A actualidade em cinco minutos

Contas

Contando com uma vitória frente ao Moreirense, que a não surgir termina com a aspirações a curto prazo de uma aproximação aos rivais, o Sporting pode esperar um de 3 cenários:

-       ficar a 5 pontos do benfica e porto

-       ficar a 6 pontos do benfica e 3 do porto

-       ficar a 8 pontos do benfica e 2 do porto

Perante estes cenários, agrada-me especialmente o primeiro. Mas não torço por ninguém, já que qualquer que seja o desfecho um dos rivais (ou ambos) irão obrigatoriamente ficar mais próximos. Dependendo da deslocação, sempre polémica e difícil à Choupana (palco das maiores proezas arbitrais contra o Sporting) a equipa de Marco Silva pode mesmo terminar o ano com as aspirações iniciais intactas...em todas as competições. Mas este cenário contempla um bom resultado frente ao Chelsea já amanhã (ou sorte no outro jogo do grupo) e duas vitórias frente a adversários bem mais acessíveis (Moreirense e Nacional) mas não menos dispensáveis de toda a concentração e empenho.

Menos um problema

A equipa leonina parece mais estável e confiante e não fora os já habituais brindes na nossa própria baliza e podia-se até dizer que mesmo a defesa estaria a atravessar uma fase de maior regularidade. Uma coisa é certa, dos dois centrais-problema, um já não é visado por tudo e por nada. Paulo Oliveira passou a “bem-amado” e deixou todos os holofotes apontados a quem quer que seja o seu parceiro no centro da defesa.

A imprensa passa-se por nós...preventivamente

Patrício é dinheiro no banco. Slimani e Montero estão a acertar com a baliza, William lá vai passando pelos pingos da chuva oscilando entre o bom e as saudades da época passada, Jefferson e Jonathan vão rodando assim como Cedric e M.Lopes. Adrien e João Mário assumem o meio, Nani e Mané fixaram arraiais nas alas. O puzzle parecia feito e a fotografia completa agradava. Uma peça saiu do sítio com a lesão de Nani, mas apesar da histeria colectiva dos media, não creio que o nível da equipa baixe ao ponto da lesão do (sim é) seu melhor jogador se transforme num vazio exibicional.

O colectivo

A força deste Sporting, apesar do talento fantástico de muitos dos seus atletas tem sido (desculpem-me lá os artistas) a capacidade de construir jogo colectivo. O tipo de futebol que tem praticado não podia partir nunca de uma manta desgarrada de acções individuais, mas sim de mecanismos tácticos iniciados já com Jardim e aprofundados por Marco Silva. Nessa perspectiva, a ausência de Nani em 2 ou 3 jogos não deixando de ser um ponto negativo, pode ser bem resolvida (como foi visível no Bessa) por um Carrillo inspirado. Sem dramas..a época é longa e problemas como este ou outros têm de ser resolvidos pela capacidade da equipa, que não se pode ser limitada a 11 jogadores. Em alguns jogos, como serão os próximos 2 ou 3, o alinhamento não será, teoricamente, o mais forte...mas cabe a todos provar isso mesmo...ganhando.

A verdade

A decisão tomada pela SAD do Belenenses em não alinhar com os seus dois melhores jogadores frente ao benfica, seguindo um ilegal acordo de cavalheiros, com a desculpa triste e absurda que estaria a “proteger” os jogadores de suspeição, mostra ao ponto que esta liga chegou. Nunca surgiu um clube preocupado com esta questão até agora e será apenas a solução que veio substituir as lesões convenientes. O problema mantém-se – os clubes que emprestam jogadores proíbem quem estes venham a defrontá-los e criam uma desigualdade. As leis estão escritas, mas estão mortas, a espertalhice prevalece mais uma vez...como sempre. A transparência continua a resvalar pela sarjeta e o vencedor...inglório. Ser o mais favorecido ou menos prejudicado não é uma coroa-de-louros digna para ninguém. É apenas o anúncio do fim da emoção, incerteza e espectáculo. Quem quer ver, vê.

SL