sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A Festa de Oleiros

Apesar da distância de valor com o adversário ser o suficiente para não existir propriamente incerteza na passagem à próxima fase da Taça, o Sporting (versão poupança de titulares) confirmou a sua superioridade e cumpriu o necessário para que ninguém se sentisse defraudado ontem à noite em Oleiros.

Salin (apesar do golo sofrido no lado do poste - que será sempre dele) fez o mínimo para manter a suplência tranquila. Jonathan e Ristovky fizeram, na maior parte do tempo o que se lhes exigia. A.Pinto e Petrovic não se pode dizer que estiveram bem, mas cada um terá mais ou menos desculpas para tal. Um porque jogou fora de posição ou outro porque o seu parceiro jogou fora de posição, não era o melhor jogo para avaliações e os 2 golos sofridos exibiram dificuldades que na verdade foram meramente fortuitas.

No meio-campo Palhinha, Bruno Cesar, Iuri e Mattheus Oliveira chegaram e sobraram para manter a equipa a produzir bom futebol, apoiado e moderadamente rápido. Tiveram ainda tempo de marcar 3 dos 4 golos da equipa e fazer sobressair Palhinha como o MVP da partida, algo que JJ (bem) evidenciou.

No ataque, Podence e Dala. Duas das melhores promessas da equipa, mas com aproveitamentos completamente diferentes. O português, apesar da falta de apoio e subidas caóticas do bloco atacante da equipa (normal para um onze completamente de recurso) conseguiu colocar em sentido o Oleiros e abrir caminho para muitas das jogadas que deram ou golos ou oportunidades. Faltou talvez um pouco mais de trabalho de desmarcação, mas desculpa-se pela facilidade evidente que transpareceu desde o início da partida. Gelson Dala esteve ainda mais desacompanhado e ainda mais desconcentrado. Nota-se que tem imenso talento, mas falta familiaridade com as exigências do futebol europeu. Não há tempo para pensar, hesitar, reagir...a decisão é feita (tem de ser) instintiva e Dala assim que dominar esse "tempo" poderá exibir o resto que tem...e que é muito. É um processo, um caminho e sobretudo uma aprendizagem.

Nota ainda para as entradas de Demiral, Rafael Leão e Jovane Cabral, três putos de enorme potencial que convém não serem esquecidos nestas oportunidades, eles precisam delas.

Destaco ainda a solidez defensiva da equipa do Oleiros. Notou-se que se esfalfaram para disfarçar as óbvias diferenças atléticas e tácticas da sua equipa e se olharmos ao marcador...isso foi muito bem conseguido. Não foram bobos da corte e, tal como fizeram tudo para se respeitarem fora do campo (no processo de definição do local do encontro) cumpriram esse objectivo dentro dele. Não elogio a CM de Oleiros na mesma medida, gastar dinheiro (tão necessário para tantas coisas mais importantes) para 90m de um jogo de futebol...não há festa que justifique.

Saudações Leoninas.

P.S. - O tal relvado de "última geração" também cumpriu os mínimos. Não lesionou ninguém...até ver. Ficou-me na retina o lance do 1º golo do Oleiros e a contribuição do "gramado"...para a desmarcação do avançado...além das linhas cor de laranja, um verdadeiro Tron de marcações sobrepostas. Enfim...


2 comentários:

  1. Foi uma excelente promoção para a vila, não faço ideia de quanto gastaram, mas para eles isto foi muito mais que um jogo de futebol, pode-se dizer até que foi o maior movimento de marketing da história da vila. Juntando isso ao ambiente de festa vivido e ao consumo imediato que isso trouxe, só se tivessem investido uma "exorbitância" poderia ser alvo de crítica.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu pelo menos fique curioso em provar o cabrito estofado de oleiros

      Eliminar