terça-feira, 10 de junho de 2014

Os timings

Bem ao género da personalidade de BdC, o Sporting quer "despachar" o que pode ser despachado a tempo e horas de fechar o plantel 14-15 quase todo antes do Mundial. Porquê a pressa? Duas razões parecem-me lógicas e existe outra que é pura especulação minha.

1/ Os preços - Não é novidade nenhuma que conforme a data de fecho do mercado se vai aproximando, os preços de aquisição são subindo. A chamada "taxa de urgência" é pesada e poucos clubes têm a mão de operar bons negócios na hora de fecho. Comprar enquanto quem vende tem muito tempo para, usando o dinheiro fresco, procurar substitutos, é aconselhável.

2/ O planeamento táctico - Para um treinador, especialmente para Marco Silva que entra pela primeira vez num grande, ter 90% do lote de jogadores resolvido, dá tempo para pensar e repensar nos modelos e variações mais adequados...e dá muito tempo para os ensaiar antes das competições iniciarem.

3/ (esta pode ser mais discutível) - Chegar primeiro -  O Sporting e toda a gente já se apercebeu que, ao contrário de outras épocas, os milionários rivais estão a disputar palmo a palmo os mesmos jogadores que o scouting leonino há muito referenciou. Chegar cedo, antes do cash flow das vendas azuis e vermelhas começar a entrar, pode fazer toda a diferença. Quem escolhe primeiro, tem mais probabilidades de evitar as "sobras".

Depois do Mundial será uma outra fase do mercado. Aí vende-se o que tem mesmo de ser vendido. O que no caso do Sporting é, já toda a gente sabe, Patrício, Capel e Rojo...3 jogadores com os ordenados mais elevados e mais mercado. Tenho a certeza absoluta que há já planos B para todos, o plano A será sempre mantê-los se não surgirem ofertas condizentes com o que podem dar à equipa se ficarem.

Patrício pode dar o lugar Karnesis, Capel a Kostic e Rojo a Matheus Dória (são só exemplos) e se numa primeira fase o rendimento não for equivalente, sê-lo-ia mais tarde...problemas que os nossos rivais vão sentir até mais do que nós.

Aliás desconfio bastante que este ano ninguém vai encher a boca para apregoar "melhores equipas dos últimos não sei quantos anos"...os bancos não têm só o Sporting sobre rédea curta.

SL

5 comentários:

  1. Completamente de acordo.
    - Chegar 1º, antes dos rivais terem a carteira cheia, permite montar a estrutura do plantel a mais baixo custo. O ano passado o Porco e o Fifica contrataram alguns jogadores no campeonato nacional só para não termos acesso aos mesmos. Problema o deles, que agora tem de pagar os respetivos ordenados;
    - No caso de haver vendas significativas, com dinheiro do lado de cá, e com uma perspectiva mais realista das lacunas por resolver, pode-se tentar acrescentar de forma mais efetiva qualidade ao plantel. Se fizessemos ao contrario, gastando mais dinheiro de inicio em alvos mais sonantes, teriamos mais dificuldade em adquirir numa 2ª fase os jogadores que contratamos agora para montar/compor a estrutura aos preços que pagamos;
    - É muito importante começar a formar um grupo unido, e começar o estagio com uma estrutura proxima da final é um benefit, para além de permitir uma mais rapida assimilação dos processos do novo treinador.

    Temos uma % baixa do passe dos jogadores do plantel atual. Herança pesada da besta do Godinho (O homem não podia ter uma estrategia. Só um navegar à vista, enquanto fazia sabe-se lá o que). Agora temos de os ir despachando progressivamente e com o pouco dinheiro que nos cabe nas suas vendas ir substituindo por jogadores com margem de progressão dos quais tenhamos a totalidade do passe (e ordenados mais baixos), para obter mais valias futuras mais significativas e garantir a sustentabilidade. Tudo de forma progressiva, para não penalizar em demasia a performance desportiva, condição fundamental para a valorização de ativos. È um equilibrio f%&$%& de se fazer.

    Por último, a titulo de exemplo, quem defende o regresso do M. Lopes tá a leste da realidade e da estratégia a implementar. Na minha opinião até é um jogador banal, mas mesmo que não fosse, pagar um balurdio por mes a um lateral direito, que ja não vai para novo e com potencial de valorização reduzido, para além do passe ser partilhado com um rival, que lucraria numa venda futura o mesmo que nós, enquanto lhe pagamos os ordenados, seria um erro estrategico colossal. Antes a totalidade do passe do Geraldes, que tem seguramente um ordenado bem mais modesto.

    Sporting Sempre!

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. "...os bancos não têm só o Sporting sobre rédea curta."


    Pois não! Mas eles não têm um presidente teso ou sem crédito como tem o Sporting. E depois não têm intervenção da Banca nas suas gestões, para além de ainda poderem lançar no mercado "obrigações" e concretizá-las. O Sporting nem isso, infelizmente.

    Eles estarão com febre, o Sporting está em perfusão.

    Eis a diferença!

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  4. Este último anónimo deve ter vindo do meio de algumas nádegas...

    O Sporting já teve muitos presidentes com muito "crédito", grandes gestores e todos cheios de "papel", e foi a bela miséria que se viu. Portanto não será por aí.

    O Sporting pode sim lançar obrigações no mercado, e uma será feita aquando da reestruturação já que faz parte do plano devidamente explicado aos sócios, apenas se espera por isenções fiscais na fusão da SPM com a SAD.

    Mas mais do que essa, é voltar a cair no erro da gestão de "bola de neve", em que depois se anda a lançar empréstimos para pagar empréstimos anteriores.
    Que é aquilo que o benfica e porto continuam a fazer.

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  5. O anónimo do "presidente teso ou sem crédito" é sempre o mesmo parvalhão. Há quem diga que este cretino é o Godinho Lopes. Não me admirava nada...

    Que cambada de anormais. Pensam que enganam quem? São uma cambada de falidos que só têm fachada. Até o BES está quase a ir pró c******...

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