terça-feira, 17 de março de 2015

O caminho mais próximo para os títulos

Pode o 3º maior orçamento da Liga, vencê-la? A resposta é óbvia para todos, sim. Mas é apenas um sim retórico? Há quase 10 anos que uma das grandes questões do universo leonino é precisamente esta: até que ponto é legítimo esperar vencer tanto ou mais que os nossos rivais, quando não temos o financiamento para esse objectivo.

Existem 3 correntes de pensamento:

1/ 30 dos 34 jogos da Liga são frente a clubes com menos orçamento e logo piores infra-estruturas, base de apoio, equipas e treinadores que nós. Perder menos pontos que os nossos rivais nestes 30 jogos é o ponto decisivo e é possível.

2/ Ao longo de uma época, as lesões, castigos e abaixamento de forma de jogadores fundamentais tiram mais pontos aos plantéis menos apetrechados...será sempre preciso ao Sporting para vencer, que estes "azares" atinjam os nossos rivais de forma mais severa.

3/ Mesmo que o Sporting assegure o melhor plantel, haverá sempre interferências externas que servirão de bloqueio aos bons resultados.

Existe verdade nos três pontos. Mas qual estará mais próxima da verdade? Na época passada a primeira explicação parecia mais lógica. Nesta temporada apromixamo-nos mais da 2ª e 3ª...seja como for parece-me razoável que tendo menos dinheiro que os outros, saber gastá-lo melhor que os rivais será fundamental. E gastar dinheiro não significa "adquirir" novos jogadores, pode (e para mim deve) servir para revalidar contractos e manter as peças fundamentais, pois a estabilidade e a experiência acumulada de várias épocas a jogar juntos, também é um trunfo.

Ter o melhor scouting, o melhor treinador e o balneário mais estável. Acredito que com estas 3 vantagens, seja possível vencer os melhores orçamentos. Jogadores com qualidade também ajuda um bocadinho, claro.


SL


4 comentários:

  1. mas esta malta não entenderá que manter os melhores, mesmo que quisessem ficar , significa num clube tuga necessariamente vendedor , subir orçamentos ?

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  2. acresce que raramente o mercado é um exercício de vontade , quando não se é o lado com mais massa , é quase sempre um exercício de necessidade.

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  3. Não inviabiliza no entanto que gastar o pouco que temos seja feito da forma displicente como foi feito em especial na última época.
    Em 15 contratações aproveitou-se um jogador, Paulo Oliveira, não contabilizo Nani que é empréstimo.
    Qualquer que seja o investimento possível na equipa, enquanto Sportinguista não ponho nunca de parte aquilo que José Alvalade disse um dia " ...Ser um clube melhor entre os melhores...". Assim sendo cada época que se inicia o desejo e a vontade é só uma vencer tudo. Não o podemos fazer é com base em pressupostos ou hipóteses. Nunca o seremos se tivermos só 12/13 jogadores. A época é longa e necessariamente necessitamos de uma base melhor para o nossos suplentes. Por isso e terminando como comecei contratar 15 jogadores e aproveitar um só é para mim uma péssima abordagem do mercado e um tiro no pé comparativamente a outros clubes.

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    1. Nao compreendo a sua análise. O defeso nao foi particularmente bem sucedido este ano, mas essa das 15 contratacoes nao sei de onde a tirou. O Sporting contratou, de acordo com as minhas fontes:

      Rabia, Paulo Oliveira, Sarr, Jonathan Silva, Geraldes, Rosell, Slavchev, Sacko, Tanaka, Ryan Gauld e
      Nani (emp) e Ewerton (emp). Houve outros jogadores contratados para a equipa B (e eu também acho que Geraldes e Sacko foram contratados para a equipa B mas incluo-os nesta lista). A conta dá 12 jogadores.
      Destes 12, Paulo Oliveira, Jonathan Silva, Rosell, Tanaka, Gauld, Nani e Ewerton já todos demonstraram valor para estar no plantel A.
      Sem fazer futurologia diria que em 2015-16 Paulo Oliveira, Jonathan, Rosell, Gauld e Ewerton vao fazer bastantes jogos. Slavchev, Tanaka, Sarr, Rabia, Sacko e Geraldes muito provavelmente nao terao a mesma sorte.
      Em 12 jogadores um aproveitamento de 5 para o plantel principal está longe de ser mau. Nao é excelente, mas se o futebol fosse uma ciencia exacta nao precisávamos de ver os jogos. Se me mostrar uma equipa no Mundo inteiro que tenha feito 12 contratacoes e em que mais do que 9 jogadores se tenham revelado excelentes entradas para o plantel A (e tenham feito muitos jogos), sou todo ouvidos.

      Serve isto apenas para dizer que criticar a política de transferencias é algo perfeitamente natural, mas custa-me a compreender a facilidade com que se diz que foi tudo mau sem o sustentar apropriadamente.

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