É claro que a diferença entre o Céu e o
Inferno não é um lance de bola parada. Se Tarantini não tivesse chegado mais
alto, hoje estaríamos a falar de títulos e surpresas e não em “piores exibições
da época”.
Mas a verdade é que se queremos mesmo uma
cultura de exigência, os “ses” e os “talvezes” valem absolutamente zero. O
Sporting não esteve ao nível habitual e é isso que se deve colocar na mesa de
discussão.
Se Jardim sabe porque aconteceu esta quebra de
rendimento, passa à fase em que um treinador é mesmo importante – a solução. Se
não sabe, deve procurá-la (como aparentemente está a acontecer nos últimos
treinos) não da forma mais clássica – mudar os jogadores – mas da forma mais
eficaz.
O que me põe um sorriso na boca, é a resposta
ao mau resultado. Não recorremos aos erros dos outros para disfarçar os nossos.
Xistra esteve muito mal e tirou provavelmente 2 pontos ao Sporting. Mas do que
adianta verdadeiramente iniciar uma cruzada mediática contra os palermas do
apito?
No passado fizemo-lo e ao contrario de benfas
e tripeiros não recebemos compensações, apenas mais erros, greves, processos
disciplinares e uma equipa que não era capaz de cortar uma bola dentro da área
ou fazer um passe longo com receio de penalties e foras-de-jogo.
Esta auto-critica pode funcionar muito melhor
nas duas frentes que interessam: a interna – melhorando a disciplina da equipa;
a externa – condicionando os árbitros a arbitrar bem, já que o Sporting
“poupou” institucionalmente Xistra ao auto de fé habitual quando alguém erra
como ele o fez.
O caminho, para mim, é bom e dará frutos. Pode
não ser amanhã, daqui a um mês ou seis, mas a cultura para vencer é esta, sendo
pública terá ainda mais eco na imprensa, chegando mais rápido às mentalidades
de quem rodeia o clube, começando e acabando nos adeptos, tantas vezes os mais
exigentes de todos, mas também os mais céleres a desculpabilizar os jogadores.
E no futebol são eles que tiram e põem bolas
na baliza. Na maioria das vezes.
SL
Estou totalmente de acordo contigo. Um dos problemas do Sporting era exactamente esse, empatávamos ou perdiamos um jogo e o que é que acontecia ?
ResponderEliminarA Culpa era do árbitro.
Ninguem queria saber porque é que a equipa jogava a passo, sem raça, sem nervo e sem jogar a ponta de um corno. E os jogadores felizes da vida, faziam merda mas já sabiam que a culpa era do árbitro. Temos que mudar o chip e parece que o nosso Presidente tambem percebeu isso. Ainda bem
É essa a ideia. Por isso ele está no banco. O presidente não é perfeito, mas parece querer acabar com as desculpas estranhas. É para jogar futebol e querer vencer sempre.
ResponderEliminarSubscrevo inteiramente... uma coisa é as queixas da arbitragem quando jogamos bem mas o árbitro tira-nos a vitória com um erro qualquer. Outra é jogarmos mal, sem atitude e ainda culparmos o árbitro (que errou, ok) da nossa derrota. Provavelmente com aquela atitude ainda sofríamos outra vez o empate mesmo que marcássemos o penalty. Acho que é uma boa atitude e pode ser que funcione com os árbitros, já que os outros 2 clubes andam em guerra pelo poder no futebol português.
ResponderEliminarCumprimentos