segunda-feira, 9 de março de 2015

Distâncias

Numa jornada onde 1º e 2º venceram e 4º e 5º perderam 3 pontos, não é preciso nenhum expert para concluir qual grupo devemos acompanhar. O Sporting deve aproveitar o jogo de hoje para começar a criar novamente distância atrás de si, operação que deve ser ampliada na próxima jornada com a deslocação do Braga a Carnide.

Caso façamos o nosso dever e entendendo que a pressão diminui assim que se torna mais ou menos aceite que o título é um objectivo longínquo, será normal (ou teremos de o tornar assim) que no final da próxima jornada o 4º classificado diste 7 pontos de nós e tendo, também nós, a vantagem teórica de um confronto directo em nossa casa. O 3º lugar não é nenhum prémio, mas do mal o menos, sempre que não conseguirmos medir forças com a regularidade dos nossos grandes rivais, ao menos que não deixemos para wannabes a última (possível) vaga para a Champions.

Tenho para mim, completamente fundada a opinião de que o tempo das grandes aquisições dos nossos rivais (com fundos ou não) termina no final desta época. Não será tão cedo que um emergente internacional argentino ou belga, ou mesmo brasileiro venha parar aos planteis de clubes portugueses, e nem mesmo as operações de Mendes terão a mesma preponderância. Agora há Deportivos e Valências para alimentar e a entrada directa para La Liga é mais sedutora que a nossa "Quinta do Duque".

A rivalidade financeira de porto e benfica deixará de ser medida em mais do dobro que a realidade comparativa do Sporting. Por mais que as aparências se mantenham, a verdade é que os dedos dos nossos rivais já não irão ter por muito tempo anéis como Gaitans e Jacksons. Por mais que tentem "vender" um novo paradigma como igual ao anterior, Pizzi não é Enzo, Cesar não é Luisão, Boubakar não é Jackson…e por aí fora. 

O mercado dos três grandes irá aproximar-se muito do que o Sporting tem feito, jovens esperanças (por testar) vindas de fora, algum trunfo oportunidade do momento e muito mais aproveitamento do mercado interno e da formação. Acho mesmo que Lopetegui e Jesus serão os últimos treinadores a terem acesso a jogadores oriundos de Real Madrid, Atlético, Boca Juniores, Milan, ou outro posto avançado do dinheiro europeu. Os próximos a vir, chegarão do Hannover, do Palermo, do Swansea ou do Newells…e muitos deles porque falharam e não porque brilharam.

O que parecia um sprint, tornar-se-á uma corrida de fundo e sobretudo uma corrida onde os "turbos" irão escassear. A aproximação de valor real dos planteis será uma realidade ainda mais visível do que já é neste momento e o Sporting deixará bem mais cedo do que hoje muitos entendem, de ser o patinho feio do trânsito dos valores emergentes de Portugal para a Europa endinheirada.


SL

2 comentários:

  1. Essa aproximação será uma realidade, tanto mais que temos uma nova fornada de talento à porta dos seniores: wallison, gauld, palhinha e matheus, pelo menos. Coisa que os nossos rivais não têm, sendo obrigados a comprar fristzenbiches ao kg.

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  2. O problema é que nao tendo internacionais estrangeiros continuarão a ter os internacionais portugueses: capela, gomes, mota, xistra, ferreira e outros que sabem e têm capacidade (apito) para fazer a diferença.

    Pereira

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