quinta-feira, 26 de outubro de 2017

3 pontos de máxima importância

Amanhã joga-se uma partida fundamental para a carreira do Sporting nesta Liga. A distância de 2 pontos para o 1º lugar e de 3 para o 3º recomendam vivamente que não se cedam pontos aos rivais. É de uma importância fundamental não perder a colagem à liderança e bastante conveniente não dar "moral" a um Benfica a tentar desesperadamente encontrar tábuas para se conseguir elevar do pântano exibicional em que se encontra.

Convém também salientar que o Rio Ave, apesar de não parecer estar na sua melhor forma, é uma equipa com futebol mais do que suficiente para nos fazer passar por apertos. Amanhã não iremos ver um opositor atrevido a tentar jogar olhos nos olhos, como por exemplo fez na temporada passada, mas isso não significa que deva ser menos difícil de ultrapassar. Ainda me está na memória o verdadeiro atropelamento que sofremos na temporada passada, um 3-1 complicado de explicar, sobretudo complicado de entender como foram tão superiores a nós (especialmente na 1ª parte).

Avisados de que repetir o "apagão" do último jogo disputado não é uma hipótese, resta à equipa do Sporting encarar com máxima responsabilidade a conquista de mais 3 pontos. O conjunto leonino parece estar de boas relações com o golo e sublinhar essa capacidade desde o 1º minuto de jogo é o ideal para não deixar o Rio Ave assentar o seu jogo. O Benfica bem que nos mostrou o que pode acontecer a quem desconsidera estes vilacondenses e, tendo em linha de conta o que fizemos na última deslocação a norte (Moreirense), há muito onde encontrar motivos para exibir o melhor Sporting, na melhor das atitudes, no máximo de concentração que formos capazes.

Um Sporting focado e exigente ultrapassará o Rio Ave com naturalidade. Menos do que isso e estaremos a facilitar as azias da dupla Jorge Sousa - Capela, a recuperação do ânimo do Rio Ave ou o estatuto de Miguel Cardoso no mercado dos treinadores.

Saudações Leoninas

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Muitas notas artísticas

- Dost voltou. Hat trick à "moda antiga", três golos de matador e uma assistência. Já tínhamos saudades destes jogos e o holandês...também. Bem na flash a destacar colegas e a afirmar que podem contar com ele.

- Gelson também pareceu acordar da letargia dos últimos jogos, não marcou mas tantas vezes infernizou os defesas do Chaves que lá encontrou espaços para servir colegas que viriam a decidir a partida. Um pouco mais de foco a "seguir" o lateral adversário e estaria perfeito taticamente.

- Acuña é gajo para dar muitas alegrias aos adeptos, mais do que os golos ficou-me na retina um par de recepções e bypass's aos defesas contrários...jogador importante.

- Bruno Fernandes teve novas missões e o melhor elogio que se pode dar é que a equipa esteve sempre ligada e ligada por ele, primeiro a "pensar", primeiro a distribuir, primeiro a recuar quando perdíamos a posse de bola.

- William, só não foi o "monstro" que nos tem habituado porque...não era preciso. Ainda assim dois ou três "abafanços" que tiraram ideias aos flavienses de atacar pelo meio.

- Piccini. Quem diria? Sobe de nível de jogo para jogo. Confiança, essa pedra de toque miraculosa. Nunca será um "predestinado", mas a jogar como tem jogado, ninguém vai ligar muito a isso.

- Coentrão, o problema não está mesmo dentro de campo. Lá, onde se joga, é um poço de boas decisões e muitos equilíbrios. Se pudesse fazer 10 jogos seguidos...

- Last, but not least...Podence. O Chaves nunca soube bem o que fazer com ele e o puto aproveitou para entre os pingos de Gelson levar as "cartas" bem legíveis a Dost. Não foi um jogo brilhante, mas foi mais do que o suficiente para fazer pensar JJ.

Saudações Leoninas

PS - A decisão do árbitro quanto ao penalti por marcar e amarelo, por simulação, a Gelson é das coisas mais incompreensíveis que vi esta época. O problema não é o VAR, é mesmo a competência do(s) árbitro(s). Inacreditável como mesmo depois de ver as imagens, mantém a decisão e o amarelo. Se alguém precisar de provas para defender que a nossa arbitragem tem um nível fraco...é só ver esse lance. Continuamos a "sofrer" de uma "antipatia" monumental por parte dos árbitros e ontem foi só mais uma "provocação". Como o adversário não dava para mais, o senhor árbitro quis fazer as vezes...criando ele próprio as dificuldades. Amarelos por mostrar a médios dos Chaves...uns 4 ou 5.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Futebol sem lei. País sem Justiça

A justiça é um dos pilares fundamentais de uma democracia. Sem uma justiça eficaz uns prevalecem sobre outros, isto é, as vítimas serão cada vez mais espoliadas dos direitos que as deviam tornar iguais aos agressores. Não há igualdade sem justiça e sem ela emergem os mais corruptos, os mais ricos, os que se relacionam mais e melhor com as esferas de poder, sejam elas políticas ou financeiras.

