domingo, 25 de maio de 2014

As frases feitas e as análises por fazer

Já ouvi e li dezenas de análises dos nossos "peritos" mediáticos em conjecturar épocas desportivas e não ouvi nenhum dar destaque ao que penso vir a ser o dado mais importante para compreender a relação de forças futura entre os 3 grandes - os ajustamentos dos plantéis às receitas.

Há várias frases feitas no debate do nosso futebol, a mais estável é sem dúvida a que "porto e benfica têm orçamentos que lhes permitem contratar e manter jogadores de outro nível".

Benfas e tripas, como todos sabem, têm planificado as últimas épocas com provisões inflacionadas. Esse dinheiro fantasma advém de promessas de vendas de muitos milhões de alguns jogadores chave. É o chamado contar com o ovo no cu da galinha.

No ano passado os ovos só saíram do cu quando um certo senhor meteu mãos à obra e facilitou (a troco de uma percentagem generosa) os tais balões de oxigénio. Mas esse senhor tem um novo amigo, do lado dos compradores que lhe paga comissões à cabeça e tem também um novo método - ele compra os jogadores, ou pelo menos, percentagens muito grandes dos seus direitos desportivos.

Face a esta nova realidade, azuis e vermelhos, gastam o que podem e não o que queriam. Os orçamentos fictícios vão baixar drasticamente, até porque a capacidade de atrair jogadores de topo do mercado sul-americano vai diminuindo.

Quem der uma olhada ao protótipo dos jogadores que a imprensa relata como alvos dos dois "big spenders" nacionais vai constatar que não são nada que o Sporting também não possa contratar....e sabendo que peças nucleares vão sair dos 3, a tal vantagem de maiores orçamentos e vistas mais largas no mercado está onde?

Nesta época que acabou, a diferença pontual foi reduzida e mesmo com 2 treinadores bastante aquém do valor mínimo para um grande e apostas em nomes como Licás, C.Albertos, Herreras e Reyes...a verdade é que os tripas andaram muito tempo dentro das contas do título. O Sporting com um corte orçamental drástico esteve muito perto de estragar a festa dos 6 "milhões"...não vejo, se saírem jogadores como Rodrigo, Garay e Gaitan...onde estará a tal grande vantagem para a próxima época.

Jackson, Fernando e Mangala ou Rojo, Capel e Patricio...são nomes prováveis de abandonos no defeso, mas se (juntando aos 3 benfas menscionados) forem substituidos por valores do mesmo nível de mercado...onde está a tal grande vantagem?

Coisas que não vejo muita gente a dizer e muito menos a debater. Já para não falar das declarações diárias de JJ a dar entender que "não garante que fica".

SL

2 comentários:

  1. Não vês onde está a diferença?!?!
    Nomeações de árbitros, árbitros que nos roubam, árbitros que roubam para eles, Conselho de Justiça, Conselho de Disciplina, Aroucagate, dinheiro por baixo da mesa para escolherem os melhores jogadores para eles, vender o Roberto por 8 M quatro vezes, perdão foram só duas vezes e a CMVM não quer saber disso nem dos milhões que lavam através de clubes da 2ª divisão do Uruguai e toutros que não se sabe ...
    Achas pouca diferença?!?! Apesar da Com.Soc. querer branquear esta sujidade toda, eu não me deixo levar.

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  2. Sou dos que defendem que o fosso ainda é demasiado grande para poder ser atravessado numa só época. E apesar das diferenças não se terem notado em demasia na época passada, não quer dizer que elas não estejam lá e não se pudessem revelar com um pouco mais de azar.
    Este ano houve 6 jogadores, que, quanto a mim, não tinham suplente à altura: Jefferson, Cédric, Rojo, Maurício, William e Adrien. Ou quando havia era só mesmo uma (Piris e Dier). Quantos mais competições, quantos mais jogos, maior o grau de cansaço e o risco de lesões. No ano passado chegámos a Dezembro com o campeonato para jogar. Mas se um dos laterais, centrais ou médios tivesse ficado 1, 2 ou mesmo 3 meses fora, não existiria opção no banco. E para o ano, se tudo correr bem, teremos essa intensidade competitiva, consequente desgaste e risco. Será que temos capacidade de forrar o banco com o que é preciso?
    É verdade que o dinheiro não compra bons jogadores, nem os jogadores caros dão garantias a 100% - e muitos casos há em que as apostas saem furadas (Elias, etc). Mas que o dinheiro ajuda a ir ao mercado mais tranquilamente procurar jogadores credenciados, isso permite.

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