A renovação de Carrillo. Assunto complicado dizem os jornais e afirmam-no sempre sem mencionar o principal problema desta extensão de vínculo - a percentagem pertencente a fundos detidos por empresários. A arma do jogador em não aceitar os valores do clube parece jogar a favor de uma transferência no final desta época, antes de se iniciar a última do seu contrato. Essa deve ser a intenção dos fundos, pois pelo escasso valor investido irão receber vários milhões de euros.
Mas como tudo na vida, existe outro interesse, o do Sporting. Carrillo será facilmente um jogador transferível por 12 ou 14 milhões, na minha opinião já vale mais do que isso. Portanto a arma do clube será sempre "ameaçar" os detentores terceiros do seu passe (que terão de o deixar de ser até ao final desta época) de que se não surgir uma proposta, digamos de 20 milhões, o Sporting deixará ir o contrato até ao seu término. Resultado, fica o clube e o fundo sem a fatia da transferência - todos perdem.
Bem jogadas as peças neste xadrez, o Sporting pode ou receber uma verba generosa pelo jogador, ou renovar baixando a sua cláusula de rescisão e comprando a preço justo a percentagem que lhe falta do jogador. Como se pode ver, a proibição do TPOs pela UEFA e FIFA, tem uma importância fundamental na restituição de poder negocial aos clubes...e é por essa razão que as Federações Espanhola e Portuguesa andam (a mando do dinheiro que enche os bolsos de muita gente) a ameaçar com mega processos de tribunal duas instituições que normalmente não têm a mais pequena partícula de atrevimento em desafiar em questões bem mais fundamentais. Uma coragem singular, que exibe a podridão do nosso futebol.
Ver e ouvir o Presidente da FPF a falar de "limitação dos clubes em não poder competir pelos grandes atletas sem os fundos" dá-me vontade de vomitar no televisor de tão crápula e desonesta que é essa afirmação. Ele e todos os outros sabem bem o que os fundos trouxeram ao futebol...e equilíbrio não foi uma dessas coisas. Para o ser, todos os clubes deviam ter acesso a ela. Todos os 18 clubes da nossa liga deviam ter jogadores internacionais colocados por fundos e empresários, pagando-lhes os ordenados e a simpatia de alguns árbitros em jogos fundamentais. Não acontece pois não, não é por acaso que a conversa do "equilíbrio" só é feita no contexto das competições europeias, esquecendo como é que os clubes se apuram para as mesmas.
Sem os fundos e empresários o porto estaria hoje em 2º ou noutra posição? Iria à Champions? Equilíbrio? Justiça? Ajuda aos clubes? Certo...e este é o melhor argumento, imaginem a validade dos restantes. Mas isso pouco preocupa Fernando Gomes, o futebol diz-lhe tanto como as gravatas de marca ou a imagem paladina de pessoa institucional com que "preocupa" em passar em cada entrevista. Crápula.
SL
Nem mais. Quando temos um dos árbitros da geracão dos títulos a norte, que foi apanhado e que diz que "o futebol português é uma mentira", quem sou eu para o desmentir.
ResponderEliminarDepois o problema é do garoto. Então não é? Claro que é!
(Kadechima)
E nas competições europeias, como fica o "equilíbrio" com clubes de outros países onde não existem fundos?
ResponderEliminarO brunismo definitivamente afeta a inteligência das pessoas. Felizmente não afeta a do próprio Bruno que faz menos do que diz que faz nestas histórias (e ainda bem!). Caso contrário não teria investidores na própria SAD cuja identidade não revela. Percebam isto: a campanha anti-fundos tem um destinatário, a Doyen. Quem dera ao BC que algum fundo aceitasse colaborar com ele para reforçar o nosso plantel... Mas isso quem não quer não é o BC, é a Doyen. Acordem!
ResponderEliminarAlguns croquetes, que continuam a apoiar antigos dirigentes croquetes que iam levando o Sporting à falência, ainda não se aperceberam que foi a direcção presidida pelo dr. Bruno de Carvalho que salvou o Sporting! Os fundos existem para darem lucro não para ajudar os clubes. Foram criados como produto de investimento. Os fundos não foram criados com o propósito altruísta de ajudarem os clubes sem nada ganharem. O que é os tótós não percebem?
ResponderEliminar(continuação)
ResponderEliminarEu pessoalmente nada tenho contra os Fundos desde que sejam claras as regras e quem são os detentores dos mesmos. Posto isto quem quiser recorre a eles quem não quiser não recorre. Eu apoio a posição do dr. Bruno de Carvalho. Não por seguidismo - não sou seguidista, nem sequer votei nele, não obstante reconhecer o seu excelente trabalho em prol do Sporting - mas por achar que os clubes devem ser donos dos passes dos jogadores a 100%. Penso que já era tempo de todos os sportinguistas se unirem em torno do Sporting tornando o clube cada vez mais forte e menos dividido. Para bota-abaixo já nos chega os dos nossos rivais. S. Leoninas. P.S. - O que acima queria dizer era " O que é que os tótós não percebem?"