quinta-feira, 7 de abril de 2016

Olhando para baixo

A recente e crescente contestação dos adeptos do porto, embora ainda tímida, existe. Convém lembrar que estamos a falar de um clube que ainda vive num feudo onde muitas pessoas receiam dar voz e cara a críticas. A claque portista tem fama de "apertar os colarinhos" e "quebrar umas rótulas" quer a mando, quer por livre e espontânea vontade a todos os que não entendem bem o que devem e quando devem falar à imprensa.

Mas o que é certo é que a indignação cresce nos adeptos azuis e brancos e, aqui de longe, de quem se está nas tintas para os seus problemas…acho que vem com uns 8 ou 9 anos de atraso. Desde o surgimento do super-empresário Mendes que a SAD portista se "alargou" na arte de comissionar os grandes negócios com altos proveitos individuais, paralelos à actividade de membros da SAD ou dirigentes do clube. São biscates muito lucrativos, demasiado lucrativos. 
À boa maneira tuga, os familiares dos membros da SAD tornam-se todos empresários e muitos envolvem-se directamente com empresas de representações de jogadores. A cabeleireira de repente tem uma participação numa sociedade de advogados do Chipre, o taxista larga a "biatura" para se dedicar à gestão de uma empresa de segurança, passando pelo professor de Geometria que num ápice larga as equações pela consultoria financeira numa holding misteriosa com sede em Malta. Dá para quase tudo e quase todos.

Fora disto, bem longe, na Ribeira o adepto olha para o Relatório e Contas e coça a cabeça ao reparar nos itens que assinalam negócios de 10 milhões onde mais de 30% foram para comissões a empresas e onde se torna difícil decorar a lista de 79 empresas que comissionam os negócios do clube.
É claro que se a equipa estivesse em 1º lugar, bem distante dos rivais, nada disto seria um problema…muitos anos houve em que se aceitaram estas práticas debaixo do argumento "são grandes jogadores" ou "os bons negócios custam dinheiro" e até "desde que entre o dinheiro e a equipa ganhe". Mas agora que os resultados não surgem, a inteligência "desperta" e a indignação "acorda" para longos dias a imaginar os dirigentes muito mais preocupados em valorizar este e aquele jogador do que a criar condições para qualquer treinador levar a equipa a bons resultados.

Atravessando todo este mar agitado, a Doyen esconde-se no porão, rezando para quem ninguém dê pela sua presença e pelos seus lucros…preferindo até disfarçar comissões usando filhos de presidente e esposas de directores da SAD. Aliás não está sozinha, muitos outros empresários fazem-lhe companhia e nervosamente contam os segundos para o final da época, altura em que retirarão os seus representados do Dragão evitando a purga de lucros que já se adivinha.
Se imaginam que a situação do Porto está problemática, então esperem pelo fim da época, vai ser um Verão épico de limpezas forçadas e isso vai…zangar muita comadre. 


SL

6 comentários:

  1. É tão bom ver o baralho de cartas a cair em câmara lennntttaaaaaaa

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  2. o porto ainda tem 50% do estádio para fazer arder e evitar a desqualificação das competições europeias mas isso significaria que 100% do estádio que é praticamente tudo o que o clube tinha como patrimonio desapareceu em 3 anos de gestão.

    E não vai ficar por aqui.
    À medida que o tempo passa, a SAD tem de ir comprando partes dos passes dos jogadores porque é isso que está contratado. E de onde virá esse dinheiro?

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  3. E veremos algo semelhante quando o orelhas deixar de ter os truques dos vouchers, das arbitragens e das equipas B na primeira liga na manga.

    Não tenho pena do Porto, como não terei do Benfica.

    Na altura que estejam de rastos vou dizer, com um sorriso meio torcido na boca que "fazem falta um Benfica e FC Porto fortes no futebol português".

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    1. Santa ignorância... chega a meter pena.

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    2. Hahahaha, olha mais para o teu clube. Já te deves esquecer que o teu presidente adiou 2 vezes o que tinha para pagar

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