quinta-feira, 26 de junho de 2014

The Next Generation

Beto, Eduardo, Pepe, Bruno Alves, Ricardo Costa, João Pereira, Raul Meireles, Ruben Amorim, Hugo Almeida e Helder Postiga. No próximo Europeu (se formos qualificados) terão todos acima de 32 anos, não é preciso ser um génio para calcular que talvez 1 ou 2 (os guarda-redes com mais probabilidade) conservem aptidões e ritmo para se manterem nas escolhas da Selecção. E quem os pode substituir?

Na baliza é óbvia a referência do keeper do Lyon Anthony Lopes, talvez Daniel Fernandes ou Sá venham também a ter oportunidades nas folgas de Patrício.

Na lateral direita Cedric é o nome mais relevante, acompanhado de perto por Geraldes (colega no Sporting) ou André Almeida (se Paulo Bento continuar)

Na esquerda da defesa Antunes é por demais evidente que tem de começar a fazer parte das escolhas regulares. As contínuas lesões de Coentrão não podem travar as escolhas do seleccionador repetidamente.

No centro da defesa a renovação é urgente. Do lote deste Mundial apenas restará Neto. Rolando não será uma solução até estabilizar como titular no seu clube e os jovens mais promissores são sem dúvida Ilori e Paulo Oliveira.

Na função de "trinco" William já estará bem posicionado, tendo como alternativa Miguel Veloso (em queda de valor na Ucrânia) ou André Gomes.

Na restante linha média, Adrien deve juntar-se a Moutinho e Amorim, tendo João Mário, André Martins e Rafa como alternativas. O futuro de Bernardo Silva nos benfas pode fazer com que entre ou não nestas escolhas.

Pelas alas, há menos necessidade de renovação. Varela, Paulo Machado, Vieirinha, Nani e Ronaldo podem fazer mais um Europeu, mas fica a ideia que é preciso mais qualquer coisa, resta saber se estamos a falar de uma rápida ascensão de Mané e Bruma ou por exemplo Esgaio.

No ataque o cenário é, como costuma ser, dramático. Eder e Nelson Oliveira são os únicos avançados com experiência de Selecção A. Ambos a milhas do que se exige. Olhando os 3 grandes, há Cavaleiro, Betinho numa posição mais sólida e Gonçalo Paciência ou Aladje mais distantes. Seja como for, não há nenhum destes com promessas de um futuro risonho.

Olhando o panorama geral, tenho a certeza de que, ou a FPF e a Liga limitam o número de estrangeiros nas competições nacionais, ou não vamos ter Selecção Nacional nas próximas fases finais. Tão simples como isto.

SL


2 comentários:

  1. importo, porque se adequa, o comentário que deixei na tasca do cherba.

    portanto.. como isto não pode ser só criticar, ficam aqui alguns pontos que, penso, deveriam ser revistos.

    1º - revisão completa dos quadros da federação. é necessário uma mudança de figuras, e libertar de vez a selecção das amarras dos empresários. (não é à toa que se diz que esta é a convocatória de Jorge Mendes. este também é o ponto mais difícil de fazer, porque nunca é fácil de provar, por isso não é fácil de condicionar.)

    2º - alterar os quadros competitivos da liga e implementar a regra de 6+5. 6 jogadores formados em Portugal no 11.

    3º - manter a taça da liga mas, alardar o nº de 6+5 para 8+3.

    4º - alargar o nº de suplentes de 7 para 9, sendo que 2 deviam ser dos escalões de formação, sub-20.

    5º - clubes com equipas b, deveriam ter um limite de 5 incrições hibridas. (ou seja, não poderia haver tanta colocação de elementos da equipa principal a rodas na equipa b)

    6º - ainda nas equipas b, deveria ser sempre obrigado a jogar em 8+3. (as equipas b foram criadas para valorizar a formação e ajudar na passagem das camadas jovens para profissional.)

    7º - 2 amigáveis de selecções por ano deveriam ser feitos só com jogares a actuar nos campeonatos nacionais.

    8º - eliminar num espaço de até 5 anos a presença dos fundos nas equipas nacionais.

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  2. Concordo com grande parte das tuas escolhas. Na verdade, não há muita volta a dar.
    Parece-me, porém, que faltam alguns nomes. Talvez por a análise ter uma perspectiva predominantemente verde. Direito que te assiste.
    Tenho ideia que muita da base futura estará nas gerações que estiveram nos dois últimos Campeonatos do Mundo de sub-20. Mas, em muitos casos será como o do Bernardo Silva que descreves no texto: afirmas-te ou não no clube? Se sais consegues dar a volta ou desapareces do circuito, como muitos?
    Deixo apenas alguns nomes que não serão de descartar:
    - Sílvio (não é das gerações que referi, tem a mesma idade que Antunes, faz ambas as laterais e não fosse a lesão PB levava-o ao Mundial);
    - Josué (grandessíssima incógnita)
    - Wilson Eduardo (já não evolui mais? precisa urgentemente de ganhar consistência exibicional e não ser jogador de meia dúzia de jogos)
    - Luís Martins (capitão dos sub-21 com longo histórico de selecções, e todos sabemos como isso pesa);
    - Nuno Reis (sempre me pareceu interessante e jogador maduro, mas parece ter estagnado);
    - Danilo Pereira (parece ter-se reencontrado depois da estapafúrdia aventura em Itália (alguém sabe onde anda Mário Rui?); falta saber se consegue projectar-se para uma equipa de topo que lhe proporcione ser seleccionavel);
    - Sérgio Oliveira (sem tirar nem pôr do caso do Danilo Pereira);
    - Ricardo Pereira (dependente das oportunidades que lhe derem no FCP)
    - Tó-Zé (Idem, embora me pareça de maior dificuldade a sua afirmação)
    - Rúben Vezo (promete; falta saber se a escolha por Valência o permitirá crescer)
    É claro que estou a centrar-me num grupo que em 2016 terá entre 25 e 22 anos, mas a verdade é que actualmente temos uma selecção A com uma média de idades elevada e pouco campo de recrutamento entre os que lá estão e estes nomes que mencionei, que se encontram na sub-21.
    Tudo isto não entrando nos actuais sub-20 onde nomes como Marcos Lopes (ainda sub-19), Tobias Figueiredo, Ruben Semedo, João Cancelo, Bruno Fernandes, Iuri Medeiros ou Alexandre Guedes poderão progredir
    Saudações desportivas,

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