sexta-feira, 25 de maio de 2018

A verdadeira crise do Sporting

Ontem foi mais um capítulo da saga de permanente instabilidade que atravessa o Sporting nas últimas semanas. É um estado de sobressalto que não promete ter fim, mas que para o qual muito tem contribuído uma Comunicação Social absurdamente parcial e difusora de uma amplitude de desinformação sem paralelo no desporto português. Sejamos claros, todo o mercado da mídia funciona hoje como um contra-poder no Sporting e isso requer atenção e vigilância por parte de todos os Sportinguistas.

Apesar disso há que responsabilizar também os Órgãos Sociais do clube. Têm muitas culpas no cenário que vivemos hoje. Uns porque entraram claramente em pânico e se demitiram dos deveres para os quais foram eleitos. Outros porque se alinharam com forças de oposição deixando-se intoxicar por rumores e teorias de conspiração que os levaram a precipitações que nada beneficiam o Sporting. Outros, no caso do CD, porque escolheram métodos equívocos de comunicar para dentro e para fora do clube. E comunicar também é uma forma de exercer o poder, perigosamente danosa se for feito de forma imprecisa e desajustada, o que foi o caso em algumas situações.

Devo dizer que, por tudo o que aconteceu nas últimas semanas, acho necessário que se construa uma oportunidade para o diálogo, para a pacificação dos adeptos e para o término de uma divisão que já está a ganhar raízes profundas, prometendo não dar tréguas ao nosso emblema, caso não seja entendida como grave. É preciso parar. É preciso pensar. É preciso escutar todos os lados e aproximar. Eleições, AG´s, Sessões de Esclarecimento, nada disso valerá a pena fazer enquanto muitos adeptos sportinguistas não largarem o machado de guerra interna. Vejo de ambos os lados uma firme determinação em levar este processo até à extinção da mais ínfima parcela de existência da facção oposta e isso acontecerá bem mais tarde que o fim do próprio Sporting.

É urgente dar um passo atrás. Não dá para continuarmos na direcção para onde estamos a caminhar, rumo à autodestruição pura e dura, sem sequer haver uma hesitação quanto à capacidade do clube em aguentar todos estes embates violentos e especialmente durante tanto tempo. Primeiro irão os patrocinadores, depois o apoio financeiro, depois as equipas, os treinadores, os funcionários e finalmente, quando já nada da nossa grandeza for mesmo evidente, irão os adeptos mais voláteis. Acabaremos com os machados nas mãos, banhados de sangue e com o clube em pura ruína. Como qualquer guerra civil, para que termine só pode existir uma solução, o diálogo, o debate, o abandono das trincheiras e a compreensão de que estamos a autodestruir-nos. 

Temos todos de entender que ao dirigirmos ataques ou defesas uns para os outros, estamos a alimentar uma guerra em que só há mesmo uma vítima: o Sporting Clube de Portugal. Bruno de Carvalho, Jaime Marta Soares, Frederico Varandas, Ricciardi, PPC, Rogério Alves, todos, mas mesmos todos os que têm servido de generais, capitães, soldados e ministros desta guerra têm de parar. Parar já! E começar a dialogar. Começar a estabelecer consensos do que estão dispostos a ceder para viabilizar um Sporting rumo à estabilidade, rumo à governabilidade, rumo à união e crescimento do nosso emblema. Se não fizerem nada e continuarem a insistir na defesa das suas posições, no ataque ao adversário, não interessará rigorosamente nada quem ganha o quê e em que momento, pois estaremos sempre a perder mais um pouco de lucidez, de espaço e de autoestima.

Depois disto, só vos posso dizer que estou desolado com todos os principais personagens do mundo sportinguista. Pois não entendem nada do que é a sua responsabilidade. Não entendem que não importa quem está, quem fica, quem sai, para onde vai o poder, o dinheiro ou votos, nada disso interessa verdadeiramente se não existe a noção mais básica de respeito, lealdade e altruísmo para com o próximo. Sendo que o próximo é um Sportinguista, tal como nós. Se não entendem isso, como entenderão alguma vez o que é o desporto, o que é um clube, o que é o Sporting?