No desporto e particularmente no futebol, abundam as "teorias de poder", as percepções de esquemas e sistemas que à margem dos regulamentos e leis do país manobram arbitrariedades para aplicar vantagens dispares no campo ou na secretaria. Este é um retrato que tem décadas e que cada vez mais observamos que quanto muito peca por defeito. Quantos mais e-mails são revelados, quantos mais vouchers são descobertos, quanto mais se levantam as ligações de responsáveis pelos cargos de tutela nas instituições reguladoras do nosso futebol, mais descobrimos que as teorias não só eram fumo com fogo, como são apenas a ponta do iceberg que persiste em afundar progressivamente os valores da ética desportiva.

Como será óbvio para qualquer um, este estado só foi possível com a alta contribuição de muitas pessoas e de muitas instituições que são pagas para que nada disto seja possível acontecer. IPDJ, Governo, PJ, FPF e Liga (através dos seus conselhos e juízes). O que fizeram? O que têm feito? O que estão a fazer agora? A imagem não podia ser mais trágica e a resposta terá sempre de ser uma: muito pouco. Para a gravidade dos casos revelados nem sequer uma instrução criminal e desportiva tida como séria, célere e discreta conseguimos gerar. Isto terá consequências mais graves no futuro, pois se nem com as provas de crimes a circular pela frente dos olhos da opinião pública se encontra motivação e capacidade para aplicar...justiça.

Não sei como irá terminar quer o caso dos vouchers, quer o caso dos e-mails. Mas sei uma coisa, caso não seja aplicada punição exemplar aos mentores destes esquemas de coacção e tráfico de influências, estaremos na antecâmara de uma verdadeira convulsão e hecatombe no futebol português. Nada será pacificado, bem pelo contrário, agravar-se-á drasticamente todo o clima de desconfiança e não restará nada que mantenha relação de equilíbrio ou reserva moral. Em todos os sentidos, a incapacidade de produzir justiça hoje, apadrinhará as revoltas de amanhã e justificará a propaganda feita em qualquer dos sentidos. Todos se dirão injustiçados apontando o dedo ao rival e será praticamente impossível entender quem é o réu e quem é a vítima.

A impunidade cada vez mais absoluta, levará os que nunca optaram por escolher vias paralelas e marginais a fazê-lo e ninguém poderá apontar-lhes o dedo, pois entraremos numa espécie de "terra sem lei", um enorme campo de batalha de agressões, viciações, ameaças, motins, elevar-se-á quem se revelar mais hipócrita, destacar-se-á quem coage melhor, quem suborna de forma mais eficiente, os guias de estilo serão geminados nos melhores compêndios de operacionalidade mafiosa. Isto é o que acontecerá, pois é o que acontece sempre que a Justiça é fraca e "esquece-se" da sua regra fundamental, é cega. É cega e não vê cores clubísticas, sendo-lhe indiferente a origem do crime, tratando Benfica igual a Gondomar, Sporting igual a Cucujães, Porto igual a Canelas2010.

Se o Estado temer as consequências de punir, só como exemplo, o Benfica pelo verdadeiro Polvo de tráfico de influências que criou e operou (o tempo passado será abusivo), gerará algo muito pior que a sua própria cobardia e herdará mais tarde um monstro social muito mais difícil de conter, pois este ameaçará não só o desporto como os próprios alicerces da Justiça, ou seja, da Democracia.

Para que não chegamos a este futuro, resta apenas uma opção. Apenas uma. Aplicar a lei, como se costuma dizer, doa a quem doer. Recolher as provas, levantando tudo o que tiver de ser levantado e colocando todos os culpados ou cúmplices, primeiro nos tribunais e mais tarde nas cadeias. Este não é um cenário aconselhável, é o cenário obrigatório.

Saudações Leoninas

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Mais longe

Só confundindo acasos com tendências, é que podemos achar que estamos a conseguir acompanhar a pedalada de evolução desportiva dos clubes de topo da Europa. Na verdade, todos os anos perdemos capacidade para fazer mossa ou chegar mais adiante na Liga dos Campeões.

É verdade que uma ou outra equipa, num ano de feliz congregação de bons jogadores, vedetas emergentes e orientação técnica ultra-eficaz tem conseguido romper o status quo. Mas, pondo a coisa em perspectiva, é clarividente que os grandes clubes portugueses estão cada vez mais distantes dos poderosos de Espanha, Itália ou Inglaterra.

Uma questão de dinheiro, mas não só. Há também uma décalage competitiva que nos afasta de obter resultados mais positivos nas competições europeias.
As nossas equipas não são tão rápidas, não têm tanta constância na performance atlética, perdem a concentração mais facilmente e sobretudo sentem enormes dificuldades em fazer centenas de transições defesa-ataque-defesa em cada jogo.

Na Liga dos Campões, os 3 grandes têm de defender mais e melhor para não sofrerem golos e atacar mais e melhor para os marcar. Isso nota-se cada vez mais e a culpa é a distância competitiva entre o nível Champions e o nível da nossa Liga (bem maior no nosso caso do que comparando com as ligas espanhola, italiana ou inglesa).

O dinheiro permite chegar a atletas com mais qualidade, mas mesmo imaginando que teríamos acesso ao mesmo lote de valor que os clubes mais endinheirados, se lhes dermos um padrão de exigência mais baixo ao qual se vão habituar...os resultados estarão sempre mais perto do insucesso, tal como é cada vez mais difícil para os clubes italianos em comparação com os espanhóis ou a forma como podemos explicar que os clubes britânicos têm muito mais dinheiro e menos resultados que "nuestros hermanos".

