Veremos como carbura neste jogo a máquina do
meio-campo e especialmente a dupla de centrais Oliveira-Sarr face aos mais que
prováveis raids aéreos para as desmarcações de Huntelaar e as bolas paradas
para Howedes. Veremos também o “jeitinho” do árbitro italiano e se, depois da
vergonha internacional que foi a anterior jornada, ainda há lata de interferir
no resultado da partida.
Mas hoje também é dia de os adeptos mostrarem
o impacto que a derrota em Guimarães teve na “onda verde”. Quem conhece os
Sportinguistas sabe que não é gente que desmotive facilmente e eu espero que
isso se prove na moldura humana de logo à noite. Mas...porque gosto de elevar a
verdade um pouco acima das minhas vontades, não estou há espera de grandes
festivais nas bancadas. Quer uns queiram quer não, a exibição (mais do que o
resultado) no Minho deixou muita gente revoltada e de pé atrás com os
jogadores.
Muitos dos que se sentarem de cachecol verde e
branco nas bancadas vão “esperar para ver” até que ponto a equipa é capaz de se
redimir perante seus adeptos dentro de campo. Até que ponto estavam certos em
alimentar um estado de enamoramento total pelas capacidades de jogar bem à bola
da equipa, de se empenhar sem quartel por bons resultados, por correr mais e
lutar mais que os adversários no terreno de jogo.
Para mim o jogo de hoje vale mais do que os 3
pontos para a classificação da Champions, mais do que o milhão de euros de
prémio, mais do que a carreira europeia. O jogo vale a prova de que os seus
adeptos não foram iludidos.
Não vai ser fácil? Não, vai ser até muito
difícil. Mas estes são os padrões que queremos. Se os jogadores deste plantel
querem fazer parte de uma boa equipa europeia e ainda maior dentro de portas,
têm de se habituar a altos padrões de problemas com naturalidade. A
excederem-se na garra e no talento que põem em cada jogada, em levantar a cabeça
e correr ainda mais depois de um golo sofrido, a entender o primeiro minuto
como o 94. A encarar jogos como o de hoje e do passado fim-de-semana com
batalhas e eles próprios como guerreiros. Ou perdem, ou vencem.
Se a atitude for a correcta, o resto surgirá...porque
existe. Os jogadores têm qualidade, nunca foi esse o problema...a dificuldade é
mesmo dar o salto mental de um “outsider” para um favorito no panorama interno
e de um “estreante” para um apurado na vertente europeia. Quem não se acha
melhor, dificilmente vai ser melhor. Quem não se supera constantemente viverá
os dramas dos maus resultados aqui e ali. O Sporting do futuro não poderá ser o
habitual carrossel na tabela classificativa, não poderá viver dos puxões de
orelhas de treinadores ou presidentes...os jogadores precisam de entender isto:
ou são jogadores de clube grande ou não...têm tudo a ganhar e a perder...sempre! Não há estados de
graça. Os bons são bons porque o provam...sempre.
SL
E a equipa de juniores, alguém tem acompanhado? Anedótico. Patético. Por que não vão antes estudar?
ResponderEliminarAcabadinho de chegar de Alvalade...
ResponderEliminarObrigado equipa...!!
SL