segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Carta de um Leão a outro Leão

Caro Sr.Presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho.

Antes de começar a ler esta missiva, peço-lhe que tente sentar-se comodamente e que faça um pequeno esforço para se isolar da azáfama que o rodeia durante 5 ou 6 minutos. Sei que não deve ser fácil, mas gostaria que pudesse dedicar-me este tempo. Sei que o mereço antes e que o merecerei mais ainda quando terminar.
Pode parecer um contrassenso, mas detesto "cartas abertas". Faço-o, não porque tenho a megalómana e indistinta vontade de me tornar protagonista usando a sua condição de recetor, mas sim porque sinto o dever de dar voz a muitos outros sportinguistas que querem fazer uso do seu direito à critica sem que se alimente qualquer outro tipo de apoios, qualquer outro tipo de agenda que não seja melhorar o Sporting.

O problema de qualquer clube de futebol chama-se "maus resultados", afecta qualquer emblema e o Sporting não é diferente dos demais, é para mim e para si especial, mas não tem nenhuma salvaguarda que o impeça de perder jogos, pontos e títulos. Infelizmente o sabor da frustração da derrota (ou não vitória) é bastante familiar aos sportinguistas. O que faz de nós um clube especial é que ao contrário da maior parte dos clubes de futebol mundial, o Sporting Clube de Portugal consegue crescer não amealhando títulos. Durante o seu mandato que estará prestes a terminar no início de 2017, o clube cresceu. Uma Supertaça e uma Taça de Portugal podem ser bons argumentos para explicar a dimensão da recuperação que o Sr.Bruno de Carvalho e restante equipa directiva conseguiu fazer, mas ambos sabemos que isso não é verdade. Vencer as Taças internas é apenas um prémio de (fraca) consolação para os adeptos em Portugal e se para um Braga é um ponto alto na história desportiva do clube minhoto, para o Sporting é apenas mais uma nota de rodapé em face às expetativas de ser o melhor, incontestavelmente o melhor entre os grandes do nosso desporto-rei.

Eu e o Sr. Bruno de Carvalho sabemos muito bem que o Sporting tem crescido e recuperado o seu estatuto de "crónico" (como gosta de o dizer) às custas da sua energia, dedicação e exigência. O seu papel como líder pode ser mais ou menos cordato com a concorrência, mais ou menos justo para com os seus antecessores e colegas actuais que dirigem o clube, mas aqui, só entre nós dois, o meu caro Presidente abanou toda a estrutura do clube indo direito ao orgulho e exigência dos universo (cada vez maior) de Sportinguistas. Todos nós, que amamos o clube até às últimas consequências, entendem muito bem o que tentou, tenta e tentará fazer enquanto se chamar a si próprio Presidente do Sporting e nunca duvide por um segundo que a sua base de apoio continua sólida e imune a conspirações de retretes suburbanas. Nunca duvide da inteligência dos Sportinguistas em dar total apoio a quem já provou vezes sem conta colocar o interesse do clube bem acima do estivemos habituados num passado recente. Não tenho a mais pequena hesitação em considerar o meu caro Dr. Bruno de Carvalho um dos presidentes mais importantes da história do clube e uma das figuras mais apaixonantes do dirigismo desportivo, pelo que devo dizer que era apenas uma criança nos tempos do saudoso João Rocha e imaturo demais para entender a sua visão e dedicação ao clube.