Possíveis soluções para contrariar esta tendência, entre outras:
- Diminuição do nº de clubes na I Liga;
- Diminuição da carga fiscal dos jogadores de futebol;
- Mudança na forma de apitar dos árbitros lusos, pondo fim aos eternos tempos mortos e faltas por tudo e por nada;
- Limite de jogadores profissionais inscritos por clube (30 jogadores ou 60 para clubes com equipas B);
- Limitação de contratação de jogadores fora da UE (salvo jogadores com número mínimo de internacionalizações nas camadas jovens);

De outra forma, continuaremos a pertencer, cada vez mais, à periferia do dinheiro e dos troféus em disputa na UEFA. Isso devia preocupar a FPF e a Liga, mas infelizmente, parece não haver "vontade" para mais do que contar os milhões da Selecção (que também tenderão a minguar também, a partir do momento em que os 3 grandes forem incapazes de manter altos níveis na formação de jogadores ou pelo menos tão bons como os das academias de outros países).

Saudações Leoninas

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Sinais positivos

Enquanto não entramos em Turim para um mais jogo de grau de dificuldade máximo, convido a reflectirmos sobre o que valia esta lista de jogadores há uns meses atrás e o que vale hoje:

Piccini
Ristovsky
Fabio Coentrão
Mathieu
Battaglia
Bruno Fernandes
Acuna
Doumbia

...e sim, são os reforços do mercado de Verão.

Saudações Leoninas

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Alerta CM!!!

Desde o início do seu primeiro mandato que esta direção do Sporting se tem confrontado com a profunda antipatia da generalidade da comunicação social. E são facilmente entendidas as razões para que isso tenha sucedido. Antes de mais, convém lembrar que a(s) presidência(s) que se lhe antecederam viam como “ossos do ofício” a contingência do nosso clube ser um autêntico queijo suíço quanto à manutenção de informação interna como…assuntos internos. Muitas vezes era fácil de constatar por qualquer sportinguista que havia gente fora do clube mais “por dentro” dos segredos do que os que estava “lá dentro”. Fossem contratos ou relações com fornecedores, listas de dispensas e aquisições de jogadores, entradas ou saídas de dirigentes ou treinadores…era um fartote de “inside’s” para todos os gostos e feitios.

Como é óbvio isso mudou muito aquando a entrada do actual conselho directivo e terá deixado saudades a muitos OCS a facilidade que era obter notícias suculentas do Sporting, quase sem ter de sair da cama. A segunda fractura dá-se com o travão absoluto transmitido aos empresários, agências, fundos e financiadores de transferências. Mendes, Doyen e companhia são, como se sabe, unidades que gostam de ter jornalistas bem próximos das suas folhas de pagamentos paralelos e estes muito cedo foram colocados em campo na tentativa de tirar crédito e mérito às posições do Sporting. Deu pano para mangas a autêntica propaganda suja montada com a exclusiva necessidade de vencer o braço de ferro com a intenção do clube em escorraçar alguns cabecilhas de agiotismo profundo, "amigos do peito” de muitos cronistas e editorialistas.

A terceira parte deste enorme divórcio entre o lado mais “interesseiro” e dependente da imprensa e o Sporting dá-se obviamente com a quebra de relações com o Benfica. Não que esse novo antagonismo preocupe muito a “jornalagem” (que não preocupa…até lhe é bastante lucrativa) mas o cão costuma obedecer ao dono e tomar as suas dores. Atiçados como nunca para tomar partido na “guerra”, a imprensa cor-de-avença mobilizaria um contigente espetacular para “tratar” de retratar o Sporting como o Benfica sempre quis que se fizesse. Piorou absurdamente com a passagem de JJ para o Sporting e desde então vivemos neste jogo do rato e da ratazana, com uma doentia motivação para encontrar e distorcer tudo e qualquer coisa passível de ser encontrada e distorcida.

A recente “proibição” de acesso às instalações do Sporting por parte do CM e da CMtv é apenas mais um capítulo de uma antipatia que já vai longa e convém não caímos de paraquedas no terreno de batalha, achando inocentemente que a coisa começou agora ou que vai ter fim próximo. Pela minha parte, acho que a tal “proibição” só peca por tardia e seja qual for o argumento para a implementar a verdade é que dificilmente encontramos no CM ou na CMtv há anos, uma notícia sobre o Sporting que a seja na plena extensão do seu significado. Veículo prioritário de “carvão” e invenções, o CM e a sua TV, não faz jornalismo algum e portanto será de um esforço sobre-humano reconhecer-lhe o abrigo da “liberdade de expressão jornalística”. E de facto pode-se argumentar perfeitamente que se o que fazem deve ser protegido, levemos essa protecção ao máximo, protegendo a sua integridade…não sendo de forma alguma bem-vindos dentro do Sporting.

Não espero que esta decisão seja apoiada pelos sindicatos de jornalistas ou direito cível e a hipocrisia que governa as instituições que deviam limitar o mau serviço ao desporto e ao Sporting do CM, será a mesma que lhe garantirá a ultrapassagem a este gesto simbólico do Sporting. Mas enquanto não se colocam em campo os advogados e as “ordenações jurídicas” esta pasquinagem de elite (de merda) não porá o pés dentro de Alvalade ou do PJR e isso…já por si…satisfaz-me muito mais do que não fazer nada. É chegada a hora dos sportinguistas entenderem que “quem não se sente, não é filho de boa gente” e que é necessário, mais do que é aplaudível, exibir aos que estão contra nós e nos difamam diariamente…que não passam impunes, pelo menos dentro dos espaços que chamamos nossos. 

