Palavra ao adepto

(não...não é aquilo que estão a pensar...livra!!)

Há 3 tipos de adeptos (há mais...mas eu estou preguiçoso). Há o tipo “tonto cagarolas” com quem é impossível ter uma conversa, que diz que os outros são todos uma merda e que os penaltis são todos dele, que vai ganhar todos os jogos por 5-0.

Depois há o tipo “calimero com azia”, que está sempre a cascar no seu próprio clube, sempre a insultar os seus jogadores e sempre a fazer piadas de uma ironia deficiente sobre o futuro e as hipóteses de sucesso.

Fora estes dois e outras variantes, sobra o adepto normal que se anima com as vitórias e quebra com as derrotas.

É claro que um clube que vença bastante gere muitos adeptos como o 1º e um clube como o Sporting gere alguns como o 2º. Mas há limites para tudo. Sobretudo em adeptos que têm visibilidade e “air time” na comunicação. A calimeirice não se passa para fora, tal como ninguém anda a apregoar que está cheio de dívidas, ou que foi encornado pelo técnico do Meo.

Parece-me até um pouco bicha desprezar (da boca para fora) aqui que se gosta. Mas se os bichas incomodam, os “sindicalistas da direcção” incomodam ainda mais. São uma espécie de papagaios que não pensam, gravam os discursos e repetem até à exaustão. Perante criticas com base de sustentação, respondem com uma ideia mecânica de censura...a versão “reaccionária” no futebol e exclamam “OPOSIÇÃO!!” 

Apesar disso os adeptos têm de distinguir entre o que são criticas construtivas e correctas e “baldes de merda”. Aos baldes devemos desprezo, às outras muita atenção.

Exemplos de baldes de merda? Rui Santos, Jorge Baptista, Querido Manha, Ribeiro Cristóvão, esses ganham a vida num registo que agrada imenso aos Calimeros com azia.

A teoria da “oposição” é aquele chavão com que se responde a algumas criticas bem feitas ao trabalho de direcções e treinadores pouco competentes que não conseguindo justificar o injustificável, acenam com o crucifixo  na esperança de espantar os argumentos. Há toda uma geração de benfas que cresceram com este conceito. Mas no Sporting isso era coisa que eu detestava que entrasse.

Porque o Sporting tem muitos calimeros com azia, gerou-se uma certa moda do Sportinguista blasé, uma coisa fina e intelectual, que nem liga muito, nem pouco, que nas vitórias lembra as derrotas e vice-versa. Está sempre calmo. Sempre morto.

Tenho privado com todos os géneros e sub-géneros mas este último faz-me mal ao estômago. Onde é que está o nervo? A tesão? O amor? Onde é que está o adepto?

Tomara que esta malta toda entenda a figura parva que faz ao falar do Sporting como se fosse um capricho infantil que superaram na puberdade.

Vão todos tomar na peida e mais às vossas bichices de Sudokus e Reality shows de culinária. Futebol é emoção, querem calma e tranquilidade torçam pelo Kasparov ou pela equipa Islandesa de Curling.