Mas, o meu caro Presidente já sabia que este "mas" vinha a caminho, mesmo João Rocha não foi infalível, mesmo os melhores dos melhores se equivocam. Não por desleixo, não por prepotência, mas apenas porque no meio de tantas decisões, ninguém consegue adivinhar o futuro e muitas vezes a realidade altera-se tão profundamente e de forma tão rápida, que o que parecia uma decisão 100% fundamentada e estruturadamente válida se revela errada. O Bruno, permita-me a confiança, deve estar a pensar "então venha de lá esse tal erro". Satisfazer-lhe-ei essa minha presunção de  lhe adivinhar o pensamento indo direito ao sentido deste texto: dar mais poder ao treinador Jorge Jesus foi e é um erro.
Nem eu, nem ninguém em Portugal poderá dizer que Jorge Jesus não tem competência para "ler" o jogo de futebol, será aliás dos melhores nesse aspecto. Poderia até ser lógico deixar, quem sabe e quem treina, escolher os jogadores com quem vai trabalhar. Mas se o Bruno de Carvalho olhar para o futebol de forma global (e sei que cada vez mais o faz) poderá constatar que os maiores emblemas, os mais poderosos, os mais ricos, os mais vencedores, dão cada vez menos margem aos treinadores para serem eles a apontar, escolher e contratar jogadores. A excepção é a Inglaterra, o reinado dos "Managers" sempre definiu uma variante à estrutura de organização essencialmente apoiada em centros de conhecimento que privilegiam a decisão colegial e não a acumulação do negócio e a preparação da equipa no mesmo cargo, na mesma pessoa. Mas até no Reino Unido, o supercargo de poder contratar quem se vai treinar está a cair em desuso, essencialmente porque os managers britânicos escolheram mal, muito mal, sobretudo a partir do momento em que as nacionalidades ou as verbas deixaram de ser um problema.

Hoje em dia, Ilhas Britânicas incluídas, escolher jogadores, comprar os seus passes, valorizá-los e transferi-los passou a ser uma das actividades mais importantes para a sustentabilidade e sucesso de um clube de futebol. Comprar os jogadores errados ou vender os jogadores errados é hoje uma das explicações mais comprováveis para justificar más épocas desportivas. A tal "gestão dos activos" já não é mera rotina de olheiro - treinador - presidente, é a quase a totalidade do que deve ser bem feito para gerar lucro, troféus ou ambos. Cada vez mais os clubes entendem essa importância e tentam dotar os seus departamentos de futebol de tudo o que pode servir de diferencial, quer humano, quer tecnológico. A era do Scouting começou já faz uma boa dezena de anos e quem a entendeu como estratégica prosperou, quem não o fez, dependeu demasiado da sorte, provavelmente despendendo muitos recursos em erros que poderiam ter sido evitados. O Scouting é muito mais do observar ou detectar jogadores. O meu caro Bruno (repito o atrevimento) sabe tão bem como eu que os grandes jogadores são facilmente detectados e qualquer pessoa com o grau mínimo de conhecimento saberia dizer que Ronaldo, Messi, Ibrahimovic ou Neimar, mesmo com apenas 12 ou 13 anos viriam a ser diferentes dos demais, saberia pelo menos o suficiente para recomedá-los. Ainda precisariam de menos do que isso para recomendá-los aos 17 anos e absurdamente menos quando tivessem 23 ou 24. A questão com esse tipo de talentos não se chama Scouting, mas sim Financing. O problema é que o Sporting, assim como 99,9% dos clubes mundiais não só por missão contratar vedetas ou futuras vedetas (até porque isso cada vez será mais difícil face aos desequilibrios entre clubes europeus e diferentes economias) mas essencialmente conseguir encontrar jogadores com a maturidade de darem acréscimos segundos depois de assinarem o seu contrato.

Esta circunstância de ter de "descobrir" mais valias imediatas a preços comportáveis requer a capacidade de conseguir fazer previsão, mas sobretudo a capacidade de conseguir comparar coisas diferentes. De grosso modo, conseguir comparar Slimani no Sporting a Bas Dost no Wolfsburgo. No passado essa missão era menos arriscada e menos global, mas hoje em dia falhar uma contratação tem um peso enorme nas finanças de um clube. São milhões de euros que não têm regresso, são passivos que se aumentam, são homens a quem se aponta a responsabilidade de "justificar" demasiado dinheiro, demasiado risco. A solução encontrada por muitos (e bons) clube foi a mais racional possível. A decisão tem de ser fruto de um trabalho quase totalmente científico. A estatística, o comportamento, o lado social, o estado civil e agregado familiar, a observação sistemática sob todos os ângulos da carreira desportiva, seja aos 7 ou aos 35 anos, o Scouting transformou-se numa ciência cada vez menos apoiada em feelings, em palpites, em "olheiros". Não sei o que Jorge Jesus pensa sobre esta evolução, não sei sequer o que pensa e implementou no Sporting, o que sei é que seja qual for o caso, o Scouting no Sporting trabalhou mal. Pode parecer estúpido estar a dizer isto em Outubro, mas não falharei por muito se arriscar pensar que o meu caro Presidente pensa o mesmo, nunca o poderá dizer (eu faria o mesmo na sua posição) mas tenho por mim certo que um dirigente com o seu grau de estudo do fenómeno futebolístico também já entendeu o falhanço que foram algumas das maiores apostas para esta época. Se o poder esteve nas mãos de Jorge Jesus e não estarei a falhar por muito, vejo-o como responsável e como tiro de letra que nenhum scout daria o aval a muitas das chegadas ao plantel, não posso deixar de entender que a aposta na extensão da responsabilidade oferecida a Jorge Jesus não teve o retorno e a melhoria desejada.

