Cada sportinguista que viu o jogo de ontem deve andar ainda a tentar entender o que aconteceu à sua equipa. É um facto, a equipa de Jardim esteve irreconhecível sem que nada o fizesse esperar. Como também faço parte dos Poirots que procuram respostas, fica aqui um inventário de pistas:
Pista 1
William Carvalho é o mouro desta equipa. Com
ele à frente da defesa há um espaço de ação e principalmente tempo de
construção muito curtos para o ataque dos adversários. Na sua ausência, Eric,
demasiado posicional simplesmente assistiu de cadeira aos playmakers fazerem o
seu trabalho. Em vez de os perseguir pelo terreno, esperou-os...trágico.
Adrien e Martins precisam de um
“guarda-costas”, alguém que fique e saiba entender o que fica dos espaços que
criam. Eric por ser central (e um belo central) simplesmente não tem mecanismos
de compensação.
Jefferson é o ala. É o defesa, mas pouco. Na
maioria do tempo mantém o extremo e o defesa do seu lado demasiado ocupados em
correr atrás dele. Piris entrou a medo e foi a morte do artista, não só teve
pouco apoio a defender como hesitou muito a atacar.
Pista 2
Já se nota. O Sporting vive uma crise de
golos. Montero e Slimani não sendo os únicos capazes de o fazer, estão a passar
jogos inteiros sem sequer alvejar a baliza. Uma equipa que não marca golos,
perde confiança e tende a deixar ruir os restantes sectores.
Pista 3
A equipa é de facto muito jovem. Enfrentar os
benfas na 3ª jornada em casa...e ontem foram momentos muito diferentes. Os
recentes empates em casa (ambos com a possibilidade de saltar para a frente da
classificação) ajudam a mostrar que muitos destes jovens atletas talvez
precisem de mais tempo para não “tremer” na decisão dos grandes momentos.
Apenas Patrício, Capel e Rojo têm experiência de grandes momentos...e isso tem
a sua importância.
Pista4
As mexidas de Jardim, iniciando em 4-4-2 em
vez dos clássico 4-3-3 abriram demasiados espaços e não trouxeram mais volume
de posse de bola à equipa. Além disso, Heldon, Piris e Dier atrapalharam-se nos
movimentos e emperraram muitas manobras ofensivas tradicionais da equipa.
Pista5
Os benfas estavam em noite sim. Fizeram o
mesmo com os tripas e quiseram repetir a dose. Notou-se que se sentem
superiores aos adversários e mostram querer prová-lo. Para alguns jogadores, por
questão de mentalidade, estes são os jogos em que dão o litro (nunca se sabe
quantos Inters, Milans ou Citys estarão na bancada) e sendo bons
jogadores...passam a ser melhores ainda.
Pista6
O futebol não é uma ciência e podem sempre
suceder imprevistos. Foi mesmo uma noite não, um cruzamento de momentos das
duas equipas que geraram uma realidade evolutiva inesperada. O Sporting não
esteve, o benfas sim. Podia, mudando pequenos factores, ter sucedido o contrário.
Agora cada um escolha, combine, misture e
chegue às suas conclusões.
SL
Sobre o que tem sido dito do jogo de ontem não concordo com os que dizem que a derrota era esperada pela diferença de qualidade das equipas. Nunca foi dito antes do jogo que o Sporting ia jogar para não perder, portanto é preciso fazer muito mais, e a juventude e tudo mais não serve de desculpa para o que não foi feito ontem.
ResponderEliminarO Sporting não acaba aqui, mas as desculpas devem acabar, o jogadores e treinador não fizeram o suficiente.
Dia 15 há mais e só espero que a atitude do colectivo seja melhor e que consigamos uma vitória.
SL
A conclusão que eu tiro é que os Benfas desde que o Jesus está no Clube, correm muito durante quase todos os jogos, mas quando vão para outros clubes não correm nem metade daquilo que correm aqui no SLB. Deve haver aqui algum segredo nesta constatação. Isto acontece vai para 5 anos e tudo aponta para que continue assim por mais algum tempo. Nesta altura da época as equipas de Jesus lideram quase sempre o campeonato com mais ou menos 4 pontos de vantagem sobre o 2º classificado. Acho impressionante esta regularidade competitiva das equipas de Jesus. Mas continuo intrigado sobre o rendimento de alguns jogadores quando estes saem para outros clubes. Alguém se lembra daquele jogador chamado Javi Garcia, nunca mais ouvi falar dele.
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