Há alguns jogadores que nos ficam na retina quando vemos uma partida desinteressadamente. O italo-argentino captou a minha atenção quando ainda jogava na Atalanta e num campeonato tão amarrado pelas táticas como é o italiano era um prazer ver aquela locomotiva nas alas (nunca o vi a jogar a lateral) a empurrar toda uma equipa para a frente.
Tecnicamente não é um prodígio, mas é um motor com muitos cavalos e não é fácil de parar. Tem bom remate e cruza decentemente (o que já vai sendo raro). Tem algumas semelhanças com o (bom) Capel, mas joga de cabeça mais levantada e não segura tanto a bola...não é muito veloz, mas quando engrena faz parecer que a bola (com mais ou menos ressalto) já não sai dos seus pés.
Sinceramente vi pouco dele no Inter e menos ainda no Chievo e a sua polivalência a lateral direito deve ser real, já que em Itália não se brincam com as defesas...e mesmo que o irreverente Schelotto da Atalanta já tenha perdido muito do impeto e seja um jogador mais lento...penso que seria um grande reforço para a realidade da nossa Liga, alguém que De Francheschi poderia atestar como digno sucessor.
O que este jogador não é decerto é substituto de Carrillo. São estilos completamente diferentes e de valias para o jogo distintas. O peruano é um "carregador de bola", um desbloqueador, um caixa de surpresas. Schelotto como extremo é um operário, um batalhador que se impõe pelo corpo a corpo e transporta a bola em fases mais adiantadas do jogo.
Não faço a mínima ideia se este rumor tem alguma base de realidade, mas imaginando que estaria em boa forma física e queira vir fazer companhia a Aquilani a preços comportáveis...seria um acrescento muito significativo às opções de Jesus e ao espectáculo dos nossos jogos.
Schelotto, o homem das calvagadas, remates e jogadas impossíveis.
SL
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Derrotado?
Assim que terminou a partida de ontem, ocorreram-me 3 pensamentos, 3 desejos:
1/ Estar em Coimbra na próxima jornada frente à Académica - e apoiar ainda com mais fervor a nossa equipa. Todas as equipas que joguem menos que o adversário merecem perder, mas quando o adversário tem tantas ajudas para nos ultrapassar, causa-me uma sensação de injustiça e raiva que só pode ser aliviada com uma vitória e porque não gosto de estar ausente nas horas mais difíceis, lá estarei eu Domingo às 19h15 pronto para dizer "Presente!"
2/ Todos os opinadores parecem apenas preocupados com as consequências da saída da Champions pela sangria que pode representar no plantel, a pontuação no ranking UEFA, o gamanço a mais um clube português, a perda notória de respeito pelos emblemas nacionais, nada disso parece gritar ao sentido patriótico dos nossos escribas, quem dera que BdC pense como eu e num sacrifício estratégico pela moral de todo um clube, chute as vendas para Janeiro e ponha estes abutres todos a salivar em seco.
3/ Sinceramente, a vontade que me deu ontem foi que BdC exigisse a JJ que colocasse os reservas na fase de grupos e...fosse o que fosse daríamos que falar por essa Europa fora (onde já somos conotados como "não alinhados" com os vários sistemas que dominam o futebol. Nada me faria mais feliz. Hoje e mesmo ainda desfeito pela roubalheira tenho de admitir que embora os prémios da CL sejam outra esfera de lucro, a Liga Europa pode ser, para uma equipa que seja ambiciosa, um bom palco para arrecadar o mínimo para segurar uma boa equipa. Vejamos:
Prémio de participação na fase de grupos: 2.4M
Prémio de vencedor do grupo: 0.5M
Prémio de apuramento para os 1/16: 0.5M
Prémio de apuramento para os 1/8: 0.75M
Prémio de apuramento para os 1/4: 1.0M
Prémio de apuramento para as 1/2: 1.5M
Prémio de vencedor: 6.5M
Prémio para finalista vencido: 3.5M
Prémio por vitória: 360k
Prémio por empate: 120k
Portanto, 2.4M entrarão já. Nos 6 jogos, se vencermos 4, empatarmos 1 e perdermos outro...isso dará mais 1.5M se isso equivaler ao primeiro lugar do grupo, serão mais 0.5M + 0.5M. Não será então nada de extraordinário se fizermos 4.0M na fase de grupos. Um semi-finalista ficará próximo dos 10M de prémio (incluindo já o marketshare)...portanto é esta a nossa meta. É certo que para os nossos rivais basta estar na fase de grupos da CL para arrecadar mais até que este valor, mas teremos de enfrentar essa desvantagem...como todas as outras que já existem e fazer valer cada milhão arrecadado como se fossem dois dos nossos principais opositores.
Para já, há que arrebanhar as tropas e dar novas instruções. Há que reposicionar os alvos da época e sobretudo falar aos adeptos, renovando um discurso de ambição e nunca, mas nunca admitindo qualquer espírito de derrotado.
SL
1/ Estar em Coimbra na próxima jornada frente à Académica - e apoiar ainda com mais fervor a nossa equipa. Todas as equipas que joguem menos que o adversário merecem perder, mas quando o adversário tem tantas ajudas para nos ultrapassar, causa-me uma sensação de injustiça e raiva que só pode ser aliviada com uma vitória e porque não gosto de estar ausente nas horas mais difíceis, lá estarei eu Domingo às 19h15 pronto para dizer "Presente!"
2/ Todos os opinadores parecem apenas preocupados com as consequências da saída da Champions pela sangria que pode representar no plantel, a pontuação no ranking UEFA, o gamanço a mais um clube português, a perda notória de respeito pelos emblemas nacionais, nada disso parece gritar ao sentido patriótico dos nossos escribas, quem dera que BdC pense como eu e num sacrifício estratégico pela moral de todo um clube, chute as vendas para Janeiro e ponha estes abutres todos a salivar em seco.
3/ Sinceramente, a vontade que me deu ontem foi que BdC exigisse a JJ que colocasse os reservas na fase de grupos e...fosse o que fosse daríamos que falar por essa Europa fora (onde já somos conotados como "não alinhados" com os vários sistemas que dominam o futebol. Nada me faria mais feliz. Hoje e mesmo ainda desfeito pela roubalheira tenho de admitir que embora os prémios da CL sejam outra esfera de lucro, a Liga Europa pode ser, para uma equipa que seja ambiciosa, um bom palco para arrecadar o mínimo para segurar uma boa equipa. Vejamos:
Prémio de participação na fase de grupos: 2.4M
Prémio de vencedor do grupo: 0.5M
Prémio de apuramento para os 1/16: 0.5M
Prémio de apuramento para os 1/8: 0.75M
Prémio de apuramento para os 1/4: 1.0M
Prémio de apuramento para as 1/2: 1.5M
Prémio de vencedor: 6.5M
Prémio para finalista vencido: 3.5M
Prémio por vitória: 360k
Prémio por empate: 120k
Portanto, 2.4M entrarão já. Nos 6 jogos, se vencermos 4, empatarmos 1 e perdermos outro...isso dará mais 1.5M se isso equivaler ao primeiro lugar do grupo, serão mais 0.5M + 0.5M. Não será então nada de extraordinário se fizermos 4.0M na fase de grupos. Um semi-finalista ficará próximo dos 10M de prémio (incluindo já o marketshare)...portanto é esta a nossa meta. É certo que para os nossos rivais basta estar na fase de grupos da CL para arrecadar mais até que este valor, mas teremos de enfrentar essa desvantagem...como todas as outras que já existem e fazer valer cada milhão arrecadado como se fossem dois dos nossos principais opositores.