Como disse no princípio, a minha vontade assim como a de muitos outros Sportinguistas não é a de "queimar" o legítimo trabalho e competência de quem está no clube, não tenho eu nem ninguém esse poder ou vontade. Mas no meio de tantas vozes que pedem cabeças, eu e quem estiver ao meu lado, pedimos trabalho e inteligência. Pedimos competência. Em muitas coisas que estão a correr mal, podemos e devemos melhorar e é na mente e na capacidade de Jorge Jesus que confiamos que venham a ser encontradas as soluções. Não interessa que nos venham dar explicações, escusas, respostas ou murros na mesa. Queremos que se sentem à mesa, trabalhem e obriguem outros a trabalhar. Se o que existe não está bem, não funciona, só conheço uma forma de melhorar e chama-se dedicação ao "trabalho" e empenho em esforços coletivos. Muitos desprezarão a força do que um punhado de homens pode fazer, mas a história do Mundo e do Desporto está inundada de exemplos, de turning points onde a diferença, a mudança, a reviravolta esteve centrada na união desinteressada de várias pessoas num bem comum. Essa é a única forma que conheço de uma equipa superar os seus medos, as suas fraquezas, as suas incapacidades. Peço-lhe, caro Presidente, que olhe para dentro e dedique o seu melhor a este tipo de soluções, exigente como sabe sê-lo, mas também solidário e centrado unicamente na definição de uma "Equipa do Sporting". Acredito que 5, 6 ou mais pontos serão ultrapassados quanto mais uma mensagem de união perante a adversidade conseguir ser implementada.

Para último deixo uma mensagem ainda mais importante. O Bruno sabe tão bem como eu que a grande desilusão dos Sportinguistas com os resultados mais recentes da nossa equipa de futebol, prendem-se sobretudo com o facto de os mesmos desaires estarem a aparecer num completo contra-ciclo. O clube cresce, recupera financeiramente, intromete-se novamente ao mesmo nível de ambição que os seus grandes rivais, a equipa vinha a ser, incontestavelmente a melhor em jogo-jogado. Tudo apontava no final da última temporada que o prémio (merecido já em Junho) chegaria este ano, ou na pior das hipóteses, andaríamos tal como na época passada pertíssimo da liderança. Estar a 5 pontos do Benfica e já a 3 do FC Porto é para nós adeptos (e para si ainda mais) um choque, algo para o qual não estávamos preparados. Nenhum indício existia que tal pudesse vir a acontecer e embora nem tudo no desporto seja lógico, valha a verdade que à 10ª jornada já ter perdido muito da totalidade dos pontos perdidos da época passada é pesadamente ilógico, sendo que o treinador é o mesmo e "apenas" saíram 2 jogadores. A dinâmica de crescimento, a que muito devemos agradecer ao seu espírito lutador e ao Sportinguismo feroz de nós todos como adeptos está a ser contrariada por um princípio de época muito pouco feliz. Na mente de todos pesam os fantasmas de um Sporting do passado arredado da luta do título cedo demais e isso deta vez é algo inaceitável. Este facto é um elogio ao seu trabalho no ressurgimento de um Leão adormecido, mas também é um fardo com terá de lidar e saber conviver. Os Sportinguistas revêm-se no seu clube e não querem vê-lo retroceder, voltar a carpir lágrimas antigas e queixumes bolorentos. Queremos todos o Sporting que o meu caro Bruno nos devolveu e esse, seja qual for o prisma que se observar, não é o que esteve em campo no final do jogo de Guimarães ou na tarde de Sábado em Alvalade. Esse é um Sporting de que não temos saudades, mas sim muito pavor. A contestação que se gerou neste fim de semana é algo que o Bruno terá de canalizar para dentro como saudável, explicável e até útil. Os adeptos são a base do clube e a base do clube não acredita que muitos dos jogadores valham apenas "aquilo", que Jorge Jesus não tenha a arte e o engenho de rapidamente colocar os atletas a fazer das suas fraquezas a força que o coletivo precisa.

