosso desporto preferido, mas que tende a fazê-lo mais com filhos do que enteados:
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SL