É apenas mais um capítulo de uma luta obrigatória e à qual me juntarei de bom grado. Uma luta onde sei que mantenho a posição mais próxima da verdade e da decência, mesmo que nos próximos dias venham dizer exactamente o contrário, agitando a bandeira bafienta do tal “ditador” leonino. O tal que é acusado enquanto o verdadeiro bandalho e, esse sim agarrado ao poder absoluto, ditador é elogiado seja qual for a caralha*** que disser, o árbitro que fod*** ou o rombo espetacular que faça nos cofres do seu clube para dar de comer aos “compadres”. Se querem manter-se sãos e calmos, façam a vocês próprios um favor nos próximos meses (de toda a vossa vida): não comprem o CM, não leiam, não vejam a sua TV. Prometo-vos que nunca ler, ouvir ou ver personagens como Janela ou Octávio Ribeiro é um acréscimo de felicidade ao vosso dia-a-dia.


Saudações Leoninas

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A Festa de Oleiros

Apesar da distância de valor com o adversário ser o suficiente para não existir propriamente incerteza na passagem à próxima fase da Taça, o Sporting (versão poupança de titulares) confirmou a sua superioridade e cumpriu o necessário para que ninguém se sentisse defraudado ontem à noite em Oleiros.

Salin (apesar do golo sofrido no lado do poste - que será sempre dele) fez o mínimo para manter a suplência tranquila. Jonathan e Ristovky fizeram, na maior parte do tempo o que se lhes exigia. A.Pinto e Petrovic não se pode dizer que estiveram bem, mas cada um terá mais ou menos desculpas para tal. Um porque jogou fora de posição ou outro porque o seu parceiro jogou fora de posição, não era o melhor jogo para avaliações e os 2 golos sofridos exibiram dificuldades que na verdade foram meramente fortuitas.

No meio-campo Palhinha, Bruno Cesar, Iuri e Mattheus Oliveira chegaram e sobraram para manter a equipa a produzir bom futebol, apoiado e moderadamente rápido. Tiveram ainda tempo de marcar 3 dos 4 golos da equipa e fazer sobressair Palhinha como o MVP da partida, algo que JJ (bem) evidenciou.

No ataque, Podence e Dala. Duas das melhores promessas da equipa, mas com aproveitamentos completamente diferentes. O português, apesar da falta de apoio e subidas caóticas do bloco atacante da equipa (normal para um onze completamente de recurso) conseguiu colocar em sentido o Oleiros e abrir caminho para muitas das jogadas que deram ou golos ou oportunidades. Faltou talvez um pouco mais de trabalho de desmarcação, mas desculpa-se pela facilidade evidente que transpareceu desde o início da partida. Gelson Dala esteve ainda mais desacompanhado e ainda mais desconcentrado. Nota-se que tem imenso talento, mas falta familiaridade com as exigências do futebol europeu. Não há tempo para pensar, hesitar, reagir...a decisão é feita (tem de ser) instintiva e Dala assim que dominar esse "tempo" poderá exibir o resto que tem...e que é muito. É um processo, um caminho e sobretudo uma aprendizagem.

Nota ainda para as entradas de Demiral, Rafael Leão e Jovane Cabral, três putos de enorme potencial que convém não serem esquecidos nestas oportunidades, eles precisam delas.

Destaco ainda a solidez defensiva da equipa do Oleiros. Notou-se que se esfalfaram para disfarçar as óbvias diferenças atléticas e tácticas da sua equipa e se olharmos ao marcador...isso foi muito bem conseguido. Não foram bobos da corte e, tal como fizeram tudo para se respeitarem fora do campo (no processo de definição do local do encontro) cumpriram esse objectivo dentro dele. Não elogio a CM de Oleiros na mesma medida, gastar dinheiro (tão necessário para tantas coisas mais importantes) para 90m de um jogo de futebol...não há festa que justifique.

Saudações Leoninas.

P.S. - O tal relvado de "última geração" também cumpriu os mínimos. Não lesionou ninguém...até ver. Ficou-me na retina o lance do 1º golo do Oleiros e a contribuição do "gramado"...para a desmarcação do avançado...além das linhas cor de laranja, um verdadeiro Tron de marcações sobrepostas. Enfim...


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Para quem tiver uma p*** de uma dúvida

Não tenho paciência para discutir com lampiões doentes e retardados sobre a importância de CR7 para todo o futebol português. 

Mas uma vez que nos jogam à cara, ad nauseum, o seu histórico de vitórias (como BI da sua grandeza)...pode ser que lendo esta lista, entendam e curvem-se perante os factos. 

Depois podem ir às suas vidinhas comentar nos fóruns e bancos de jardim sobre tudo o que não interessa discutir à volta da vida pessoal do jogador. Para os mentalmente sãos, não restarão dúvidas, há muitos anos que este super-jogador atingiu um estatuto que será muito difícil de alcançar nas próximas décadas, não só por atletas portugueses, como de todo o mundo.