Não queremos "cabeças". Queremos as "cabeças no lugar". Não queremos desculpas. Queremos apenas "desculpar" a nossa equipa. Não queremos contestar. Queremos comprovar, cada vez mais, que não estamos errados ao acreditar que seremos muito mais fortes amanhã do que somos hoje e que as pessoas que estão, são mais que capazes de levar por diante os nossos sonhos de glória. Espero ter servido de voz a muitos dos meus consócios, de espaço a ideias razoáveis e sobretudo fiel à vontade que eu e o Bruno temos de ver sempre sorrisos em Alvalade. Agradeço-lhe meu caro Presidente o tempo que me possa ter dispensado, sendo mais que garantido que estarei, sempre que me for possível em Alvalade a fazer-lhe companhia no apoio à nossa Equipa. Pois também eu tenho as minhas responsabilidades como adepto do Grande Sporting Clube de Portugal.

18 comentários:

  1. Faltou apagar a parte dos poderes dados a JJ e sim referir a venda tardia de 2 importantes elementos da equipa e a entrada tardia de quem os veio substituir

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    1. Nem mais. Aqui está uma opinião de que eu me identifico e da qual já tenho dado a várias. O nosso Sporting é uma grande paixão, mas por vezes temos de ser também racionais nas nossas análises e olhar para os factos. Crítica construtiva sim, agora crítica por criticar como eu vejo por estas redes sociais fora não é de esses que o Nosso Grande Sporting Clube de Portugal precisaal.

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    2. Excelente texto, correcto, sensato, introspectivo! Depois do trabalho feito é tempo de BdC saber virar-se apenas para dentro, assegurando ESTABILIDADE e TRANQUILIDADE! Todos os Sportinguistas têm de entender, perceber, que não é fácil substituir os 4 jogadores que este ano não temos (esperemos que apenas 3 daqui por mais uns dias!). Refiro-me a JMário, Slimani e TEO. Acredito que dos que vieram nem todos sejam FLOP como já muitos apregoam, mas a adaptação às vezes é difícil! É importante continuar a lutar contra quem nos quer ver em baixo, contra quem quer é que todos os nossos bons jogadores sejam vendidos! Mas é altura de mais sobriedade! Para quê ter alguém ligado, afecto ou seja lá o que for, ao lado de um trauliteiro como PG?

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    3. Mais um aqui.

      A época de transferências estar aberta depois de iniciar a temporada, depois de 3-4 jornadas... é uma aberração.
      Um absurdo.

      Vaporiza qqr planeamento....

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  2. Fantástico! OS meus parabéns.
    É apenas e só tudo isto.

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  3. Fantástico texto!
    Parabéns e obrigado por 'verbalizar' o que, estou certo, muitos de nós pensam
    SL

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  4. Solução para "isto tudo", ainda este ano? Muito difícil , quiçá impossível. Ir ao mercado de Inverno, vender os "flops" e reforçar de forma positiva e conveniente. De forma inteligente.Dois laterais de classe, um médio de construção de classe e alguém que possa na realidade ajudar Das Bosst a fazer golos. E se calhar não teremos de pronunciar a frase que já estamos fartos de entoar:" Se não for este ano, talvez no próximo".

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  5. Essa dupla de charlatães, nomeadamente e abertamente, o 'profeta das ilusões' Babalu de Azevedo, tal qual o flautista de Hamellin vai conduzindo o 'Serôdios da Charneca do Lumiar' em direcção a um charco lodoso !... Donde será muito difícil e moroso voltar a sair se a 'aposta cega' voltar a falhar. E voltarem a ganhar ... 'bola'. E desta vez, não vos vejo a serem 'convencidos' a voltar a ir 'apanhar as canas' de outro foguetório.