Para já, há que arrebanhar as tropas e dar novas instruções. Há que reposicionar os alvos da época e sobretudo falar aos adeptos, renovando um discurso de ambição e nunca, mas nunca admitindo qualquer espírito de derrotado.
SL
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Empate desgastante
Vou ser breve, o empate de Sábado ainda me corrói a esperança que esta época seja diferente das últimas, nada que não passe até à próxima partida...mas interessa olhar para as falhas próprias (as outras serão mais difíceis de ultrapassar) e mudar algumas coisas até chegar ao Municipal de Coimbra.
Aqui vão as apreciações e notas (0 a 10)
Rui Patricio (7) - Um pouco mais de trabalho do que estava já habituado. Duas intervenções no limite que evitaram danos maiores.
João Pereira (5) - Estava a ter uma partida discreta até que numa luta de corpo na área o árbitro viu mais do que estava a ver na área oposta. Penalti e expulsão. Duplo erro que apesar de tudo o jogador não merecia.
Jefferson (6) - Mais regular neste jogo, mas os músculos não acompanharam o ritmo. Uma lesão que põe algumas questões quanto ao excesso de partidas que muitos deste onze de Jesus já levam em poucas semanas.
Naldo e Oliveira (6) - A falta de acompanhamento de Aquilani e João Mário expôs a dupla ao confronto directo com os avançados. Sem erros a apontar.
Aquilani (6) - Ainda falta ritmo para mexer com o jogo e colocado de início desgastou-se na procura por cobrir linhas de passe. Visão de jogo e passe fabulosos.
João Mário (6) - A táctica do Paços visava afastar este jogador do transporte de bola até zonas mais adiantadas. Funcionou e o médio não soube adoptar uma nova postura, continuando a "negar" à equipa um jogo mais directo. Não sabe jogar mal, mas sem querer emperrou o avanço da equipa. Não ter um Aquilani que subisse consigo serve de atenuante.
Ruiz (6) - Começou bem, brilhou e depois foi perdendo protagonismo no jogo. Grande jogador, precisa de mais capacidade atlética para "sobreviver" nestas tácticas de JJ. (fiz copy&paste da última crónica).
Carrillo (7) - Continua a decidir mal 50% das jogadas, mas nas outras ajuda a fazer os resultados. Um golo e que belo golo são o que fica de uma partida onde rebentou (não foi o único) aos 70m;
Montero (5) - Não está em forma. Não esteve combativo e vai precisar de mudar o "chip" para poder entrar mais vezes nas contas dos jogos.
Slimani (7) - Muito trabalho, mas desacompanhado. Podia ter "dado" dois penaltis à equipa, o árbitro não deixou.
Adrien (6) - Substituiu Aquilani numa altura em que o Paços ainda não ameaçava. Empenhou-se sem grande impacto a puxar o jogo para o meio-campo contrário.
Jonathan Silva (5) - Não entrou mal nem bem. Nada a assinalar.
Gelson Martins (7) - Podia ter marcado numa grande jogada individual. Mais tarde ou mais cedo vamos todos perceber que foi das melhores "contratações" da época. Trabalhou que se fartou para "animar" a equipa.
Jorge Jesus (6) - Deixou Adrien e Teo de fora, mas ainda assim perdeu Jefferson, A equipa parece fatigada e muitos jogadores estão a ceder na condição física. É natural que queira apresentar o onze mais forte, mas fico na dúvida se Mané, Gelson e A.Martins no lugar de Ruiz, Teo e Aquilani não tinham dado mais força à equipa mesmo que fossem substituidos mais tarde. Agora é fácil especular, mas o que não é nada especulativo é o necessário descanso de alguns atletas, Ruiz e João Pereira são os casos mais graves.
40.000 em Alvalade. Muito bom! Que nos próximo sejamos 45.000!
SL
Aqui vão as apreciações e notas (0 a 10)
Rui Patricio (7) - Um pouco mais de trabalho do que estava já habituado. Duas intervenções no limite que evitaram danos maiores.
João Pereira (5) - Estava a ter uma partida discreta até que numa luta de corpo na área o árbitro viu mais do que estava a ver na área oposta. Penalti e expulsão. Duplo erro que apesar de tudo o jogador não merecia.
Jefferson (6) - Mais regular neste jogo, mas os músculos não acompanharam o ritmo. Uma lesão que põe algumas questões quanto ao excesso de partidas que muitos deste onze de Jesus já levam em poucas semanas.
Naldo e Oliveira (6) - A falta de acompanhamento de Aquilani e João Mário expôs a dupla ao confronto directo com os avançados. Sem erros a apontar.
Aquilani (6) - Ainda falta ritmo para mexer com o jogo e colocado de início desgastou-se na procura por cobrir linhas de passe. Visão de jogo e passe fabulosos.
João Mário (6) - A táctica do Paços visava afastar este jogador do transporte de bola até zonas mais adiantadas. Funcionou e o médio não soube adoptar uma nova postura, continuando a "negar" à equipa um jogo mais directo. Não sabe jogar mal, mas sem querer emperrou o avanço da equipa. Não ter um Aquilani que subisse consigo serve de atenuante.
Ruiz (6) - Começou bem, brilhou e depois foi perdendo protagonismo no jogo. Grande jogador, precisa de mais capacidade atlética para "sobreviver" nestas tácticas de JJ. (fiz copy&paste da última crónica).
Carrillo (7) - Continua a decidir mal 50% das jogadas, mas nas outras ajuda a fazer os resultados. Um golo e que belo golo são o que fica de uma partida onde rebentou (não foi o único) aos 70m;
Montero (5) - Não está em forma. Não esteve combativo e vai precisar de mudar o "chip" para poder entrar mais vezes nas contas dos jogos.
Slimani (7) - Muito trabalho, mas desacompanhado. Podia ter "dado" dois penaltis à equipa, o árbitro não deixou.
Adrien (6) - Substituiu Aquilani numa altura em que o Paços ainda não ameaçava. Empenhou-se sem grande impacto a puxar o jogo para o meio-campo contrário.
Jonathan Silva (5) - Não entrou mal nem bem. Nada a assinalar.
Gelson Martins (7) - Podia ter marcado numa grande jogada individual. Mais tarde ou mais cedo vamos todos perceber que foi das melhores "contratações" da época. Trabalhou que se fartou para "animar" a equipa.
Jorge Jesus (6) - Deixou Adrien e Teo de fora, mas ainda assim perdeu Jefferson, A equipa parece fatigada e muitos jogadores estão a ceder na condição física. É natural que queira apresentar o onze mais forte, mas fico na dúvida se Mané, Gelson e A.Martins no lugar de Ruiz, Teo e Aquilani não tinham dado mais força à equipa mesmo que fossem substituidos mais tarde. Agora é fácil especular, mas o que não é nada especulativo é o necessário descanso de alguns atletas, Ruiz e João Pereira são os casos mais graves.
40.000 em Alvalade. Muito bom! Que nos próximo sejamos 45.000!