Só um número antes de tudo o resto: 724 jogos - 534 golos 

Época 2003/4

Distinções
FIFPro Special Young Player of the Year
UEFA Euro Team of the Tournament
UEFA Team of the Year
Sir Matt Busby Player of the Year

Troféus
FA Cup (Manchester United)

Época 2004/5

Distinções

FIFPro Special Young Player of the Year

Época 2005/6

Distinções
FA League Team of the Year

Troféus
Carling Cup (Manchester United)

Época 2006/7

DistinçõesPFA Young Player of the Year
Sir Matt Busby Player of the Year
PFA Players’ Player of the Year
PFA Fans’ Player of the Year
FWA Footballer of the Year
Barclays Player of the Year
Premier League Player of the Month (Nov. and Dec. 2006)
PFA Premier League Team of the Year
UEFA Team of the Year
ESM Team of the Year
CNID Best Portuguese Athlete Abroad

TroféusPremier League (Manchester United)
Community Shield (Manchester United)

Época 2007/8

DistinçõesSir Matt Busby Player of the Year
PFA Players’ Player of the Year
PFA Fans’ Player of the Year
FWA Footballer of the Year
Barclays Player of the Year
Premier League Golden Boot
Barclays Merit Award
Premier League Player of the Month (Jan. and Mar. 2008)
UEFA Champions League Top Scorer
UEFA Club Forward of the Year
UEFA Club Footballer of the Year
FIFA Club World Cup Silver Ball
UEFA Euro 2008 Man of the Match (Portugal)
FIFA World Player of the Year
FIFPRO World Player of the Year
World Soccer Player of the Year
PFA Premier League Team of the Year
European Golden Shoe
CNID Best Portuguese Athlete Abroad
UEFA Team of the Year
FIFA FIFPRO World XI
Goal.com Player of the Year
ESM Team of the Year

Troféus
Premier League (Manchester United)
UEFA Champions League (Manchester United)
FIFA Club World Cup

Época 2008/9

DistinçõesPFA Premier League Team of the Year
FIFA Puskás Award
UEFA Team of the Year
CNID Best Portuguese Athlete Abroad
FIFA FIFPRO World XI

TroféusPremier League (Manchester United)
Carling Cup (Manchester United)

Época 2009/10

Distinções
UEFA Team of the Year
FIFA FIFPRO World XI
FIFA World Cup Man of the Match

Troféus-

Época 2010/11

DistinçõesEuropean Golden Shoe
CNID Best Portuguese Player Abroad
UEFA Team of the Year
FIFA FIFPRO World XI
La Liga Top Scorer
Copa del Rey Top Scorer
ESM Team of the Year

TroféusCopa del Rey (Real Madrid)
Ibero-American Community Trophy

2011/12

DistinçõesUEFA Euro Team of the Tournament
Goal.com Player of the Year
ESM Team of the Year
UEFA Euro 2012 Man of the Match (Portugal)
UEFA Euro Top Scorer

TroféusLa Liga (Real Madrid)
Supercopa de España (Real Madrid)
Trofeo Alfredo Di Stéfano

Época 2012/13

DistinçõesFifa FIFpro World XI Award 2012
UEFA Champions League Topscorer
Liga de Fútbol Professional Most Valuable Player

TroféusSupercopa de España (Real Madrid)
Trofeo Alfredo Di Stéfano

Época 2013/14

DistinçõesBBC Overseas Sports Personality Award
World's Top Goalscorer 2013 (25 goals in European competitions for club and country)
Alfredo Di Stéfano Award
Pichichi Award
Best Player, Best Forward and Best Individual Goal Awards for La Liga
UEFA Best Player in Europe
Fernando Soromenho "Prestige Award",
Portuguese Sports Journalists' Association
European Golden Boot (Shared with Luis Suárez)
Fifa Ballon D'Or 2013
Fifa FIFpro World XI Award 2013
Globe Soccer Award for Best Player of the Year
Great-Officer of the Order of Infante Dom Henrique

TroféusClub World Cup (Real Madrid)
UEFA Super Cup (Real Madrid)
Copa del Rey (Real Madrid)
UEFA Champions League (Real Madrid)

Época 2014/15

Distinções
Pichichi Award
European Golden Boot 2015
IFFHS Trophy for Best striker on the planet and
World’s Biggest Goalscorer First Division
Fifa Ballon D'Or 2014
Globe Soccer Best Player of the Year Award
Globe Soccer Fan's Favourite Player Award.
Cordão Autonómico de Distinção of the government of Madeira

Troféus
-

Época 2015/16

DistinçõesThe Best FIFA Men's Player 2015
France Football Ballon D'Or 2015
UEFA Best Player in Europe
Facebook FA La Liga Player of the Year: 2016
Facebook FA La Liga Best Striker: 2016

TroféusFIFA Club World Cup (Real Madrid)
UEFA Euro 2016 (Portugal)
UEFA Champions League (Real Madrid)

Época 2016/17

DistinçõesThe Best FIFA Men's Player 2016
France Football Ballon D'Or 2016
UEFA Best Player in Europe
Facebook FA La Liga Player of the Year: 2016
Facebook FA La Liga Best Striker: 2016

TroféusFIFA Club World Cup (Real Madrid)
UEFA Champions League (Real Madrid)
La Liga (Real Madrid)

Época 2017/18

Distinções-

TroféusSupercopa de España (Real Madrid)
UEFA Supercup (Real Madrid)

Saudações Leoninas


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A irresponsabilidade

Muito se tem aplaudido o "puxão de orelhas" dado pelo presidente da FPF, Fernando Gomes, aos clubes grandes em Portugal. Não sei o que é mais hipócrita, se quem comete a hipocrisia, se quem a aplaude, conscientemente,

É que antes de analisar o mérito e a eficiência de chamar a atenção pela responsabilidade do clima de ódio e guerra instalado, teremos em consciência de entender qual é o agente a quem compete zelar pela saúde do tal "clima" competitivo no futebol. E essa entidade é claramente a organização liderada por Fernando Gomes.

