Só confundindo acasos com tendências, é que podemos achar que estamos a conseguir acompanhar a pedalada de evolução desportiva dos clubes de topo da Europa. Na verdade, todos os anos perdemos capacidade para fazer mossa ou chegar mais adiante na Liga dos Campeões.
É verdade que uma ou outra equipa, num ano de feliz congregação de bons jogadores, vedetas emergentes e orientação técnica ultra-eficaz tem conseguido romper o status quo. Mas, pondo a coisa em perspectiva, é clarividente que os grandes clubes portugueses estão cada vez mais distantes dos poderosos de Espanha, Itália ou Inglaterra.
Uma questão de dinheiro, mas não só. Há também uma décalage competitiva que nos afasta de obter resultados mais positivos nas competições europeias.
As nossas equipas não são tão rápidas, não têm tanta constância na performance atlética, perdem a concentração mais facilmente e sobretudo sentem enormes dificuldades em fazer centenas de transições defesa-ataque-defesa em cada jogo.
As nossas equipas não são tão rápidas, não têm tanta constância na performance atlética, perdem a concentração mais facilmente e sobretudo sentem enormes dificuldades em fazer centenas de transições defesa-ataque-defesa em cada jogo.
Na Liga dos Campões, os 3 grandes têm de defender mais e melhor para não sofrerem golos e atacar mais e melhor para os marcar. Isso nota-se cada vez mais e a culpa é a distância competitiva entre o nível Champions e o nível da nossa Liga (bem maior no nosso caso do que comparando com as ligas espanhola, italiana ou inglesa).
O dinheiro permite chegar a atletas com mais qualidade, mas mesmo imaginando que teríamos acesso ao mesmo lote de valor que os clubes mais endinheirados, se lhes dermos um padrão de exigência mais baixo ao qual se vão habituar...os resultados estarão sempre mais perto do insucesso, tal como é cada vez mais difícil para os clubes italianos em comparação com os espanhóis ou a forma como podemos explicar que os clubes britânicos têm muito mais dinheiro e menos resultados que "nuestros hermanos".
Possíveis soluções para contrariar esta tendência, entre outras:
- Diminuição do nº de clubes na I Liga;
- Diminuição da carga fiscal dos jogadores de futebol;
- Mudança na forma de apitar dos árbitros lusos, pondo fim aos eternos tempos mortos e faltas por tudo e por nada;
- Limite de jogadores profissionais inscritos por clube (30 jogadores ou 60 para clubes com equipas B);
- Limitação de contratação de jogadores fora da UE (salvo jogadores com número mínimo de internacionalizações nas camadas jovens);
- Diminuição do nº de clubes na I Liga;
- Diminuição da carga fiscal dos jogadores de futebol;
- Mudança na forma de apitar dos árbitros lusos, pondo fim aos eternos tempos mortos e faltas por tudo e por nada;
- Limite de jogadores profissionais inscritos por clube (30 jogadores ou 60 para clubes com equipas B);
- Limitação de contratação de jogadores fora da UE (salvo jogadores com número mínimo de internacionalizações nas camadas jovens);
De outra forma, continuaremos a pertencer, cada vez mais, à periferia do dinheiro e dos troféus em disputa na UEFA. Isso devia preocupar a FPF e a Liga, mas infelizmente, parece não haver "vontade" para mais do que contar os milhões da Selecção (que também tenderão a minguar também, a partir do momento em que os 3 grandes forem incapazes de manter altos níveis na formação de jogadores ou pelo menos tão bons como os das academias de outros países).
Saudações Leoninas
Cinco jogos europeus, cinco derrotas nesta ronda. Já era hora de os líderes do futebol se debruçarem sobre a competitividade do futebol português a sério. Como em tantas áreas, tanto por fazer.
ResponderEliminarCinco jogos europeus, cinco derrotas nesta ronda. Já era hora de os líderes do futebol se debruçarem sobre a competitividade do futebol português a sério. Como em tantas áreas, tanto por fazer.
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