SL
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O Sexo dos "Anjos"
Por norma sou um defensor do futebol e não do espectáculo que se passa à sua volta. Para mim é errado que um presidente, um director desportivo ou mesmo um director de comunicação se imagine vedeta do mundo do futebol. Mas vivo em Portugal e isso quer automaticamente dizer que todos os funcionários de um clube que não entram no relvado se acham no direito de resgatar os seus 15.000 minutos de fama. E as TVs adoram isso. O paineleirismo é um must do nosso espaço mediático e muitas estações, onde não abunda nem a verba nem o engenho de produzir conteúdo mais relevante, optaram por dar ao público aquilo que quer. E o que é isso?
Horas, dias a fio de polémicas. Porque é disso que podem falar aquelas almas, de futebol entendem pouco, mas para argumentar não factos irrelevantes e especulativos não é preciso arte nem oratória e...quando não existem novas polémicas inventam-se. Quem quer ver, vê. Quem não quer. vê outra coisa...o problema é que não há espaço para tudo e horas que podiam dar atenção a coisas realmente importantes extra-futebol são passadas a discutir hipotéticas sms´s de um treinador. Sinceramente, acho que podemos perder o foco no mais importante no que diz respeito ao futebol. Ir ao estádio, viver o jogo, puxar pela equipa, discutir se o jogador x é melhor que o y...etc.
Se não pomos um travão nesta obsessão por vencer "debates" e não jogos, um dia o jogo, o espectáculo, os golos...serão temas secundários. Isto não favorece ninguém, não faz crescer e desenvolver nada, não cria memória absolutamente nenhuma...apenas enche espaço na TV, páginas de jornais e algum bate-boca nas redes sociais...espuma...apenas um redondo nada.
Eu sei que o português de muitos jogadores e treinadores não é muito eloquente, mas são eles as vedetas do jogo e são eles que sabem relatar na 1ª pessoa o que devemos destacar numa partida. Que tal dar-lhes esse espaço?
SL
Horas, dias a fio de polémicas. Porque é disso que podem falar aquelas almas, de futebol entendem pouco, mas para argumentar não factos irrelevantes e especulativos não é preciso arte nem oratória e...quando não existem novas polémicas inventam-se. Quem quer ver, vê. Quem não quer. vê outra coisa...o problema é que não há espaço para tudo e horas que podiam dar atenção a coisas realmente importantes extra-futebol são passadas a discutir hipotéticas sms´s de um treinador. Sinceramente, acho que podemos perder o foco no mais importante no que diz respeito ao futebol. Ir ao estádio, viver o jogo, puxar pela equipa, discutir se o jogador x é melhor que o y...etc.
Se não pomos um travão nesta obsessão por vencer "debates" e não jogos, um dia o jogo, o espectáculo, os golos...serão temas secundários. Isto não favorece ninguém, não faz crescer e desenvolver nada, não cria memória absolutamente nenhuma...apenas enche espaço na TV, páginas de jornais e algum bate-boca nas redes sociais...espuma...apenas um redondo nada.
Eu sei que o português de muitos jogadores e treinadores não é muito eloquente, mas são eles as vedetas do jogo e são eles que sabem relatar na 1ª pessoa o que devemos destacar numa partida. Que tal dar-lhes esse espaço?
SL
terça-feira, 18 de agosto de 2015
O Bilbao deu-nos umas ideias
Muitos dos serões de ontem dos jogadores do Sporting devem ter sido passados a ver a 2ª mão da SuperTaça Espanhola. E devem-se ter acendido algumas luzes durante o tempo que tiveram a tv sintonizada no Nou Camp. O Athletic simplesmente procurou adiar o 1º golo blaugrana e esperar pela desorganização e impaciência do adversário. Ela aconteceu. O Bilbao, super underdog do troféu fez um brilhante 5-1 nas duas mãos.
Todos sabemos que o Barcelona é muito mais equipa que a equipa basca. Mas num jogo a duas mãos as tácticas devem ser bem pesadas porque são sempre dois jogos bastante diferentes. Luis Henrique quis despachar a Taça na 1ª mão e depois de sofrer o 0-1 quis empatar, depois de sofrer o 0-2 quis marcar um golo e depois do 0-3 quis que o jogo acabasse. Resumo: sofreu 4 golos e não marcou nenhum...nunca contou com uma derrocada anímica da sua equipa e ela aconteceu. Porque o Barcelona é uma equipa de homens que acusam os golpes como quaisquer outros. Na segunda mão, a esperança era marcar cedo...e até houve muitas ocasiões para tal....mas a pressa estragou tudo.
O CSKA não é o Barcelona, mas este playoff também se disputa a 2 mãos. A táctica dos russos será óbvia. Não sofrer golos e esperar pela necessidade do Sporting marcar para contra-atacar. Não irão arriscar nada, tentando levar o nulo até ao ponto da impaciência da equipa e dos adeptos...para depois estender a equipa num jogo mais rápido e directo. O que pode fazer o Sporting e Jesus? Na minha opinião pode deixar-se de merdas de jogar com o resultado e fazer apenas o que se pede. Levar o 0-0 para a Rússia não serve, por isso, os leões devem encarar este jogo como qualquer outro...quando tivermos a bola atacamos, quando a perdermos...defendemos. Nada de diferente do que fizemos na Supertaça. E ao contrário do que foi a evolução do 1º jogo na liga, se eventualmente marcarmos o 1º, manter a pedalada para não deixar fugir o 2º. E aqui sim, o ônus do marcador passa para os russos e podemos baixar linhas e substituir jogadores mais lentos (Teo e Ruiz) por atletas mais rápidos (Mané e Gelson) jogando com o adiantamento do CSKA.
Devo dizer que vi algumas partes do derby entre CSKA e Spartak e entendi a qualidade de alguns jogadores como óbvia, especialmente a meio-campo e nas alas. A defesa é bastante permissiva (o Spartak perdeu 2 ou 3 golos feitos) com centrais muito posicionais e lentos, somando 2 laterais que gostam de subir e são lentos a recuperar. E o Spartak está bem longe deste Sporting, portanto, ninguém diz que vai ser fácil...mas não desdenho a nossa capacidade para fazer um bom jogo e derrotar o CSKA, não será nada de extraordinário, porque sinceramente o clube moscovita não é um ManUtd, um ParisSG ou mesmo um Mónaco. Não tivemos a sorte (como o porto no ano passado) de nos ter calhado um Lille, mas atendendo ao prémio em disputa, temos de...
...provar que somos bons para estar entre os melhores.
SL
Todos sabemos que o Barcelona é muito mais equipa que a equipa basca. Mas num jogo a duas mãos as tácticas devem ser bem pesadas porque são sempre dois jogos bastante diferentes. Luis Henrique quis despachar a Taça na 1ª mão e depois de sofrer o 0-1 quis empatar, depois de sofrer o 0-2 quis marcar um golo e depois do 0-3 quis que o jogo acabasse. Resumo: sofreu 4 golos e não marcou nenhum...nunca contou com uma derrocada anímica da sua equipa e ela aconteceu. Porque o Barcelona é uma equipa de homens que acusam os golpes como quaisquer outros. Na segunda mão, a esperança era marcar cedo...e até houve muitas ocasiões para tal....mas a pressa estragou tudo.