Não que os clubes e quem os lidera possam ser ilibados de culpa, bem pelo contrário, mas cabe a quem tutela o futebol ir muito além do roadbook de castigos e punições como forma de conter as eternas polémicas do desporto-rei. A FPF e a Liga há muito que se demitiram de atacar os problemas epicamente insanáveis da arbitragem pela raiz. Vão colocando "paninhos" em cima de "paninhos", mordiscando soluções envergonhadas, nunca pondo fim à maior enfermidade de todas - a suspeição.

Culturalmente, o futebol português é uma espécie de campeonato de desconfianças e até ao Apito Dourado era um grande pântano de rumores e boatos que aqui e ali deixavam entrar raros raios de luz, queimando figuras menores do eco-sistema. As escutas do processo mencionado revelariam muito mais do que era conhecido e ficou claro a todos que o processo de investigação e os seus resultados foram manobrados quer para não resultar em qualquer castigo, quer para não ir além do alvo preferencial de quem, na imprensa, recebeu dados sobre a investigação.

Foi a primeira vez que ficou claro e transparente que a arbitragem não tinha qualquer tipo de proteção ou qualquer tipo de independência face aos "caciques" que dominavam o submundo da competição. Bem pelo contrário. Não só os árbitros se ofereciam para prestar "favores", como os obtiam e viviam de consciência tranquila com a troca. E o que fez a FPF ou a Liga? Nada. Pior que nada, despromoveu o Boavista e o Gondomar. Acreditou alguém que o grande DDT do nosso futebol era à data o Boavista e o Gondomar? A FPF sim. E pareceu satisfeita com a solução, a mais cobarde de todas.

O rombo da suspeição continuara intacto e pior, abriu-se oficialmente o jogo de acusações intra-clubes. O Benfica literalmente fez campanha em cima da tal filtragem de dados e conseguiu sair do processo como o impoluto competidor que era vítima do poder do rival Porto na arbitragem. Quem na altura estava "por dentro" bem que avisou que a Luz estava muito longe de ser um agente à margem dos processos do rival nortenho, o que nem sequer é racional, sabendo todos como LFV aprendeu com o seu "amigo" PdC todos os recantos obscuros do futebol, quando era "apenas" um fornecedor de jogadores e grandes negociatas entre o Alverca e o FCP.

Seria de esperar que como presidente do Benfica, LFV ficasse pacatamente a assistir de poltrona à manutenção do poder do Porto sobre a arbitragem? Ou teria começado bem cedo a disputá-lo usando os mesmos métodos (ou piores) para equilibrar o acesso a resultados desportivos que legitimassem os seus mandatos na Luz? Sabemos todos responder a esta pergunta, mas a FPF, mais uma vez ignorou o tal "clima" que agora tanto perturba o seu líder.

Anos passaram de trocas de acusações e suspeição sem que por parte das entidades reguladoras existisse sequer um espamo de preocupação. A FPF dedicou-se à operação financeira da sua selecção e o reinado de Cristiano Ronaldo prometia visibilidade e sobretudo muito dinheiro a pingar nos cofres da organização. Os dirigentes da Federação eram agora convidados para simpósios, para estudos, para entrevistas e sobretudo para cargos na UEFA, que foram melhorando conforme a camisola das Quinas ia subindo no ranking das competições e também nos contratos publicitários. A evolução das competições internas ficou para segundo ou mesmo terceiro plano.

A eterna guerra entre Porto e Benfica era vista como uma "briga" entre marido-mulher, era narrada como o espelho de uma "competição feroz", uma "disputa de grande rivalidade", os epítetos exibiam imensa falta de compreensão sobre o que realmente se passava e sobretudo o que isso reflectia na arbitragem. Bolas de golf rolavam sobre os relvados, autocarros eram apedrejados, mas o cenário era "pintado" como reflexo normal de uma guerra verbal que ninguém se atrevia a condenar. Tudo mudaria de repente com o ressurgimento do Sporting como "player" no mercado.

BdC trouxe uma imagem de um clube que não se iria silenciar face à secundarização a que estava votado há muito. E fê-lo denunciando e colocando o dedo na ferida. A FPF e a Liga não tinham alguma intenção de melhorar o futebol português e o Sporting foi o primeiro a dizê-lo com verdadeira intenção de suportar inovações que controlassem os estragos que tantos anos de "padrinhos" e "poderes alheios" fizeram sobre, só por exemplo, a arbitragem.

E foi assim que na ressaca do maior título alguma vez conquistado que estourou a II Grande Bronca do nosso futebol. Milhares de e-mails acabariam no colo de um Porto já arredado do poder na arbitragem. Emails que exibem cabalmente toda a teia que havia sido criada pelo Benfica (que tinha recrutado para o seu seio os homens certos, com currículo na ligação aos árbitros) para "roubar" o trono da arbitragem ao Porto e que de muitas formas o conseguiu sem que os rivais se apercebessem da compexidade e sucesso da operação. O "polvo" era muito maior que o suposto e os seus tentáculos estendiam-se por muito mais que o poder no futebol.