SL 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Quem ganhou e quem perdeu

Sei quem ganhou.
Com esta avalanche de más notícias no Sporting. O Benfica. liberta-se, nem que seja por momentos, do verdadeiro pesadelo de suspeições que pesam há mais de um ano sobre ele. Vê o fracasso do penta varrido para debaixo do tapete e pode gozar o prato com a suposta corrupção de um rival.
É aliás muito engraçado que as "provas" e os "arrependimentos" tenham sido descobertas pelo CM, quando Boaventura, o Mr.Malas benfiquista já as andava a partilhar nas redes sociais há semanas.
A ver vamos se existe corrupção, desejavelmente com os formalmente acusados, auto-suspensos de funções.
Se forem culpados que sejam julgados e condenados e expulsos de sócio.
Obviamente que a Direção vai estar sobre suspeita e agravar a já parca autoridade que resulta das agressões na Academia de ontem há tarde. A probabilidade da vaga mediática pressionar o universo leonino até este depor os Orgãos Sociais é altíssima e embora queiramos todos correr com todo este ambiente de modo a restituir normalidade ao clube, existem procedimentos e big pictures a respeitar.
O Sporting não vai atravessar tempos fáceis e isso será sempre um quadro que favorece os nossos rivais. Ainda assim, que isso nunca nos demita de olhar primeiro para o nosso clube e resolver o que há para resolver. Ao contrário de outros adeptos de outros clubes, sei que nós não esconderemos a cabeça na areia e faremos o que terá de ser feito para garantir o melhor para o Sporting e não o melhor para um dirigente ou uma SAD.
Mas também sei quem perdeu.
Essa é fácil. Os sócios e adeptos. A esses ficará sempre a missão de pegar nos cacos, pagar as crises, encontrar forças para continuar a comprar gameboxes, pagar cotas, cachecóis, camisas e bater palmas na ilusão que "aqueles" que nos representam dão um chavo pelo que amamos, que aqueles que nos lideram têm mesmo o respeito pelo que acreditamos ser melhor para o Sporting.
Num par de meses podemos ficar sem Direcção, sem Equipa e repletos de "Mãos Sujas" a aguardar julgamento. É uma derrota total e inexplicável. Uma derrota nossa.
Não nos matará, sobreviveremos, regressaremos ao que sempre fomos, mas não tenhamos ilusões, o caminho vai ser árduo e repleto de escolhas difíceis.
Cá estaremos, não mudaremos de clube nem rejeitaremos as lutas, mas não consigo deixar de pensar que não merecemos nada do que nos está a acontecer. 

SL

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Atitude em tempos de cólera

Incompreensível é a única palavra que me ocorre para classificar o que aconteceu ontem ao final da tarde nos Barreiros. Quando todos esperávamos um Sporting lutador, dominador e dono da sua própria sorte, surge-nos uma equipa desgarrada, nervosa, sem poder físico para acelerar o jogo ou recuperar posicionamentos quando perdia a bola. Os jogadores (aqueles que foram capazes) tentaram, correram (muito menos que o exigível) mas ficou óbvio desde o primeiro minuto que estavam sobre um manto de insegurança que os reduzia a sombras dos jogadores que são. E se as individualidades falharam, ainda falhou mais o coletivo. Nada. Estavam todos entregues à sua sorte, quer em momentos de ataque, onde eram abandonados e sem linhas de passe, quer defensivamente onde faltaram vezes sem conta dobras feitas a tempo e horas. 

O Marítimo só não provocou mais mossa, porque a tática de permanecer fechados lá atrás e soltar contra-ataques só quando o Sporting subia as linhas, predominou na cabeça dos jogadores insulares. Até aí foram superiores, já que tinham uma estratégia e cumpriram-na até ao último segundo. O jogo foi um verdadeiro pesadelo, de fio a pavio, um discorrer dos minutos em agonia, sem que um jogador sequer sentisse que era preciso chamar um colega, dialogar com ele, convocar o melhor que têm, nada. Como equipa, o Sporting foi uma verdadeira manta de retalhos, refletindo todos os equívocos que a atacaram durante toda a época. Nem vou individualizar, pois não me parece que seja justo não distribuir aquela tragédia por todos eles. Efetivamente merecemos ficar fora da Champions (o que é bem diferente de dizer que o Benfica a tenha merecido mais do que nós) porque quem joga da forma como nós jogamos ontem não merece qualquer prémio. 