O CSKA não é o Barcelona, mas este playoff também se disputa a 2 mãos. A táctica dos russos será óbvia. Não sofrer golos e esperar pela necessidade do Sporting marcar para contra-atacar. Não irão arriscar nada, tentando levar o nulo até ao ponto da impaciência da equipa e dos adeptos...para depois estender a equipa num jogo mais rápido e directo. O que pode fazer o Sporting e Jesus? Na minha opinião pode deixar-se de merdas de jogar com o resultado e fazer apenas o que se pede. Levar o 0-0 para a Rússia não serve, por isso, os leões devem encarar este jogo como qualquer outro...quando tivermos a bola atacamos, quando a perdermos...defendemos. Nada de diferente do que fizemos na Supertaça. E ao contrário do que foi a evolução do 1º jogo na liga, se eventualmente marcarmos o 1º, manter a pedalada para não deixar fugir o 2º. E aqui sim, o ônus do marcador passa para os russos e podemos baixar linhas e substituir jogadores mais lentos (Teo e Ruiz) por atletas mais rápidos (Mané e Gelson) jogando com o adiantamento do CSKA.
Devo dizer que vi algumas partes do derby entre CSKA e Spartak e entendi a qualidade de alguns jogadores como óbvia, especialmente a meio-campo e nas alas. A defesa é bastante permissiva (o Spartak perdeu 2 ou 3 golos feitos) com centrais muito posicionais e lentos, somando 2 laterais que gostam de subir e são lentos a recuperar. E o Spartak está bem longe deste Sporting, portanto, ninguém diz que vai ser fácil...mas não desdenho a nossa capacidade para fazer um bom jogo e derrotar o CSKA, não será nada de extraordinário, porque sinceramente o clube moscovita não é um ManUtd, um ParisSG ou mesmo um Mónaco. Não tivemos a sorte (como o porto no ano passado) de nos ter calhado um Lille, mas atendendo ao prémio em disputa, temos de...
...provar que somos bons para estar entre os melhores.
SL
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Sem tempo para celebrar
A vitória em Aveiro foi sofrida e merecida, mas parece ter deixado à vista que este Sporting é excelente a criar jogo e marcar, mas falta-lhe ainda algum ritmo para não "adormecer". É que azares fortuitos como o golo do Tondela podem sempre acontecer e não há necessidade de sofrer tanto para garantir 3 pontos frente a um conjunto a tantas milhas de capacidade do Sporting.
O jogo frente ao CSKA exigirá mais constância nos desempenhos e porque o adversário tem gente que gosta de atacar e sabe fazê-lo, convém não dar nenhuma bola ou resultado por ganho até ao apito final. Mas voltando a Aveiro e olhando à equipa, ficam algumas impressões, com notas de 0 a 10:
Rui Patricio (6) - Zero de trabalho e sem culpas no golo.
João Pereira (6) - Deu menos nas vistas que na SuperTaça. Competente a subir no flanco, mas deu alguns espaços ao Murillo desnecessários. Esteve na origem do golo da vitória : )
Jefferson (7) - Jogou muito, mesmo muito. Nem sempre bem...mas quando se fazem 30 cruzamentos é normal que a eficácia baixe.
Naldo e Oliveira (6) - junto os dois porque excepção feita à falha colectiva de marcação no canto, fizeram bem o que tinham para fazer, que foi muito pouco, o Tondela deu zero dores de cabeça na frente de ataque.
Adrien (8) - Bom jogo e um penalti salvador. A frieza para não falhar num momento decisivo deu 2 pontos ao Sporting.
João Mário (8) - Jogou e fez jogar. Está "solto" o rapaz e parece ter ganho outra vida com JJ. Marcou o primeiro golo do jogo, e da Liga. Promete continuar a fazê-lo.
Ruiz (7) - Começou bem, brilhou e depois foi perdendo protagonismo no jogo. Grande jogador, precisa de mais capacidade atlética para "sobreviver" nestas tácticas de JJ.
Carrillo (7) - Menos bem que na SuperTaça, mas foi claramente o desequilibrador do Tondela. Podia ter feito mais na hora do último passe e pede-se menos dribles no último terço do terreno.
Teo (6) - Não está em forma. É importante no desempenho táctico e luta melhor que Montero pela posse da bola, mas ainda se estará a adaptar à velocidade de jogo. Daqui a um mês o seu valor será mais efectivo.
Slimani (7) - Se tivesse sido mais certeiro o Sporting tinha provavelmente goleado o Tondela. Se em termos de movimentos e trabalho para a equipa teve nota 20, em termos de eficácia a nota foi bem mais baixa. Ainda assim, um dos mais importantes para o Sporting.
Mané (6) - Substituiu Ruiz numa altura em que o Tondela só defendia o empate e ajudou a empurrar o adversário para a sua área. Boa entrada.
Montero (6) - A dúvida entre o que dá à equipa e se será menor que o que dá Teo manter-se-á. Entrou bem e procurou mexer com a frente de ataque. O problema é que a bola já não chegava lá redondinha.
Gelson Martins (7) - Entrou e abanou logo a partida. O adversário deixou-o criar até à área e isso revelou-se fundamental para garantir os 3 pontos. Quase marcava numa boa triângulação e depois conquistou a penalidade ao conseguir receber a bola num ressalto e ter a inteligência de sentir o contacto do extremo adversário.
Jorge Jesus (7) - Entendeu bem que tinha de mexer no ataque e não foi culpa sua a equipa ter "descansado" no início da 2ª parte. Deve incutir no plantel que a seguir ao primeiro tem de chegar o segundo golo para evitar perder pontos preciosos frente a adversários que não os irão roubar a outros rivais. Os três jogadores que entraram deram novo fôlego e aposta em Gelson Martins revelou-se tão importante como surpreendente, pelo menos para quem vê JJ como um treinador que acredita pouco nos jovens portugueses.
Nota especial para a Onda Verde que fez de Aveiro Alvalade. Eles mereceram a vitória como ninguém.
SL
O jogo frente ao CSKA exigirá mais constância nos desempenhos e porque o adversário tem gente que gosta de atacar e sabe fazê-lo, convém não dar nenhuma bola ou resultado por ganho até ao apito final. Mas voltando a Aveiro e olhando à equipa, ficam algumas impressões, com notas de 0 a 10:
Rui Patricio (6) - Zero de trabalho e sem culpas no golo.
João Pereira (6) - Deu menos nas vistas que na SuperTaça. Competente a subir no flanco, mas deu alguns espaços ao Murillo desnecessários. Esteve na origem do golo da vitória : )
Jefferson (7) - Jogou muito, mesmo muito. Nem sempre bem...mas quando se fazem 30 cruzamentos é normal que a eficácia baixe.
Naldo e Oliveira (6) - junto os dois porque excepção feita à falha colectiva de marcação no canto, fizeram bem o que tinham para fazer, que foi muito pouco, o Tondela deu zero dores de cabeça na frente de ataque.
Adrien (8) - Bom jogo e um penalti salvador. A frieza para não falhar num momento decisivo deu 2 pontos ao Sporting.
João Mário (8) - Jogou e fez jogar. Está "solto" o rapaz e parece ter ganho outra vida com JJ. Marcou o primeiro golo do jogo, e da Liga. Promete continuar a fazê-lo.
Ruiz (7) - Começou bem, brilhou e depois foi perdendo protagonismo no jogo. Grande jogador, precisa de mais capacidade atlética para "sobreviver" nestas tácticas de JJ.