O que fez a FPF? Nada. Abriu um processo de inquérito que ao que tudo indica, tantos meses depois de ter sido iniciado, não teve um deferimento sequer. Nada. Nem um gesto. Absolutamente nada. Aliás, a polémica dos Vouchers dados por um clube a árbitros e observadores já tinha sido lidada como "incómoda" e "fait-divers"...o que mostra o quão preocupada está na verdade a FPF com o "clima" do futebol português. E considerem que, para colocar na agenda (pelo menos mediática) destes escândalos, foi preciso Porto e Sporting servirem como denunciantes e muitas vezes investigadores. A FPF (que tudo prova cabalmente que sabia de tudo) nunca se lembrou que seria errado dar Vouchers ou que havia interferências graves do Benfica na gestão da arbitragem. Nunca.

E é depois de explodir a polémica e as partes se acusarem, como é evidente subindo de tom com as revelações produzidas, que vem o salomónico Dr. Fernando Gomes falar-nos em "irresponsabilidade"? Anunciar "aqui del rei" com a pressão sobre os árbitros? Mas ele não estava vivo e dentro do futebol todos estes anos? Todos estes anos de uma FPF completamente muda e calada, imóvel e afastada de criar soluções ou punir exemplarmente os corruptos ou "vendedores" de poder? E porquê a redução da polémica ao tema arbitragem? Terá Fernando Gomes apenas acordado para a merda que são os corredores do nosso futebol, com a preocupação que a denúncia dos Padres, Ministros e Missas possam danificar a margem de influência do Benfica?

É o que me parece. Tudo isto agravado com o facto de todos sabermos que o Benfica detém centenas de sms´s privadas do Sr. Fernando Gomes e várias informações sobre a vida privada (menos conveniente) de vários árbitros. Serão só de árbitros?

A hipocrisia que falei no início está aí para que todos possam identificá-la. Quem a elogia ainda torna tudo mais deprimente. Quem é que no nosso futebol tem a moral para falar em "irresponsabilidade"? A FPF? Essa tia solteira que é somente mais um pau-mandado? Essa organização que tem como função regular todo o futebol e é hierarquicamente muito superior aos clubes? É o pai que nunca está em casa que se deve queixar da falta de educação dos filhos? Quem será o maior responsável de tudo isto senão o próprio Dr. Fernando Gomes?! Se não tem poder, se não tem tomates ou independência para os ter, se está "na mão" de alguém...que se demita! Mas antes disso, meta a irresponsabilidade no cu. Se é lá que ela se tem escondido, pois que continue.

Saudações Leoninas


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

"Oleiros" há muitos...

Considero a Taça de Portugal um troféu especial no panorama competitivo do futebol português. A circunstância de clubes de outras divisões poderem competir, perdendo ou ganhando, com os grandes emblemas nacionais, proporciona o tal ambiente de festa que o desporto devia cultivar como essência. Não é apenas por cá que estas competições adquirem este estatuto especial, acontece um pouco por toda a Europa.
Ao contrário da Taça da Liga, esta sim tem história, carisma, promessa de prestígio e estar na final no Estádio Nacional é sempre sinónimo de celebração, seja qual for a cor das bandeiras ou a distância que os autocarros que transportam os adeptos realizam.

Mas antes de chegar à desejada final, existem certas garantias que devem ser acauteladas, acima de tudo para que a tal celebração não se sobreponha ao que é o próprio futebol e as infraestruturas que existem. O caso do Oleiros Vs Sporting é um cenário diferente do que estamos habituados e merece alguma reflexão. Antes de opinar sobre o que quer que seja, preciso deixar bem claro que sempre que possível, o clube anfitrião deve sê-lo na plenitude da sua condição. Deve jogar na sua cidade, no seu estádio, o mais perto possível do estatuto de “jogar em casa”. A definição de padrões mínimos para que tal aconteça já foi feita há muito pela FPF e aqui reside o 1º problema.

Esses padrões da FPF garantem um mínimo aceitável para a grande maioria dos clubes de todas as divisões. Garantem o mínimo para um clube que dispute a I Liga? Relvados sintéticos encaixam nesse grau de qualidade? Garantem a integridade física de atletas com o rigor desejável? Ninguém parece querer responder a esta pergunta e eu adivinho porquê. Tal qual adivinho a razão porque alguns clubes que subiram à I Liga recentemente foram “obrigados” a substituir esses “sintéticos de última geração homologados pela FPF” por…relvados naturais. Compreendo até que as fracas economias dos escalões inferiores façam dos sintéticos uma bolsa de poupança essencial, mas meus caros…tem o seu preço, principalmente quando sabem que podem ter de receber, na Taça, um clube da I Liga que não se pode dar ao luxo de perder atletas com lesões do género que estes pisos costumam provocar.

Acresce a esta problemática, o papel do próprio organizador. Aceitar que possam ser disputadas eliminatórias na Taça sobre relvados de qualidade mais dúbia deve, pelo menos ter um tipo de paridade noutra regra - a obrigatoriedade de presença de titulares na ficha de jogo. Para mim é claro que existe uma ausência de equilíbrio nesta questão. Se permitem relvados inferiores, ao menos que permitam aos clubes primodivisionários a não obrigação de tantos titulares na ficha de jogo. Não se podem contemplar os problemas de uns, ignorando os dos outros, até porque a tal “festa” depende e muito dos maiores clubes e da sua capacidade de mobilização de adeptos.