De quem é a culpa? A eterna questão. Sinceramente? De todos. Começando pelo Presidente que fez despontar uma polémica que podia e devia ter surgido apenas depois da final da Taça, passando pelo treinador que lhe deu continuidade e claramente perdeu a capacidade de motivar os jogadores a cumprir objetivos e culminando nos jogadores que não se revelaram à altura dos momentos de decisão, sendo corajosos para desafiar as hierarquias internas, mas completamente medrosos na hora de ganhar ao Benfica em casa ou fora na Madeira. Muito honestamente e mesmo que ganhemos a Taça de Portugal, a combinação de JJ com estes jogadores cessou ontem a sua validade. Todos o sabem, do Presidente ao adepto mais optimista, JJ não permanecerá no Sporting na próxima época. 8 milhões? É o preço do insucesso, paguemo-lo e sigamos caminho. Não desejo justas causas e arrasos de polémicas em TAD’s e afins. Paguem ao homem, que deu o seu melhor, e que vá para onde quiser. Porto, Benfica, dá-me igual.

Quantos aos jogadores, que fiquem os melhores, que saiam os piores. Que se vendam os que forem bem vendidos, que permaneçam os que não tiverem boas ofertas. Não há saldos e por mais que R.Patrício e William tenham desiludido pela inabilidade em capitanear o plantel, são óptimos jogadores, titulares da Selecção e bons quadros para se ter em qualquer plantel do futebol mundial. A nossa SAD tem de ter a inteligência de recrutar treinadores e gestores de equipa que além de retirarem o melhor dos jogadores em campo, também o façam fora do rectângulo de jogo. Querer sair todos querem (e alguns sempre se irão exceder perante a intransigência em negá-lo) é algo que quem governa o Sporting terá de aprender a lidar.

Espero sinceramente que esta seja uma semana de grande reflexão e muita reserva em Alvalade. Não quero ouvir ninguém a dizer o que quer que seja até ao apito final da Taça de Portugal. Ninguém merece ter a palavra. Exige-se uma vitória no Jamor e não guerras de palavras, desculpas, ameaças veladas ou juras de amor ao emblema. Criem é condições para se ganhar um troféu e peço encarecidamente que guardem o rol de queixumes para depois desse momento. Calem-se e joguem à bola e deixem-nos aziar durante a semana, pelos menos sem ter de assistir a mais episódios deprimentes dos que a imprensa já vai explorar até Domingo.


Quantos aos adeptos, para nós fica o trabalho de fazer do fel, mel. Conseguir reunir o fervor, a fé na vitória, ultrapassar a desilusão e a descrença arrasadoras que nos embrulharam ontem. Se há algum adepto capaz de, neste momento e perante a autêntica convulsão de incertezas que lavra o clube, arranjar forças para apoiar a equipa…é o adepto leonino. Não deixa de ser um desafio, não será fácil, mas que sejamos o pilar mais forte (mais uma vez) e o exemplo da verdadeira grandeza do Sporting Clube de Portugal. 

SL

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Avaliação Final

Tal como havia feito a meio da temporada, e embora faltem 2 jogos decisivos para o final, faço aqui uma pequena revisão do que foi o comportamento e aproveitamento dos jogadores do nosso plantel. 

A razão porque o faço, precisamente antes das partidas mais decisivas para o tirocínio da época é muito simples: não quero misturar possíveis euforias ou depressões resultantes de resultados melhores ou piores na avaliação da temporada de cada elemento. 
Com mais de 55 jogos, há matéria mais que suficiente para concretizar uma opinião:

Guarda-Redes - Patrício dispensa notas ou avaliações. Está no seu “prime” e na minha opinião a sair traduzirá sempre um encaixe na medida do seu valor desportivo. Sejam quais forem as discordâncias, não poderá ser em caso algum matéria de saldos. E mesmo que acabe por ser transferido, haverá seguramente verba para contratar um novo valor, que nos deixe seguros quanto ao talento que residirá na baliza. Salin, para além do seu papel de adjunto dos adjuntos no banco, pouco acrescentou, não sendo opção até nas Taças. Não é fácil estar atrás de Patrício e Salin optou e bem por ser útil no banco, uma vez que raramente saiu dele.

