É esta a frase mais significativa do discurso
do sr. Nélio Lucas numa entrevista dada à Bloomberg sobre a proibição dos
fundos decretada a prazo pela FIFA. E contém tudo o que precisamos para começar
a desmontar esta nova estratégia de “defesa” da Doyen.
Quem tomar como sincera a análise e o
diagnóstico prepare-se para uma grande surpresa: a Doyen tem ganho balúrdios a
“tirar” os tais grandes jogadores dos “mais pequenos” precisamente para o
Barcelona, Real Madrid, ManUtd e City.
A Doyen e muito menos o sr.Nélio não é nenhum
Robin dos Bosques, que saca jogadores aos grandes clubes para dar aos pequenos.
A Doyen precisa dos clubes pequenos como barrigas de aluger, ou melhor tubos de
ensaio.
A/ Um jogador que vá directo do Newells para o
Real Madrid teria de ser sempre um prodígio, já que os grandes emblemas não
andam propriamente a comprar “projectos” de bons jogadores. Não precisam.
Clubes como o Real Madrid compram o produto acabado, testado e
re-testado...compram a vedeta já feita.
B/ A lógica dos negócios da Doyen é o lucro e
quanto maior, melhor. Uma passagem directa de um clube médio da América Latina
para um Barcelona prescinde de fundos (nesses clubes há mesmo dinheiro). Já há
muito que resolveram essa questão, comprando directamente a esses clubes
percentagens dos passes de jogadores, aproveitando as dificuldades financeiras
destes.
C/ A Doyen como muitos outros fundos acabam
por distorcer mais o mercado ao serem uma 4ª parte interferente na mesa das
negociações (clube vendedor, clube comprador e empresário) aliando-se sempre ao
clube comprador e muitas vezes tendo já uma relação de demasiada cumplicidade
com o empresário – quem perde é o jogador e clube vendedor. A pressão sobre o
“produtor” e o “produto” esmaga o valor de ambos e a longo prazo mina a relação
entre ambos.
D/ Julgar que qualquer coisa que os “clubes
mais pequenos” da Europa façam de relevo se deve ao uso de fundos é um insulto
aos dirigentes dos clubes, treinadores e restantes jogadores que não foram
adquiridos por essa via...o trabalhos destes é secundarizado como convém...a
Doyen investe em jogadores como podia investir em gado, medicamentos ou casacos
de peles. O que interessa é o lucro rápido e quanto mais especulativo, mais
interessante.
E/ O que o sr. Nélio está implicitamente a
dizer é que a FIFA está a defender os interesses dos clubes grandes,
prejudicando intencionalmente os “mais pequenos”, uma “coragem” que me cheira a
desespero que pode sair cara à Doyen, precisamente no caso Rojo. A tentativa é
reunir apoio junto dos “revoltados” com a UEFA e FIFA...imaginando alguma
pressão destes junto das federações nacionais para dosear a “fase de
transição”. O que preocupa o Lucas é o dinheiro já investido em centenas de
passes. A quantidade de tempo neste campo, para a Doyen é dinheiro em caixa. O
jogador x, em que a Doyen detém 30% do passe por 1 milhão de euros valerá
sempre menos à medida que se for aproximando quer o tempo de contrato, quer o
início da proibição.
O sr. Nélio Lucas é muito mais um Xerife de
Nottinham que anda a colher nos pobres e nos ricos para entregar a ele próprio. Só. Mais nada.
SL
Mais uma vez, um prazer ler estas javardices! Obrigado pelo serviço cívico.
ResponderEliminarMais uma vez, excelente.....sempre igual a si mesmo, este Blog. Parabéns
ResponderEliminarXerife Nélio ...LOOOOOOOOOOOOOOOLL!!! LOOOOOOOOLLL !!! Nélio, nao... Sr. Nélio LOOOLLL !!!
ehehe acresce que o Nelito sem querer identificou os entrepostos .... e aqueles a quem a fatura será apresentada lá mais para a frente ;)
ResponderEliminarTudo muito bonito mas o que me preocupa é o Sporting vs Doyen
ResponderEliminarE aí diga-me uma coisa, sim ou não: o Sporting teria conseguido contratar Marcos Rojo sem o apoio de um fundo?
É que o Nélio é de facto um palerma e os seus argumentos imbecis. Mas os advogados devem ser um pouco mais inteligentes e a tecla em que vão bater é esta.
Deixe lá as fantasias e explique aos seus leitores como vamos sustentar uma tese, qualquer que seja, que nos permita a resolução de um contrato cujo objeto seria impossível se a Doyen não tivesse financiado.
Cuidado Leão... olhe que o plástico pode derreter se estiver tão próximo do fogão da Tasca
Nem o Sporting existia se o Rojo não tivesse vindo.
EliminarGrande argumento: "nós até nem precisávamos do Rojo". O processo está ganho.
Eliminar1. O Sporting poderia contratar Rojo sem um fundo. Sim, podia. Dividia a propriedade com o Spartak ou garantia ao Spartak uma comparticipação muito maior nos lucros (a fatia da Doyen seria entregue ao Spartak). Tudo tem um preço.
Eliminar2. Os advogados da Doyen vão tentar provar que ninguém da Doyen andou a promover a venda de Rojo ou a pressionar o atleta e Sporting para realizar a venda. Boa sorte. Há provas mais que suficientes que Sporting, Rojo e ManUtd se uniram para fazerem entre eles o negócio. Todos juntos o que não devem ter falta é de e-mails, chamadas e SMS a comprovar a acção da Doyen.
3. Os contratos têm cláusulas. Se não forem cumpridas, o contrato pode ser "resolvido" ou seja, uma das partes pode, por incumprimento da outra, achar por direito que seja nulo. O Sporting achou que tinha razões (e ninguém se vai meter numa alhada de 15 milhões de euros sem provas cabais) para o fazer. Devolveu o dinheiro que a Doyen investiu e deu ao Spartak a verba a que tinha direito. Para todos os efeitos o Sporting podia ter comprado o Rojo sozinho, quem conseguirá provar o contrário?
4. O plástico agradece a preocupação do Super Tigre, mas recomenda-lhe que continue a visitar os dois espaços, como parece fazê-lo. Não somos conspiradores contra nada nem a favor de mais alguém que não seja, e apenas, o Sporting.
Volte sempre.
1. Se podia, porque não o fez? (e não argumente com a incompetência do Godinho Lopes - esse é um problema do Sporting, não da Doyen)
Eliminar2. Há aí um erro de raciocínio - quem tem que provar isso é o Sporting, não a Doyen. Quem vai alegar esses factos é o Sporting.
3. Até hoje, não percebi que cláusulas a Doyen violou. Mas acredito que tenha mais informação do que eu. E não confunda resolução com nulidade - a resolução (neste caso) baseia-se num comportamento da outra parte, a nulidade num vício contratual. O Sporting terá invocado ambos os argumentos.
4. Pelo histórico, o javardeiro merece o benefício da dúvida. Mas tendo a não acreditar em coincidências. E a linha editorial de um e outro andam a coincidir.
Olha, por mim a Doyen pode ficar com a equipa toda de juniores. Mas o que é aquilo?
ResponderEliminarSuper Tigre (de papel)
ResponderEliminarÉs tu Nélio?
Não. É um lacaio assalariado para espalhar a palavra do nélio.
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