Aparentemente, o Oleiros recusou as receitas de um jogo disputado num estádio melhor equipado e com mais hipótese de alargar o lucro da disputa desta eliminatória. Está no seu direito. Lamento que a Câmara Municipal tenha gasto dinheiro do bolso dos contribuintes para investir no que faltava para que o Estádio Municipal pudesse acolher a partida, mas esse gesto terá de ser contestado pelos munícipes de Oleiros e não por mim. O que eu contesto é mesmo o regulamento da competição e a avaliação que a FPF faz deste tipo de relvados, permitindo que o que não é tido por “suficiente” na I Liga, possa sê-lo na Taça de Portugal. Sem qualquer compensação (também ela regulamentar) dada às equipas que pagam por mês o valor do lucro de um jogo destes…a um jogador. O amadorismo não devia ser a bitola. Não é assim que se respeitam os clubes e por consequência, os espectadores.

Como é óbvio, principalmente depois das palavras de Bruno de Carvalho, o Sporting comparecerá em Oleiros com os jogadores que achar necessários para dignificar a competição e vencer o encontro. A polémica se existiu (e os jornais bem tentaram) acabou. Nas palavras do presidente do nosso clube morreram as desconfianças levantadas por vários títulos que nos colocavam contra o clube de Oleiros, contra a CM de Oleiros e (até vejam lá isto..:) contra as gentes daquela terra, vítimas de “uma verdadeira catástrofe chamada incêndios e a precisar de um bom motivo de festa”. Afinal parece que não somos um clube de ogres, vampiros e papões que andamos pelo país a desmembrar crianças e a empurrar velhinhos de ravinas abaixo. Afinal não só vamos a Oleiros, como vamos de boa vontade e com espírito de ajuda à tal população. 

Linhas na imprensa sobre o gesto leonino? Artigos sobre as palavras de BdC? Menções ou elogios à nossa atitude? Reflexos da nossa acção junto das “gentes de Oleiros”? Pois é…zero. Não interessa. Pintou-se o “ogre” e isso é que interessa. A paz, a fraternidade, as boas acções, a tal “festa” afinal não merecem registo. Ninguém quer saber, muitos menos os jornais e dezenas de programas de tv diários, do que há de bom no nosso futebol. O “bom” Sporting não interessa. O “bom” BdC não interessa. Só nos valorizam o “mau”…que ainda por cima é, na esmagadora maioria das vezes…inventado.


Saudações Leoninas

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Do "mal" o menos, ainda assim um "mal"

Há várias formas como podemos olhar o empate de ontem no 1º clássico da temporada:

1/ Os optimistas defendem que face ao momento da época (com a nossa equipa a acumular imenso desgaste) e perante a melhor forma (pontual e física) do adversário, não perder era satisfatório, o que até, valha a verdade, foi o resultado mais justo:

2/ Os pessimistas optam por ver uma quebra de forma física e exibicional, que concretiza uma fase de apagamento que irá retirar ainda mais pontos à classificação no futuro.

3/ Os optimistas condicionais ou pessimistas realistas, que é o lote onde me encontro de momento. Gente que, como eu, defende que este era um jogo de vitória obrigatória, a que não chegámos por óbvio mérito do adversário (e já lá vou ao que isso significa) e demérito próprio.

É que se analisarmos onde reside o nosso demérito, podemos até defender que seja por falta de fulgor físico ou apagamento de algumas figuras do nosso onze (importantes como Dost, Gelson, B.Fernandes), qualquer dos casos não será ultrapassado em outras fases da época, só porque sim. A carga de jogos só diminuirá caso sejamos arredados de alguma(s) prova(s) e isso nunca será um sinal positivo.

Muito do sucesso desta nossa época dependerá do emergir das segundas linhas como elementos competitivos que saibam ocupar os lugares dos tais titulares (quando se lesionam, são castigados ou sofrem de baixos de forma). Jogadores como Jonathan, Ristovsky, A.Pinto, B.Cesar, Ruiz, Iuri, Doumbia, Podence vão ter de conseguir entrar e...render. Ou isso ou nas fases de maior acumulação de jogos, iremos perder pontos fundamentais que farão diferença nas contas finais da temporada.

No jogo de ontem, foi evidente a superioridade do Porto quanto à capacidade de assumir as despesas físicas da partida. Na primeira parte a sua estratégia era clara, obter vantagem do marcador enquanto tivessem eles próprios a tal frescura que o Sporting já não tem. Felizmente não tiveram essa arte e Patrício tapou muito do sucesso dessa iniciativa, mas ficou a imagem e a incapacidade para superar o adversário portista.

À luz da exigência da própria direcção, a tal tolerância zero com o insucesso, não podemos ficar de forma alguma satisfeitos com o copo meio cheio e virão dias futuros onde tal será mais evidente, mas realço um dado que pode ter escapado a muitos: podíamos estar 1 ponto à frente do Porto e 5 à frente do Carnide. Não estou tão certo como muitos que oportunidades destas irão surgir tão cedo e de uma vez por todas temos de agarrar as chances de chegar ao topo da tabela, provando que nos momentos dos sins ou das sopas, não acabamos de colher e taça à frente dos olhos.

Saudações Leoninas