Carrillo (7) - Menos bem que na SuperTaça, mas foi claramente o desequilibrador do Tondela. Podia ter feito mais na hora do último passe e pede-se menos dribles no último terço do terreno.
Teo (6) - Não está em forma. É importante no desempenho táctico e luta melhor que Montero pela posse da bola, mas ainda se estará a adaptar à velocidade de jogo. Daqui a um mês o seu valor será mais efectivo.
Slimani (7) - Se tivesse sido mais certeiro o Sporting tinha provavelmente goleado o Tondela. Se em termos de movimentos e trabalho para a equipa teve nota 20, em termos de eficácia a nota foi bem mais baixa. Ainda assim, um dos mais importantes para o Sporting.
Mané (6) - Substituiu Ruiz numa altura em que o Tondela só defendia o empate e ajudou a empurrar o adversário para a sua área. Boa entrada.
Montero (6) - A dúvida entre o que dá à equipa e se será menor que o que dá Teo manter-se-á. Entrou bem e procurou mexer com a frente de ataque. O problema é que a bola já não chegava lá redondinha.
Gelson Martins (7) - Entrou e abanou logo a partida. O adversário deixou-o criar até à área e isso revelou-se fundamental para garantir os 3 pontos. Quase marcava numa boa triângulação e depois conquistou a penalidade ao conseguir receber a bola num ressalto e ter a inteligência de sentir o contacto do extremo adversário.
Jorge Jesus (7) - Entendeu bem que tinha de mexer no ataque e não foi culpa sua a equipa ter "descansado" no início da 2ª parte. Deve incutir no plantel que a seguir ao primeiro tem de chegar o segundo golo para evitar perder pontos preciosos frente a adversários que não os irão roubar a outros rivais. Os três jogadores que entraram deram novo fôlego e aposta em Gelson Martins revelou-se tão importante como surpreendente, pelo menos para quem vê JJ como um treinador que acredita pouco nos jovens portugueses.
Nota especial para a Onda Verde que fez de Aveiro Alvalade. Eles mereceram a vitória como ninguém.
SL
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Empréstimos imprestáveis
A nossa Liga é farta em assuntos por resolver. Em "regras" paralelas que emanam dos eternos jogos de poder. Poucas coisas são feitas em nome do crescimento do desporto, riqueza do espectáculo ou aumento de competitividade. O provincianismo impera, rei e senhor.
As regras absurdas que envolvem os jogadores emprestados são apenas um dos elementos que nada favorecem a confiança do espectador no produto devolvido por esta organização profissional.
Acima de tudo os clubes, ao bom género da máfia, definem os seus próprios acordos com mais ou menos cavalheirismo...e quase todos estes convénios paralelos às leis são motivos de enorme suspeição quanto aos motivos e consequência dos mesmos.
Chegámos a um tal ponto que é assumido por todos que os jogadores que os 3 grandes emprestam a clubes que contra ele competem na Liga são "moedas de troca" por apoios nas eleições da mesma instituição. Isto não dá credibilidade a ninguém. É só mau. Muito mau. Pobre e no pior sentido possível da palavra. Assim não vamos lá. Nunca.
SL
As regras absurdas que envolvem os jogadores emprestados são apenas um dos elementos que nada favorecem a confiança do espectador no produto devolvido por esta organização profissional.
Acima de tudo os clubes, ao bom género da máfia, definem os seus próprios acordos com mais ou menos cavalheirismo...e quase todos estes convénios paralelos às leis são motivos de enorme suspeição quanto aos motivos e consequência dos mesmos.
Chegámos a um tal ponto que é assumido por todos que os jogadores que os 3 grandes emprestam a clubes que contra ele competem na Liga são "moedas de troca" por apoios nas eleições da mesma instituição. Isto não dá credibilidade a ninguém. É só mau. Muito mau. Pobre e no pior sentido possível da palavra. Assim não vamos lá. Nunca.
SL
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
O que falta
Depois das chegadas de Jug, João Pereira, Naldo, Bruno Paulista, Aquilani, Ruiz e Teo está na cara que o Sporting entrou na hora das dispensas. Há, até por força do peso desportivo e financeiro destas chegadas, muitos jogadores a colocar. Acresce nessa lista o nome de Ciani, ao que parece um erro de casting.
De todos os casos salta à vista o nome de Labyad e Viola. Dois jogadores contratados sob a preposição de serem duas estrelas emergentes, mas que por várias razões não o confirmaram. O peso salarial destes 2 atletas, a que podemos somar Rubio (mas este com claro aproveitamento dentro do terreno de jogo) não são compatíveis com o estatuto de uma 2ª ou 3ª linha e como tal é essencial começar os arrumos da casa pela saída prioritária destes 2 exagerados salários. O empréstimo será talvez a solução encontrada, mas não será fácil, o desejo dos atletas será a libertação de contrato e tudo farão para que não seja encontrada alternativa. O Sporting pode tentar resistir, mas até ao último dia será um jogo arriscado se todas as partes entenderem jogar na intransigência absoluta.
É inegável que ao plantel do Sporting ainda falta qualquer coisa mais. E essa coisa chama-se renovação de Carrillo ou em alternativa a chegada de um extremo com capacidade de se afirmar titular. Entrando nas últimas 2 semanas, aproxima-se a hora da verdade para a resolução do dossier peruano. O jogador e especialmente quem o representa parece dar todos os sinais de possuir um compromisso já apalavrado com uma 3ª parte e não é difícil de imaginar quem poderá ser. BdC pode já ter o caminho todo minado, quer para renovar, quer até para vender....apostando os empresários no risco de paragem durante uma época inteira. É triste que assim seja. O jogador muito deve ao Sporting e o clube queria de facto apostar no atleta como sua figura de proa. Mas o dinheiro falará sempre mais alto que gratidão e não me surpreenderá que Carrillo faça capas futuras pelas piores razões.
E caso este cenário drástico suceda, é necessário ir ao mercado. O Sporting tem no seu plantel Mané (que é uma adaptação a ala), Ruiz (outra adaptação por necessidade) e Gelson (este sim um jogador habituado nessa posição). Tanaka e Aquilani também já actuaram nesse papel, mas os seus estilos de jogo não se adequam a qualquer esquema de movimentações de JJ. Se Carrillo deixar de ser opção, a equipa fica sem o seu ala de eleição o que juntando à saída de Nani é uma subtracção exagerada de capacidade para esta época. Não existe no mercado muita escolha, principalmente de soluções ideais a custo comportável. Acresce o facto de o nosso rival Lisboeta estar também nessa mesma demanda para suprir as faltas de Gaitan e Salvio.
SL
De todos os casos salta à vista o nome de Labyad e Viola. Dois jogadores contratados sob a preposição de serem duas estrelas emergentes, mas que por várias razões não o confirmaram. O peso salarial destes 2 atletas, a que podemos somar Rubio (mas este com claro aproveitamento dentro do terreno de jogo) não são compatíveis com o estatuto de uma 2ª ou 3ª linha e como tal é essencial começar os arrumos da casa pela saída prioritária destes 2 exagerados salários. O empréstimo será talvez a solução encontrada, mas não será fácil, o desejo dos atletas será a libertação de contrato e tudo farão para que não seja encontrada alternativa. O Sporting pode tentar resistir, mas até ao último dia será um jogo arriscado se todas as partes entenderem jogar na intransigência absoluta.