Defesas laterais - Coentrão surpreendeu pela quantidade de jogos e em algumas alturas da época até pelo nível exibicional. Acrescentou algo à equipa e a experiência / garra que pôs em campo ficarão sempre bem registadas na nossa memória. Porém, a vida de uma SAD como a nossa e a de um jogador que mantém um ordenado elevadíssimo no Real Madrid não se comove com sentimentalismos. Coentrão consegue fazer uma época digna desse nome e o Sporting conseguiu ter um lateral esquerdo de um nível superior. Ambas as partes conseguiram o que queriam. Cada um seguirá o seu caminho. Sinceramente e não me importando nada que ficasse caso baixasse (e muito) o seu vencimento, fico na expectativa de que neste Verão a nossa SAD e o nosso scouting encontrem finalmente um jogador à medida das nossas ambições. Nem Jefferson, nem Jonathan, nem Lumor estão ainda a esse nível. 

Por oposição (literalmente), na outra lateral a vida segue cheia de promessas…e das boas. Piccini e Ristovsky não podiam ser mais diferentes, mas cada um no seu estilo (Risto mais impetuoso, agressivo e atacante, Piccini mais contido, precavido e discreto) dão garantias de o lugar não ficar mal ocupado ao longo da próxima época. Fala-se no interesse de alguns clubes no italiano, mas confesso ter dificuldade em encontrar mais do que apenas alguns clubes a tentar pechinchas junto do Sporting. A verdade é que muito dificilmente existirá algum clube que pague pelo “Senhor 3 Milhões” uma verba que achemos irrecusável.

Defesas centrais - A próxima janela de mercado promete revolucionar este sector do plantel. E na minha opinião devemos ter tanto calma, como entendimento que precisamos de subir o nível destas posições. Coates e Mathieu foram os titulares e apesar de terem cumprido, fica a sensação que precisamos de mais. A verdade é que o uruguaio não evoluiu o nível médio das suas exibições e o francês apesar de ter estado mais apto fisicamente do que seria de esperar, suscita muitas reservas no que será mais um uso intensivo na próxima temporada. Depois de ver partir Tobias, a vaga de 4º central ficou por ocupar e o recurso a Petrovic só fará sentido se o sérvio não for transferido, algo que imagino será tentado durante as próximas semanas. 

André Pinto não esteve muito distante das previsões, mas também aqui, lesões sucessivas podem levar o Sporting a cogitar uma venda. A entrada de Marcelo do Rio Ave e Domingos Duarte terão de encontrar espaço no plantel e imagino que perante o que já escrevi, o quadro torna-se mais claro. Sobra Douglas, que esperará a SAD e todos nós, consiga seguir o seu caminho, longe de Alvalade se possível. Fala-se no interesse de alguns clubes italianos por Seba. É aqui que acho que devemos ter alguma calma. Sim, a verba de uma transferência do uruguaio pode dar luz verde a uma nova contratação, mas o risco de esse novo “patrão” não ser bem sucedido deve recomendar alguma ponderação.

Médios defensivos - Se formos cruelmente honestos, William é um excelente jogador para essa posição e não devemos nunca desdenhar num 6 titular da Selecção Portuguesa. Tanto quanto entender que o seu valor desportivo, exibicional e até de mercado…estagnou. A venda do seu passe seria apenas uma boa medida financeira se não fosse já garantido que também o jogador deseja esse cenário. Sendo assim, a transferência torna-se desportivamente e financeiramente a melhor via a seguir. 

Battaglia parece preparado para render William, tanto como preparado para jogar a 7 como o fez na maior parte desta temporada. A sua venda, salvo uma proposta irrecusável e atendendo ao que escrevi sobre William Carvalho, seria sempre um ponto a desfavor na continuidade e estabilidade do plantel. Ainda assim, será preciso um back-up na posição que só será dispensável caso ambos os nomes anteriores fiquem no plantel. Back up que não se chama Petrovic de certeza absoluta. O sérvio mostrou aliás mais assertividade como central, do que como 6, onde passa completamente ao lado das necessidades atacantes da equipa. Palhinha está num limbo, onde não evolui e adivinho eu, regride a cada mês de competição que passa. 

