Os próximos Adriens e Williams não estão na América do Sul ou no leste europeu. Tiremos daí a ideia. O Sporting não tem dinheiro, nem os bolsos amigos dos empresários para ir recrutar jogadores que se afirmem na rapidez e pujança necessária para serem os "tais" reforços que não conseguimos esta época.
Acredito que os substitutos dos bons valores que temos hoje no plantel, estão já hoje na equipa B e quanto mais nos convencermos que não vamos descobrir Yazaldes no Dinamo de Bucareste ou Peyroteus no Nacional de Montevideo, mais depressa valorizaremos o que foi, em devido tempo, adquirido e formado por Alcochete.
A operação Carrillo tenderá a ser o modelo. Leva anos, tem muitos retrocessos, não é unânime...mas funciona. E terá de ser aperfeiçoada. Sem mudanças de paradigma, sem excesso de contratações, mantendo a convicção que o talento trabalhado dá frutos, o Sporting poderá investir mais na estabilidade e renovações do que na permanente contratação e dispensa ano sim, ano sim.
Mas para que isso seja efectivo, convém manter pelo menos 2 pessoas nos mesmos lugares. O treinador principal da equipa A e B, trabalhando em conjunto durante alguns anos, poderão criar um modelo de transição eficaz e agilizar a entrada de novos talentos no momento ideal. O efeito "pegar de estaca" pode ser bem mais repetível que as pontualidades que temos conseguido com Mané ou Tobias. A mudar de treinadores de forma permanente, o diálogo das duas formações séniores sofrerá...e os processos de evolução recomeçarão quase sempre do zero.
Wallyson, Medeiros, Gauld, Rubio, Palhinha, Gelson, Matheus, Ponde, Podence, Chaby, D.Duarte, Geraldes...há muita gente a esperar pelos momentos certos.
SL
Da lista que mandas 3 sao sul americanos (Wallyson, Rubio e Matheus), um norte europeu (Gauld) e outro meio de leste (Ponde).
ResponderEliminarEu acho que mais que a própria questão de nacionalidade, seria mais importante definir a estratégia.
Por exemplo, este ano o Sporting investiu fundos consideráveis em tentar trazer mais valias, não imediatas, mas de futuro.
Sarr, Sacko, Slavchev e Gauld custaram juntos quase 7 milhões de euros. A estratégia seria comprar jogadores jovens com algum potencial, trabalhar-los na Academia e ir-los lançando aos poucos na equipa principal.
Tirando Gauld, não sei se podemos hoje dizer que esta estrategia tem sido um sucesso.
Agora isto pede um departamente de prospeção importante e não sei se será o nosso caso, por agora.
Eram contratações que podem ser encaradas na mesma logica que vieram Arias, Rubio e Carrillo, por exemplo.
Excelente análise, J.. Eu ainda acho que Sacko e Slavchev teem muito potencial, mas concordo que para já só Gauld parece estar pronto a subir ao plantel A em 2015-16. Penso que a estrutura se embalou com o sucesso financeiro surpreendente que foi encontrar um Jefferson, um Maurício e um Slimani por tuta e meia e achou que com um bocadinho mais de dinheiro conseguiria fazer ainda melhor. Também acho que fazer este tipo de contratacoes "para o futuro" sem ter uma sincronia perfeita com o treinador (que já se percebeu nao foi tido nem achado em algumas destas aquisicoes) é meio caminho andado para falhar.
EliminarExcelente post Javardeiro!
ResponderEliminarAcredito que a próxima janela de transferências de Verão vai ser bastante distinta das 2 anteriores. Virão muito menos jogadores porque (agora) já muitos reconhecem que foi um exagero o número de contratações feitas.
Mesmo o mercado de Janeiro (entrada de Ewerton) deste ano já foi bastante diferente do de há um ano (Heldon, Matias Perez, Enoh, Dramé e Shikabala, senão estou em erro).
BC é inteligente e já percebeu isso. Duvido que o BC de há uns meses tivesse renovado com o Matheus...
Acho que é preciso considerar que a actual equipa de juniores é bastante fraca e que no máximo subirão à equipa B 2 ou 3 jogadores com real potencial.
ResponderEliminarIsto para dizer vai haver um hiato de 2 ou 3 anos de fornecimento "interno" a equipa B.
Daí perceber a tentativa de ir à procura desses jogadores fora.
Meu caro a sua análise padece de alguns erros:
ResponderEliminar1-A formação do sporting já não é o que era. Citando o Bruno de Carvalho a formação leonina é um "mito urbano"
2-Ir buscar jogadores jovens a outras paragens já é o que os outros clubes fazem e como tem mais dinheiro terão provavelmente mais sucesso que o sporting.
3-Este modelo que apresenta é um modelo a longo prazo e depende mais da direcção do que dos treinadores. Assim, no lugar de falar em manter treinadores deve falar em ter uma direcção forte que mantenha o rumo da estrutura.
Cumprimentos
Caro Javardeiro,
ResponderEliminarNão só concordo com a generalidade do que escreve neste 'post' como também concordo que este foi o rumo que foi apresentado aos adeptos e sócios do SCP há cerca de dois anos atrás e que... foi sufragado nas eleições de Março de 2013, resultando em dois anos em que temos observado o clube do Leão Rampante a reerguer-se, a assustar e, a ser sistematica e concertadamente espoliado de pontos nos jogos e atacado de todos os lados que compõem o 'ecossistema do pontapé na bola á portuguesa'...
No entanto creio que, depois de na temporada passada termos tido um Treinador á frente dos destinos da equipa principal do SCP, esta época a Direcção Leonina equivocou-se... e temos um 'aprendiz no referido cargo'... Como tal, e concordando que no contexto do projecto que o SCP tem para o seu futebol profissional, a interacção entre os treinadores das equipas A e B será vital para o sucesso deste modelo, também tenho que dizer que não será com o marco silva que atingiremos esse desiderato. Encaro com naturalidade a saida deste no final da temporada.
SL