terça-feira, 9 de setembro de 2014

Na hora dos bravos...

...quem é que se chegou à frente na FPF? Pois é. Ninguém. É sempre melhor guardar as opiniões para quando os acontecimentos obrigam a medidas 100% seguras. É este o modo do dirigismo em Portugal. Sem coragem, sem valores, sem comprometer a imagem face ao que se acredita e muitas vezes dizendo dentro de portas uma coisa, para dias a seguir dizer o inverso para a opinião pública.

Admirado? Naaaa...quando as coisas correm bem é vê-los a dar entrevistas e a anunciar fé inabalável em rumos optimistas. Quando correm mal, desaparecem como se nunca lá estivessem estado. Fernando Gomes o presidente. Fernando Gomes o ponderado. Ou direi melhor, Fernando Gomes mais um peão de bela gravata a jogar o jogo no tabuleiro dos amigos e operadores fiéis de sistema. Fernando Gomes, o sábio enconado e de ar grave que guarda o emblema azul e branco na gaveta e veste o colete à prova de balas com que vai protegendo os interesses superiores de Joaquim Oliveira ou Jorge Mendes.

Na calha serve já o prato de Fernando Santos, que é testado no tubo de ensaio das crónicas adivinhatórias de alguns cronistas. Se algo não correr bem no reino da Dinamarca, salta o corcunda e mata-se a crise com uma substituição dourada. Na verdade Paulo Bento é só mais uma pastilha Gorila mascada e cuspida já gasta de favores ao King Jorge o Primeiro. Da Grécia chega-nos o Fernando que dará alma e corpo à tal renovação. Ele que nunca a fez nas terras helénicas. Esse que carregou Karagounis e Katsouranis e companhia como se fossem icones sagrados na cruzada contra as tragédias de resultados.

Boa escolha malta da FPF. Consistente com quem quer salvar o pelo e construir absolutamente nada de relevante no desporto português, Boa escolha digna da coragem e astúcia de um qualquer parasita. Já agora, evitem também pensar em coisas tão insignificantes como as razões que levam um seleccionador a olhar para o banco e ter de escolher o Cavaleiro para recuperar um resultado. Na verdade é sempre preferível fazer acreditar que é culpa de uma pessoa que desde o final dos anos 90 a selecção não tenha um goleador de referência.

Os nossos vizinhos em Espanha estão à beira de um ataque de nervos porque não acreditam em Torres e nos outros 4 avançados que jogam e marcam na sua Liga. Dizem eles que "não podem aceitar que os principais clubes não consigam produzir há mais de 5 anos um avançado de top como David Villa". E nós? Nós batemos palmas patrocinadas a Eder pelo empenho.

É isto. Acredito na FPF? Sim, é o viveiro de ratos mais competente do desporto português. Não falham...jamais.

SL

4 comentários:

  1. É tudo farinha do mesmo saco, desculpem, merda do mesmo anús...

    Mostrado pelo leão Hic Svnt leones, considerações de Marinho Neves:

    O problema nem está no Paulo Bento porque se olharmos em volta não há muito por onde escolher. o grande problema está na ganancia dos presidentes dos clubes que descobriram o el dourado na contratação de jogadores oriundos de países onde se fazem negócios sem rei nem roque enquanto a nossa formação é varrida para a linha de canto, porque não tem espaço para fugas para os grandes negócios.”
    “Entendam a teia que forma esta rede impenetrável. Armando Vara foi assalariado de Joaquim Oliveira. Fernando Gomes, presidente da FPF foi administrador da Olivedesportos e Agência de Viagens Cosmos. Em 2003 nenhum banco descontava uma letra de 50 mil euros da Olivedesportos. O seu grande credor era o BES. Gilberto Madail, presidente da FPF e Ricardo Salgado do BES, o grande patrocinador do Euro 2004, entregaram à Olivedesportos a gestão do exclusivo da transmissões directas e a organização de voos e marcação de hotéis à Cosmos, salvando Joaquim Oliveira da banca rota. Armando Vara coloca a sua filha Barbara Vara, na gestão da Plolaris Sport empresa que gere a imagem de jogadores e treinadores e era abençoada pelo Espirito Santo mas que posteriormente foi adquirida por Jorge Mendes, mantendo-se Barbara na gestão. Armando Vara é colocado na administração do BCP e por sua influência e com o aval de Sócrates esta entidade bancária emprestou a Joaquim Oliveira 300 milhões para a compra da Lusomundo que mais tarde se transformou na Controlinveste. Este débito nunca foi pago, nem sequer os juros. Fernando Gomes ex-assalariado de Joaquim Oliveira e seu representante na administração da SAD do FC Porto, foi eleito presidente da Liga e mais tarde presidente da FPF. NO meio de todo este xadrês, Paulo Bento é apenas um peão.”

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    1. Isto sim devia fazer capas de jornais. A maioria da opinião pública desconhece totalmente estas cadeias de favores; limitam-se a achar 'A' melhor ou pior que 'B' -- sejam estes jogadores ou treinadores. Sendo jogadores, então, a clubite impede ainda mais qualquer discernimento na grande maioria dos casos.

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  2. Grande texto Javardeiro. Estavas inspirado. Totalmente de acordo com o que escreveste. SL

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  3. Sem papas na língua! Tenho vergonha desta seleção, ou melhor do sistema que gere e manda no futebol em Portugal. Os jogadores são os menos culpados. Estamos à espera da próxima derrota para mandar aquela avantesma embora?

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