É inegável que ao plantel do Sporting ainda falta qualquer coisa mais. E essa coisa chama-se renovação de Carrillo ou em alternativa a chegada de um extremo com capacidade de se afirmar titular. Entrando nas últimas 2 semanas, aproxima-se a hora da verdade para a resolução do dossier peruano. O jogador e especialmente quem o representa parece dar todos os sinais de possuir um compromisso já apalavrado com uma 3ª parte e não é difícil de imaginar quem poderá ser. BdC pode já ter o caminho todo minado, quer para renovar, quer até para vender....apostando os empresários no risco de paragem durante uma época inteira. É triste que assim seja. O jogador muito deve ao Sporting e o clube queria de facto apostar no atleta como sua figura de proa. Mas o dinheiro falará sempre mais alto que gratidão e não me surpreenderá que Carrillo faça capas futuras pelas piores razões.
E caso este cenário drástico suceda, é necessário ir ao mercado. O Sporting tem no seu plantel Mané (que é uma adaptação a ala), Ruiz (outra adaptação por necessidade) e Gelson (este sim um jogador habituado nessa posição). Tanaka e Aquilani também já actuaram nesse papel, mas os seus estilos de jogo não se adequam a qualquer esquema de movimentações de JJ. Se Carrillo deixar de ser opção, a equipa fica sem o seu ala de eleição o que juntando à saída de Nani é uma subtracção exagerada de capacidade para esta época. Não existe no mercado muita escolha, principalmente de soluções ideais a custo comportável. Acresce o facto de o nosso rival Lisboeta estar também nessa mesma demanda para suprir as faltas de Gaitan e Salvio.
SL
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Tendências
O Sporting está em vias de bater o record de Gameboxes vendidas, já ultrapassou os 125.000 sócios e o primeiro troféu da época foi conquistado. As acções na bolsa estão permanentemente a ser valorizadas e viu um porto "arrependido" de repente a secundar as suas propostas na Liga, pondo fim à parte menos substancial da "Santa Aliança" (a parte mais nuclear serão os direitos televisivos). A persistência está a dar alguns frutos e parece que os actos de gestão não terão sido tão disparatados como muitos acusaram. Duas palavras me ocorrem: bom caminho.
SL
SL
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Paus e bombas
Gostava que alguém me explicasse como é que o sapo do Pedro Guerra teve acesso à minuta de contrato enviada pelo Sporting ao Fulham para contratar o Mitroglou. Sinceramente não acho viável que esta informação passe em claro nos media portugueses, pois coloca o profissionalismo da gestão do meu clube em causa e a confidencialidade exigida a um clube profissional inglês numa negociação que envolvia milhões de euros. Isto até pode parecer uma selva, mas não vale tudo...pois o que parece é que os que debatem futebol no espaço de comunicação nacional fazem-no a 2 velocidades: uns completamente instrumentalizados por informação confidencial do clube e outros por pura carolice e com pouco mais do que a sua leitura pessoal. O desnível no debate começa a empestar a colinho mediático. Isso será a morte dos programas de paineleiros, que virá sinceramente tarde e onde a chegada de chulos propagandísticos como Pedro Guerra só confirma a total decadência de interesse para a modalidade ou para o efeito de entretenimento da mesma.
Aguardarei respostas, mas não sentado, que a interrogação que coloco na abertura do post é para mim da maior importância.
SL
Aguardarei respostas, mas não sentado, que a interrogação que coloco na abertura do post é para mim da maior importância.
SL
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Dominar o habitat
Vou já direito ao assunto: o Sporting provou que é, para já, uma equipa mais forte que o seu rival de Lisboa.
E isso são boas confirmações, mais do que notícias. É que nem sempre as nossas cogitações de pré-época se confirmam na hora da verdade. Mas ontem, todos os que viram o jogo, tiraram as mesmas ideias, os que as têm e os que ainda as procuram. O resultado podia ter oscilado, 1-0, 2-1 ou 3-1, mas com mais ou menos justiça arbitral a verdade é que o Sporting mereceria sempre a vantagem do marcador.
Para mim o que diz o placcard nem sequer é o mais importante, o que me encheu as medidas foi a diferença do futebol jogado pelas duas equipas. O Sporting com um fio de jogo, tentando construir progressão e pressionando o seu adversário...o opositor confuso tentando primeiro isolar os extremos entre o espaço que os laterais deixam na linha e, já a perder, bombeando bolas para a área à espera de um ressalto miragroso.
Na verdade o que JJ disse antes da partida, confirmou-se em pleno. As ideias do adversário eram as dele, mas já lá não morava o cérebro, de facto, o benfica pareceu sempre um conjunto sôfrego, reactivo, nervoso e só em desvantagem procurou assumir alguma despesa do jogo. A primeira batalha foi ganha, inicia-se agora uma "guerra" de rescaldo onde o Sporting só pode infelizmente perder. Os lobbys encarnados nos media não são tão frágeis como as estratégias de Rui Vitória e não haverá quem vá ver forças e méritos no lado de quem perdeu.
Se não tivesse seguido o jogo com muita atenção quase que podia mesmo acreditar que o Nelson Semedo tinha sido o MVP da partida. Que a defesa do adversário tinha sido mais eficaz que a nossa, que o meio-campo e extremos do benfica tinham dominado a partida ou que o Jonas e o Mitroglou tinham feito mais do que andar a apanhar bonés durante todo o jogo. Quase. É o que dá ter os elementos certos no lugar certo. Ainda não dei uma vista de olhos pelas capas dos jornais, mas não é preciso, imagino muito bem o quanto se vai poupar a factura da partida ao Carnide e o foco do vencedor será muito mais a polémica do que as virtudes da equipa.
Há uma parte do lobby que, felizmente, trabalhará a favor dos rivais do benfica. A que elogiando pensará proteger e manter saudável a sobrevivência da ideia que a estrutura não jogou ontem e que todos os deméritos se ficam a dever à ineficácia do treinador. Pois que continuem com essa opinião e a difundam o mais possível. Isso garantirá pelo menos mais um mês de equívocos e provavelmente uma 2ª abordagem ao mercado tão má como a primeira.
Olhando para a parte mais interessante do resultado do jogo, os jogadores do Sporting mostraram serem bons alunos das aulas do mestre e foi muito saboroso ter visto ontem uma equipa com muito mais do que dúvidas e muito mais do que esboços a enfrentar sem medos o bi-campeão nacional, como se fora ela sim a equipa treinada há 6 anos por JJ. Todos se empenharam e alguns mostraram já no 1º jogo oficial da época que valeram a pena todas as venturas que levaram às suas contratações.
Naldo, J.Pereira, Ruiz e Teo foram os reforços em jogo e provaram-no acrescentando classe, força e segurança à equipa. Teo subiu muito de produção, especialmente táctica. Ruiz foi pura classe em tudo o que fez. J.Pereira mostrou que acalmou com os anos e não perdeu fulgor. Naldo tão bom como Oliveira (o que nesta fase da época é o melhor elogio que posso fazer ao brasileiro, tal é a forma do português).
