Em 21 dias o Sporting fez 6 jogos. Venceu 5, empatou 1 (sem que esse empate tenha comprometido qualquer objetivo). Jogou em intervalos de 3, 5 dias, tendo de gerir duas grandes metas: um bom início da Liga e um apuramento (que se tornou obrigatório face à sorte do sorteio) para a LC. A base da equipa foi quase sempre a mesma: Patricio, Piccini, Coentrão, Mathieu, Coates, Battaglia, Adrien, B.Fernandes, Gelson, Acuna e Dost e pesou bastante neste onze que só teve a espaços J.Silva, Doumbia, Petrovic, Podence e B.Cesar a compensar quer opções técnicas, quer a gestão de esforço de alguns titulares.
A factura foi elevada e ontem notou-se claramente que muitos jogadores estavam para lá do cansaço natural. Tivesse o Estoril outras armas e caudal ofensivo e a vitória ainda teria sido mais contestada. Coentrão, Acuna, Battaglia e B.Fernandes pagaram pela impetuosidade empregue a meio da semana e foi impossível de gerir esforço, simplesmente porque já não tinham mais como se esforçarem. Mas a história deste jogo em casa (e que ambiente meus amigos) porém poderia ter sido bem diversa. Aos 15 minutos o Sporting vencia por 2-0 e parecia que estava embalado para mais uma chapa 5, tal era a superioridade sobre o adversário.
Não que os leões tenham empregue grande rapidez ou pressão atacante no jogo, simplesmente a moral vai alta em Alvalade e tudo o que pode correr bem...corre mesmo. Foi muito cedo que abrimos o marcador e foi com grande efusividade que vimos um golo de livre directo...bem marcado (há quanto tempo...). O que veio a seguir foi um estratégico travão no ritmo, na procura do 3º golo e minuto após minuto, a equipa da casa recuaria e daria a posse de bola ao Estoril. O clube da linha não pareceu muito confortável nesse papel, mas ainda assim encontrou forma de andar na cabeça da área a tentar tabelinhas que desmarcassem um jogador para encontrar o golo.
Dos 15 minutos até aos 85 foi este o jogo. O Estoril a fazer o que nunca faz em Alvalade e o Sporting a conceder um domínio contra-natura até ao seu próprio estilo de jogo. Chama-se gerir a partida ou gerir o resultado, mas a verdade é que tendo ganho os 3 pontos, os leões sofreram demasiado para que se possa dizer que houve "boa gestão". É claro que a falta de frescura física alterou o que seria normal e essa é uma atenuante óbvia, mas ao longo da época irão existir muitos destes períodos e será preciso rever se o cansaço evidenciado pelos jogadores é apenas circunstancial ou se realmente JJ terá de fazer uma rotatividade mais concreta no futuro.
Outro factor que pesou na partida foi a indisponibilidade quer de William, quer de Adrien. A equipa parece ter superado bem a ausência de um (William), mas dois...e especialmente numa fase de tanta acumulação de partidas, foi visivelmente demais, quer para Battaglia, quer para B.Fernandes. Torna-se quase evidente que qualquer um destes jogadores a sair, terá de entrar alguém. A carga de responsabilidade e minutos é claramente grande demais para o elenco que existe no plantel (sem Adrien e William). Terá de ser um problema resolvido até à próxima partida, até porque no dia 10 de Setembro...já não haverá mais hipóteses de remendar o plantel.
Resta salientar o início competente da época e a adesão dos adeptos leoninos. Uma e outra coisa fazem parte da mesma equação e jogo a jogo, poderá crescer conjuntamente. Sem euforias, mas acreditando na competência e sobretudo ambição de todos.
Saudações Leoninas.
P.S. - Se sofri com a anulação do que seria o 3-1, festejei com a anulação do 2-2. Espero que a verdade impere sempre e cá estaremos para nos colocarmos ao lado da mesma, principalmente quando não nos for favorável. Acontecerá um dia.
Excelente análise. Abraço SL
ResponderEliminarMuito bom!
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