Na tentativa de encontrar uma base de apoio nos restantes clubes profissionais, o Sporting propôs medidas concertas que não visavam apenas o seu interesse específico, mas a evolução do futebol interno no seu todo. É claro que mais do que interromper a hegemonia das trapaças essa demarche mexeu com o poder instituído dos nossos rivais junto dos clubes "pequenos". Infelizmente, ou melhor, felizmente o Sporting não tinha árbitros para oferecer no pacote e muito menos jogadores para abastecer a lógica paupérrima de muitos clubes profissionais de não gerar receita e logo não ter despesa.
A batalha foi perdida. A tentativa de BdC de encontrar aliados falhou. Mas ao contrário de muitos, penso ter sido mal adoptada a política "ah não querem? então que se f#dam!". O voltar de costas perante a traição política que se exibiu na eleição de Luis Duque foi o desperdiçar de talvez um ano de trabalho. O cinismo e a cobardia combatem-se com o oposto e não com o equivalente. No início não trará resultados, mas a longo prazo e contando com a segura derrocada das contas dos pequenos emblemas BdC pode recuperar terreno. A guerra não está perdida. Bem pelo contrário. Cada dia que passa as finanças dos clubes tende a arruinar-se um pouco mais.
Mais do que propor mudanças "ao vento", o Sporting deve trabalhar nas relações directas de clube para clube e ir amealhando aos poucos a confiança das "cadelas amedrontadas" da nossa Liga Portugal. A revolta dos clubes pequenos não é evidente, mas é real. O Sporting pode liderá-la, transformando-a numa posição mais forte e sobretudo menos envergonhada e objectiva. Como em tudo na vida, um cobarde leva tempo até encontrar forças para se unir a outros para acabar com o terror de um bully. Mas um dia acontece. Nesse dia, o Sporting deve ter já a teia bem articulada para conduzir um novo poder no caminho da transparência, justiça e imparcialidade. A nossa proposta tem de ser sempre clara e concisa. Não é mudar as moscas. É limpar a merda.
SL
Que assim seja!
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