Mas talvez até mais dos que os reforços, foram os do costume a meter as garras na taça. Normal, este é o seu...habitat...Patrício, Jefferson, Oliveira, Adrien, J.Mário, Carrillo, Mané e Slimani não se ficaram nem um pouco atrás das novas estrelas e prometem dar cartas toda a época no tabuleiro de jogo do treinador.
Agora é capitalizar esta conquista e chegar com firmeza aos próximos encontros. Primeiro na Liga onde há que começar a marcar o ritmo desde o primeiro minuto da primeira jornada e depois no apuramento para a Champions onde o CSKA não sendo nenhum tubarão pode morder com mais força as nossas desatenções e fragilidades. Mas isso virá mais para diante. Agora é hora de saborear a vitória e ter uma segunda-feira "daquelas" boas.
SL
E isso são boas confirmações, mais do que notícias. É que nem sempre as nossas cogitações de pré-época se confirmam na hora da verdade. Mas ontem, todos os que viram o jogo, tiraram as mesmas ideias, os que as têm e os que ainda as procuram. O resultado podia ter oscilado, 1-0, 2-1 ou 3-1, mas com mais ou menos justiça arbitral a verdade é que o Sporting mereceria sempre a vantagem do marcador.
Para mim o que diz o placcard nem sequer é o mais importante, o que me encheu as medidas foi a diferença do futebol jogado pelas duas equipas. O Sporting com um fio de jogo, tentando construir progressão e pressionando o seu adversário...o opositor confuso tentando primeiro isolar os extremos entre o espaço que os laterais deixam na linha e, já a perder, bombeando bolas para a área à espera de um ressalto miragroso.
Na verdade o que JJ disse antes da partida, confirmou-se em pleno. As ideias do adversário eram as dele, mas já lá não morava o cérebro, de facto, o benfica pareceu sempre um conjunto sôfrego, reactivo, nervoso e só em desvantagem procurou assumir alguma despesa do jogo. A primeira batalha foi ganha, inicia-se agora uma "guerra" de rescaldo onde o Sporting só pode infelizmente perder. Os lobbys encarnados nos media não são tão frágeis como as estratégias de Rui Vitória e não haverá quem vá ver forças e méritos no lado de quem perdeu.
Se não tivesse seguido o jogo com muita atenção quase que podia mesmo acreditar que o Nelson Semedo tinha sido o MVP da partida. Que a defesa do adversário tinha sido mais eficaz que a nossa, que o meio-campo e extremos do benfica tinham dominado a partida ou que o Jonas e o Mitroglou tinham feito mais do que andar a apanhar bonés durante todo o jogo. Quase. É o que dá ter os elementos certos no lugar certo. Ainda não dei uma vista de olhos pelas capas dos jornais, mas não é preciso, imagino muito bem o quanto se vai poupar a factura da partida ao Carnide e o foco do vencedor será muito mais a polémica do que as virtudes da equipa.
Há uma parte do lobby que, felizmente, trabalhará a favor dos rivais do benfica. A que elogiando pensará proteger e manter saudável a sobrevivência da ideia que a estrutura não jogou ontem e que todos os deméritos se ficam a dever à ineficácia do treinador. Pois que continuem com essa opinião e a difundam o mais possível. Isso garantirá pelo menos mais um mês de equívocos e provavelmente uma 2ª abordagem ao mercado tão má como a primeira.
Olhando para a parte mais interessante do resultado do jogo, os jogadores do Sporting mostraram serem bons alunos das aulas do mestre e foi muito saboroso ter visto ontem uma equipa com muito mais do que dúvidas e muito mais do que esboços a enfrentar sem medos o bi-campeão nacional, como se fora ela sim a equipa treinada há 6 anos por JJ. Todos se empenharam e alguns mostraram já no 1º jogo oficial da época que valeram a pena todas as venturas que levaram às suas contratações.
Naldo, J.Pereira, Ruiz e Teo foram os reforços em jogo e provaram-no acrescentando classe, força e segurança à equipa. Teo subiu muito de produção, especialmente táctica. Ruiz foi pura classe em tudo o que fez. J.Pereira mostrou que acalmou com os anos e não perdeu fulgor. Naldo tão bom como Oliveira (o que nesta fase da época é o melhor elogio que posso fazer ao brasileiro, tal é a forma do português).
Mas talvez até mais dos que os reforços, foram os do costume a meter as garras na taça. Normal, este é o seu...habitat...Patrício, Jefferson, Oliveira, Adrien, J.Mário, Carrillo, Mané e Slimani não se ficaram nem um pouco atrás das novas estrelas e prometem dar cartas toda a época no tabuleiro de jogo do treinador.
Agora é capitalizar esta conquista e chegar com firmeza aos próximos encontros. Primeiro na Liga onde há que começar a marcar o ritmo desde o primeiro minuto da primeira jornada e depois no apuramento para a Champions onde o CSKA não sendo nenhum tubarão pode morder com mais força as nossas desatenções e fragilidades. Mas isso virá mais para diante. Agora é hora de saborear a vitória e ter uma segunda-feira "daquelas" boas.
SL
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Furtos e Roubos
Sabe-se que uma das regras de qualquer
compêndio criminologista defende que o furto muitas vezes acontece
fortuitamente, sem premeditação. A sabedoria por detrás do ditado “a ocasião
faz o ladrão” é factual.
SL
A história do furto de Mitroglou está
romanceada, plena de emoção e twist´s no argumento, mas ao contrário de outros
furtos célebres no futebol português tem um senão: o “ladrão” roubou menos do
que queria e demais para o que precisa.
O nome Kostas Mitroglou desencadeou muita
simpatia juntos dos adeptos leoninos. Mas alguma estranheza. Desde a primeira
hora que foi óbvio ser incompatível ter o internacional grego como “suplente”
de Slimani. Ganha demais e nesse estatuto não se valorizaria nunca ao ponto de
justificar o accionar da sua cláusula (entre 6 a 7 milhões).
Pode-se dar o caso de JJ não ser à partida
grande adepto das qualidades de Slimani e ter dado luz verde a uma boa venda,
resguardando o grego para o seu lugar. Pode-se até ter dado a eventualidade de
com os treinos e especialmente com os jogos, JJ ter mudado de opinião e o plano
que envolvia Mitroglou ter ficado como opção caso chegasse uma proposta
irrecusável pelo titular argelino.
O que é certo é que durante um mês, o Sporting
regateou ao milhão as condições de empréstimo e durante esse tempo não chegou a
tal proposta inglesa por Slimani. A partir do jogo de apresentação era óbvio
que ficou tarde demais para vender o nosso avançado mais valorizado. Porquê?
1/ O apuramento para a fase de grupos da
Champions termina nos últimos dias de Agosto. Qual é o clube que vai
desembolsar 15 ou 16 milhões (valor especulado na imprensa que “obrigaria” o
Sporting a vender Slimani...eu penso que será um pouco mais) numa fase tão
tardia? Os clubes ingleses e franceses são os mais apreciadores das qualidades
de Islam, mas os encaixes dos contratos televisivos já foram feitos (a grande
fatia dos seus orçamentos) e por estes dias estão a terminar as grandes
contratações. Passando esta janela, que terminará nesta semana, qualquer
negócio será feito com menos fulgor e convínhamos que 16 milhões, mesmo para um
clube médio inglês é um patamar de excepção...onde Slimani “ainda” não entrou.
