Quem é vivo...

A melhor forma de começar este post é pela frase de um gajo que dá pelo nome de Pacheco. Se já não era grande espada nos campos (era uma espécie de Nolito da praia da Rocha), como opinador é daqueles que nos fazem pensar que a nossa imprensa “encomenda” opiniões a qualquer um, desde que diga exactamente o que estar quer que diga.

“O Benfica, com mais ou menos dificuldade irá ganhar o jogo...”

Não só não o venceu, como se viu à rasca para não levar uma goleada. Se o Wolfs tivesse mais habituado a estar no espeto, tinha virado muitos frangos ontem e é preciso dizer que o Artur tirou ontem 3 golos feitos da baliza. Esta tendência para os opinadores acreditarem que tudo permanece sempre igual no futebol é a mesma que nos diz que o nosso pais é pequeno, que os portugueses não são produtivos nem empreendedores, que nos diz que devemos aceitar toda a merda que os nossos políticos nos servem há décadas como “o melhor possível”.

Ontem os Leões puseram o prato de merda de lado e atreveram-se a querer mais do que participar no festival de colo benfas rumo a uma luta com os horácios que sempre dependerá também do que os verde-e-brancos fizerem no Dragão. Verdade seja dita, que no 1º minuto o árbitro podia ter tirado as fraldas ao Polga e deixado que a merda se espalhasse por todo o lado...mas alguma vez alguém devia ser científico nas nossas partidas e o árbitro consegui ver o que eu só vi na repetição...o Gaitan (goste-se ou não) faz-se ao penalti e à piscina precisamente na linha de área.

A vitória começou então no 1º minuto. Este árbitro mostrou ao pais que não ia dar o habitual contributo a uma luta sistémica azul-vermelha e provocou o pânico no planeta vermelho...os benfas iam jogar em Alvalade “sem rede”. Foi como se tivéssemos tirado as pilhas a um brinquedo de criança...é bonito e tal, colorido e com uns penachos agradáveis ao toque...mas não faz absolutamente nada.

Os leões tardaram a entender a letargia vermelha e ficaram à espera do benfas de Janeiro...não apareceu e isso viu-se nas pernas do Luisão que parecia um policia de bairro barrigudo a correr atrás de um puto queniano, quando o apanhou (e porque o holandês quis virar-se para a baliza) pensou “oxee...onde você vai?! Vem cá...não corre mais não pô!!” e a mãozinha do troll fez exactamente o que o “lobo” quis. 1-0.

Acabou o jogo. O benfas esperneou e o Jesus fez o que faz sempre, agitou muito os braços e fez muita linguagem gestual com as mãos a indicarem sabe se lá o quê, pelo menos desta vez o Artur não se atirou para o chão, nem o Javi insultou nenhum preto.

Até ao final o Sporting podia ter despachado o assunto uma mão cheia de vezes, mas o poste e as luvas do Artur não quiseram tirar a emoção ao jogo.

Patrício esteve bem, a defesa óptima, o meio campo genial e o ataque fez o que se pedia. Pela primeira vez desde há muito tempo não servimos de “boneco” para que outros brincassem, brincámos nós o que além de ser mais divertido, também nos deixa mais descansados quanto à qualidade do nosso plantel. Era mesmo possível ter lutado pelo título este ano, se e só se jogássemos sempre assim. Quem sabe para o ano...

Da equipa que entrou em campo só tirava o Polga por um gajo mais novo e melhor e talvez um tipo que renda o Capel sem ficarmos com a sensação que acabou o prato principal. De resto é esta a base para o ano, com a vantagem (digo eu) de poder contar com Rinaudo e Jeffren, tal como já contamos com Matias e Izmailov. Fica o Xandão, vai-se o Ribas e o Polga, regressa o Adrien e contratam-se 3 marmelos que ameacem o Wolfs e as lesões do Rodriguez, Jeffren e Izmailov.

E porque não portugueses? Hugo Vieira (Gil Vicente), Nuno Reis (Cercle B.) e Quaresma ou Vieirinha ?

SL para os quase 50.000 mens que foram ao estádio...muitas caras novas...bom sinal.