Médios de construção - Wendel, Battaglia, Misic, Bruno Cesar, Bruno Fernandes, Bryan Ruiz…são todos jogadores capazes de fazer mais do que uma posição e em grande medida, nenhum foi um Adrien, o que faria falta. Bryan deverá estar de saída e Bruno Cesar apesar de ser um verdadeiro “utilitário” táctico, perdeu grande parte da época. Caso chegue à SAD alguma proposta decente pelo brasileiro, não tenho dúvidas que sairá. Wendel é a grande incógnita. Contratado (disseram) para estar apto na próxima época a voos maiores, a verdade é que o estatuto que trazia do Brasileirão não condiz minimamente com a lógica de “geladeira” a que foi votado desde Janeiro. Se não for parte importante na manobra do meio-campo de 18/19, não sei efetivamente para o que fomos comprar (não foi barato!). Sobra Misic, que parece prometer mais ser um “novo B.César” a tapar buracos no meio-campo do que material para assegurar titularidade. Haverá Geraldes nestas contas? Eu gostava. 

Bruno Fernandes foi bastante usado nesta função, mas acho que na próxima época devíamos olhar para este jogador doutra forma, dando-lhe o foco de ocupar missões e posições mais dianteiras, onde dá, claramente, muito mais à equipa. Golos e assistências tendem a manter-se como mais decisivas que critério de passe e disponibilidade física.

Médios ala - Gelson Martins, Ruben Ribeiro, Acuna, Bryan Ruiz, B.Cesar e Podence ocuparam ao longo da temporada estas posições. Os titulares Gelson e Acuna dever-se-ão manter no plantel. Talvez o Mundial mude alguma coisa, mas o valor que a SAD imputará a uma transferência destes jogadores será suficiente para que se mantenham mais um ano de verde e branco. Não é seguro, mas é expectável. A falta de alternativas a ambos nesta época foi um low point na gestão do plantel, o que deverá ser corrigido na próxima. Ruben Ribeiro, ficou aquém do esperado e na fase da sua carreira, mediante propostas tentadoras, deverá ser libertado, podendo canalizar essa verba para a contratação de outro jogador. 

Certo parece ser mesmo a entrada de Raphinha. Isso é uma excelente notícia, que melhora se dermos crédito às notícias que dão como eminente a aposta no regresso de Matheus Pereira. O quadro ficará fechado? Not so fast…tenho relativas certezas que a SAD procura há muito um ala mais repentista e que à imagem de Gélson dê drible e velocidade no corredor. Essas características podem estar parcialmente quer em Raphinha, quer em Podence, mas eu arrisco desde já que irá ser procurado um jogador que reúna todas elas, preparando a saída previsível de Gélson no futuro.

Ponta de lança - Dost é um dado seguro, mas faltará quem o substitua. Nem Montero, nem Doumbia, nem Leão conseguem “calçar os sapatos” do holandês e isso tem de deixar de ser uma fonte de ansiedade na gestão do plantel. Sempre que Bas não está, o 11 perde coerência e referências o que recomenda vivamente que seja encontrado um sósia que pelo menos interprete bem esse papel quando o titular não está. Spalvis já foi e Castagnos não teve uma época feliz, há Ronaldo Tavares na equipa B…mas não sei…na verdade nenhum me parece ser o ideal, apesar de ser preferível ter um deles a não ter algum. Doumbia tem escrito venda por todo o lado e parece-me inteligente recuperar o dinheiro investido. 

Segundo avançado - Montero superou amplamente a minhas expectativas. Cumpriu, parece ainda com muito futebol nas pernas e nada conformado com a suplência. Mas é preciso mais. E esse mais talvez ainda seja cedo para ser Rafael Leão. Talento tem sem dúvida, mas convém não apressar responsabilidades. Vejo com muito bons olhos a entrada de um novo jogador que tenha rodagem e talento…imediatos. 

Concordam? Discordam? Deixem as vossas opiniões.

SL