    Como ele vos pede "não o deixem cair" ... NUNCA !!!



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    1. Charlatães há de sobra ali para os lados da freguesia de carnide. Um dia vão andar à procura de quem tenha votado neles e poucos o vão admitir.

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  6. Excelente Carta Aberta. Revejo-me totalmente no que escreveu. Um à parte: A lampionagem é que devia de ser proibida de frequentar este espaço leonino, só aqui vêm para provocar e destabilizar. SL

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  7. Aquilo que verdadeiramente me preocupa, não é gastar 10m no Basdost, nem 3m no Elias.
    O que verdadeiramente me preocupa é que estando empatado em casa com o Tondela, o JJ de antigamente teria entrado no campo para bater no Schelloto. Teria deitado tantos gafanhotos na orelha do André que ele iria jogar todos os seus 60minutos como jogaram nos ultimos 3.
    O próprio adepto-presidente Bruno iria partir uma janela do banco de suplentes e morder as canelas do JJ só por este estar tão pacificado.
    Onde o Sporting está a falhar é que temos uma equipa cheia de nomes famosos a desfilar um futebol empastelado e um presidente e um treinador domesticados. Faz lembrar Vercauten. É aí que estamos a falhar.

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    1. Concordo. Acheio-o muito menos interventivo no Sábado, justamente quando era tão preciso abanar a "barraca".

      No beifica ele só era expulso se desse um "tiro" em alguém, no Sporting mal pode abrir a boca no banco. Depois do Slimani no ano passado, conseguiram foder a cabeça ao JJ com tantas expulsões e ele agora sente-se condicionando com medo de ser expulso, e isso prejudica-o na orientação da equipa.

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  8. Como já mencionei noutro “local” cada tropeção do Sporting em termos competitivos, resulta num processo de aproveitamento para desestabilização por parte daqueles que nos querem ver fracos e desprotegidos. Os próximos tempos serão de agitamento. Saibamos ser Nós a resolver o que a Nós diz respeito, mas com a clareza e assertividade necessária e não entremos no jogo daqueles que tudo sabem e tudo resolvem em nome de uma pseudo competitividade. Este texto é um excelente exemplo de um contributo construtivo perante a situação que se vive. Revolta-me assistir a manifestações de crítica que se sustentam na injúria, na subvalorização rápida de valores, na desclassificação social, na condenação sumária, quando tais manifestações não conduzem a solução nenhuma, pelo contrário tornam o ambiente ainda mais denso.

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  9. Ao invés de outros, pseudo conhecedores profundos da vida e obra do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL e do seu atual Presidente, apresenta, neste seu artigo, a sua visão sobre as causas que terão levado a esta série de resultados menos positivos da nossa equipa principal de futebol.
    Mas não se limita a isso. Simultaneamente, vai indicando aquilo que pensa ser a forma correcta de perseguir os objectivos do CLUBE.
    Excelente artigo, concorde-se ou não, revelador daquilo que são os valores do NOSSO CLUBE.

    SAUDAÇÔES LEONINAS

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. http://meunomeleao17.blogspot.pt/2016/10/sentir-de-leao.html

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  10. Tirando as considerações que são específicas do SCP, este é um texto que serviria a qualquer clube! Excelente. Não me cabe a mim falar sobre o que se passa no SCP, mas de uma forma genérica este é um dos melhores textos sobre futebol que já li.

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  11. O problema, é o ADN das equipas de futebol do Sporting e não é de hoje. Os jogadores escolhidos por norma para representar o clube não têm qualquer espirito de conquista, ou se o têm pensam rapidamente em sair do clube. O Schelotto, sim, esse prodigio de futebol, na 6a a noite antes do jogo, as 23h estava no instigram a perguntar que filme poderia ir ver visto que não sabia o que ver, quando deveria estar sim a descansar... estamos a 15 anos sem ganhar um campeonato e estamos farto da incompetência sucessiva que as equipas de futebol demonstram quando envergam a camisola verde e branca... metam os olhos no atl de madrid por exemplo que renasceu à conta de muito suor dos seus jogadores. muitos deles, jogadores que ninguém queria. Corram, joguem à bola, façam por merecer o salário...

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