sábado, 22 de março de 2014

Factor condicionador

Há uns anitos atrás houve uma almita que em plena pujança dos Calheiros e Paratys falou que, salvo erro, um benfas qualquer tinha, criticando as repetidas arbitragens a favor dos tripas "condicionado" as futuras arbitragens no campeonato em desfavor dos rapazes das barras azuis na camisola.

De lá para cá, a expressão "...está a tentar condicionar o trabalho do árbitro" entrou na galeria da cassete futebolística, ficando lado a lado com o "jogamos sempre para ganhar" ou o "vamos levantar a cabeça". Mas com uma importante diferença. É muito mais estúpida que as outras, o que não é pouco olhando o vazio de substância por detrás destes chavões clássicos.

É tão estúpida que sempre que a ouço, coloco imediatamente o triste que a proferiu na minha saudável galeria de "és muita tanso pá!". Porquê? Das duas nenhuma amigos, ou o árbitro está "feito", "comprado", "trabalhado", "fechado" para favorecer um clube e aqui não haveria razão nenhuma para ser sensível a meras declarações nos media ou...então não está e quem coloca a sua isenção em causa é que vai levar com a marretada durante o jogo.

Aliás se "condicionar" o árbitro tivesse algum efeito, não haveria fim para as comunicações de benfas e tripas ...que nunca souberam resistir a tornar um jogo um pouco mais fácil, fosse como fosse.

Só uma última nota. Os media que tanto criticam a linha de Bruno de Carvalho sobre arbitragem falam em "clima", em "paz", em "4 linhas" quase nos fazem ficar com a ideia que o futebol português (pré-BdC) era um mar de rosas...onde nenhum árbitro foi aliciado, onde não se escolhiam árbitros por telefone.

SL

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