Uma dúvida nasceu então na noite do último
Sábado: será este o “novo” Sporting? Ou apenas uma coincidência um pouco mais
sólida e corajosa que o normal (que já é bom fique claro). É que caros amigos,
a equipa que esteve em campo no dragão fez um pouco mais do que parecia
possível.
Muitos dos nossos rivais vão “contar” com que
esse aumento seja apenas demérito do caos táctico de Lopetegui ou apenas um
acaso de sorte em que tudo corre melhor que o normal. Mas eu não acho. O que eu
vi foi uma exibição que só por ofensa se pode chamar “sortuda”, a não ser que
se considere “sorte” tudo o que os nossos jogadores fizeram de bem e os
andrades fizeram de errado. Não. A sorte não explica o domínio do Sporting em
fio de jogo e certeza posicional.
Mas houve ali qualquer coisa mais. Uma alma
mais “boss”, uma tranquilidade nada típica de um clube que está há décadas sem
um título e habituada a underdog crónico.
Não, alguém mandou o “estatuto” dar uma volta
e jogou o jogo pelo jogo.
Será a entrada de Jonathan a materialização de
dois corredores igualmente talentosos e velozes? Será a entrada de Paulo
Oliveira a calma de quem está à sua frente e ao seu lado? Terá o crescimento de
William feito o triangulo do meio-campo passar de nível, com Adrien e João Mário
a bi-motorizarem todos os movimentos da equipa? Será Montero o complemento
decisivo para Slimani, o match perfeito para baralhar o posicionamento dos
adversários (defesa alta para parar Montero? Defesa baixa para estancar
Slimani?). Terá Nani atingido o “spot mental” em campo, recuperando os seus
super-poderes e contagiado os colegas?
Será apenas que a ambição de Marco Silva
encontrou vazão perfeita num plantel muito mais forte do que todos os analistas
andaram 4 meses a vaticinar?
Será “este” Sporting (do dragão) possível de
repetir-se? Poderemos já vê-lo em acção amanhã na Alemanha? É que se a resposta
for sim, ah caros leões, estamos aqui na eminência de qualquer coisa de
extraordinário, qualquer coisa que há muito ansiamos...uma equipa que pode
encaixar-se lá no alto, bem no alto, junto de memorias como a operária equipa
de Duscher, André Cruz, Vidigal ou Acosta ou a esmagadora máquina de golos
chamada Jardel, J.Pinto e P.Barbosa.
Cedo demais?
Aguentem-se. Aqui há um leão que sempre se
recusou a parar de sonhar e acreditar.
SL
Ah! Ganda Javas! a intuição será sempre, sempre, mais certeira que a intelecção...
ResponderEliminarBom post. E, bem já houve um avanço nos teus excelentes posts, ou seja já tratas os andrades por andrades em vez de horácios. Custou, mas valeu a pena. SL
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