quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Gestão presente e futuro

Honestamente é me quase indiferente o sucesso do Sporting na Taça Lucilio. Só não me estou completamente a cagar, porque estando o Leão em prova quero por defeito que ganhe sempre e tudo, nem que seja a taça do carcavelinhos de iniciados.

Mas há aqui uma questão estratégica a considerar. Fora da taça e das competições europeias, o Sporting só tem 2 competições a decorrer. Benfas e tripeiros têm 4 ambos. Até prova em contrario, quantos mais jogos mais probabilidades de desgaste, lesões, cansaço...é aritmético.

Ora, se o Sporting “desarmar” na Taça Lucilio, os tripeiros nesta primeira fase e os benfas na eliminatória seguinte, podem ter um balão de oxigénio suplente...uma prova onde rodar as peças menos usadas...e menos boas. E é ponto assente que nem Jesus nem Fonseca podem dar um palmo de terra por perdido.

Ao vencer os madeirenses por 3-0, o Sporting colocou pressão nos tripeiros, que logo à noite terão de marcar no mínimo o mesmo número de golos. Não o fazer é deixar para a última jornada em casa com o Marítimo a obrigação de golear. Isto considerando que o Sporting vai a Penafiel e ganha o jogo. E tenho sinceras dúvidas que os suplentes tripeiros tenham pedalada para golear o Penafiel.

Além do mais, sou vos sincero, faço o mesmo julgamento para esta competição que fiz na Taça de Portugal. A prioridade é a classificação na liga. Essa determinará em muito a gestão desportiva da próxima época. Um apuramento directo seria um passo assertivo em frente na valorização e estabilidade deste plantel, que continua a revelar (Mané, Dier, Boeck, Piris, Vítor) ter muito mais do que se imaginava à partida.

Espero que seja feita uma boa gestão das carreiras de alguns “canteranos” como Esgaio, João Mário, Zezinho, Nuno Reis, Fokobo, Betinho, Chaby ou Medeiros...pois como ficámos surpreendidos com William, podemos bem ficar ainda mais com estes rapazes. Idealmente na próxima época deveríamos definir espaços para alguns no plantel principal. Não custaria um euro a mais e já teríamos alguma garantia de qualidade...o que penso ir de encontro às nossas finanças e discurso institucional.

A coerência é a mãe de uma gestão desportiva de campeão. A tentação (caso exista apuramento para os grupos da champions) sempre foi gastar e engordar depois de uma dieta de sucesso...e isso é estragar um grupo de trabalho, o crescimento de uma equipa e a relação desta com os adeptos. Ao contrario do que se possa imaginar, os sócios não querem reforços sonantes, querem ídolos. E há uns belos candidatos a esse estatuto neste actual plantel.

Se não podermos manter os ídolos, que os vendamos, mas a esse preço, não ao preço de “oportunidades”.


SL

2 comentários:

  1. "Ao contrario do que se possa imaginar, os sócios não querem reforços sonantes, querem ídolos"

    Não sei se não querem reforços sonantes...
    Não te lembras das campanhas pela "truta", que tanto podia ser o Bendter como o Quaresma?
    E não reparaste ainda na ligeira euforia que se instalou a propósito do eventual empréstimo do Nani?

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  2. Atenção que pelos menos para mim, tanto o quaresma (claro que quando foi para o porto o fascínio acabou) como o nani são ídolos, mas concordo contigo, os adeptos não diriam que não a uma truta e relativamente a esse tema concordo em absoluto com o javardeiro, trazer uma truta com um salário elevado seria destruir completamente o espírito de grupo quebre instalou e se cultiva em Alvalade.

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