2/ A cada jogo da pré-época que passou foi
ficando mais difícil aceitar a venda de Slimani como “um bom negócio”. Tacticamente
salta aos olhos que a equipa com o argelino faz mais, melhor e de forma mais
natural. Aliás o esquema “sagrado” de JJ dos dois pontas de lança móveis na
frente até já está a ser adaptado a um avançado fixo (Slimani) e um vagabundo
(Montero ou Teo) que pode até funcionar (e...muitas vezes) nas costas do
primeiro. Esta adaptação chama-se “rendição” ao talento do argelino e seria uma
facada nos planos de Jesus fazer cair por terra todo o seu trabalho de
construção com uma venda.
Ora se vender Slimani deixou de ser há algum
tempo uma hipótese, Mitroglou só poderia chegar como suplente e nessa qualidade
havia que fazer baixar as condições contratuais para valores que encaixassem na
definição de alternativa. O que não aconteceu. No impasse (o Sporting não
necessitava de desatar este quadro...apenas por prevenção) chegou o Benfica e
ao que parece não negociou sobre os mesmos moldes, mas sim com um agravamento
das condições. Para mim esta operação não pode ser considerada tão fabulosa
como parece e explico porquê.
Depois de Vitória ter decidido manter as
rotinas tácticas desenvolvidas ao longo de 6 anos e especialmente depois de
vender Lima, era mais ou menos natural que fossem ao mercado adquirir um
jogador semelhante, ou seja, um avançado rápido que saiba movimentar-se
verticalmente no terreno, marcando mas também tendo recursos para dar a marcar.
Nem Nelson Oliveira, nem Jonathan encaixam nesse plano. Então para que servirá
Mitroglou, um avançado que pela sua natureza desloca-se muito menos que por exemplo
Slimani ?
Poderá o novo treinador do Benfica fazer a
mesma adaptação que Jesus, fazendo cair o desenho de 2 avançados para adaptar
Mitroglou? Parece simples não é? Errado. Nessa situação Jonas perderia
expressão, especialmente goleadora. É o que se chama não ficar pedra sobre
pedra. O grego e o brasileiro serão compatíveis? Na minha opinião...não. Ou
melhor serão menos do que o foram com Lima. Volto à mesma questão...não seria
mais eficaz apostar as fichas num substituto que encaixe no perfil que já está
trabalhado? A estrutura ao que parece não resistiu a um “furto”e para mim é
óbvio que compraram mais problemas que soluções e quase que adivinho a azia de Rui
Vitória ao ter de ceder ao “golpe” mediático, mais do que receber soluções aos seus
problemas. Ainda para mais, saindo Gaitan, a equipa não tem um extremo que seja
modelado para triangulações que é a verdadeira forma de servir Mitroglou, ao contrário
do Sporting que tem Carrilho (até ver), Ruiz e Mané.
Resumindo, acerca de furtos e roubos, façam
bom proveito e...desfrutem.
SL
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Ah...e tal
Como já vem sendo hábito, as segundas-feiras são o palco de referência para as justificações futebolísticas nos media. Depois de os 2 grandes de Lisboa darem por encerrada a sua pré-época, ontem foi tempo para "reflectir" nos pontos de situação dos dois clubes. E, meus caros, foi um manjar divino de comédia, ou se preferirem, um manjar de comédia divina.
O Sporting, apesar de todas as novidades, upgrades ou fortalecimento teórico foi completamente relegado para segundo plano. Mas desta vez por uma boa razão. Houve que apresentar todo um rol de desculpas, 96% delas completamente esfarrapadas, para que seja compreensível e até admissível o zero redondo em que se encontra o super candidato, favorito, eternamente preferido Sport Arábico e Benfica.
Eis só algumas das justificações:
- Em digressão (a tal que era a do século...) é difícil treinar e afinar uma equipa.
- A equipa oscilou entre locais do globo com temperaturas muito altas e muito baixas.
- Competiu com equipas de grande nomeada (...como o Monterrey ou o América, ou mesmo a 2ª linha do PSG)
- Enfrentou equipas com uma preparação muito mais adiantada (...como a Fiorentina, ou um NY Red Bulls em versão rodízio de jogadores)
- O Rui Vitória não conhecia os jogadores em modo treino (...?...)
- O Carnide faz más pré-épocas e depois boas temporadas (é uma causa-efeito parodoxal, para não dizer mais)
- Foram demasiadas viagens longas (de quem será a culpa?)
- Foram contratados muitos jogadores que não conheciam Portugal e o Benfica (Sporting e Porto contrataram muitos mais "estrangeiros"...mas ok)
- Alguns dos reforços ainda não assimilaram as ideias do treinador (quais ideias?)
Enfim, há de tudo e para qualquer gosto. A principal conclusão ou elação ninguém faz ou tira...o Benfica está tremendamente atrasado na preparação de uma equipa, quer na definição do plantel, quer no trabalho táctico de um onze. Estes dois factos, repito - factos, são porventura emanados pelo mesmo problema de origem - a restrição orçamental e aqui reside o cenário que todos os media andam a tentar construir (porque há dados suficientes que o permitem fazer): Vieira simplesmente não tem crédito bancário ou sequer folga de tesouraria para gastar. E das duas uma...ou vende Gaitan usando a verba para contratar 3 ou 4 jogadores de media-alta qualidade, ou o plantel será mesmo este com uns reforços de veteranos sem contrato de última hora...o pior é que nem todos os dias é Natal e o efeito Jonas é muito raro no futebol.
Ao menos o Sporting no início do mandato de BdC enfrentou a realidade e usou de honestidade para comunicar que enfrentaria um período de restrições orçamentais...porque não havia dinheiro, ponto final. Mas com Vieira nunca se terá essa "sorte" ou frontalidade e os adeptos encarnados navegam entre uma espartana vontade de alinhar no discurso de "no poupar é que está o ganho" e uma incrédula vontade de perguntar onde param os milhões permanentemente anunciados.
Para mim não restam dúvidas que a tal "estrutura" do Benfica tem um problema chamado dinheiro e sem ele é muito complicado construir equipas, até porque a dependência da acção no mercado de Jorge Mendes é absoluta. Causa-me alguma perplexidade e confesso, muito divertimento, o estado de negação dos dirigentes e adeptos que se recusam a ver porque motivos o Monterrey limpou a Taça Eusébio com 3 limpos (podiam ter sido mais não fora as boas defesas de Júlio Cesar...). Simplesmente não conseguem ver, ou tentam evitar de entender o contraste desta equipa, com a que venceu a Liga ainda em Maio. É que resta apenas a disposição dos jogadores no terreno (e até isso está um pouco embrulhado) e os nomes nas camisolas.
Antes que se apressem a contestar este post com a tal boca "ah e tal só sabes falar nos rivais..." tenho que dizer aos mesmos que tontos são aqueles que não olham para os seus adversários e grandes são os que os consideram e respeitam...começando por analisar as suas forças e fraquezas. A grandeza de um clube ou massa associativa não advém de uma superioridade ou sobreposição sobre os outros, que impeça falar, pensar ou comparar-se com o rival. E sobretudo não me desfoca na devoção ao meu clube, bem pelo contrário. A identidade e a identificação faz-se sobretudo pela diferença e pela afirmação dessa diferença. Mas sem teorias de superioridade...o Sporting é melhor, maior e assim o será sempre...incondicionalmente, mas essa é a minha visão completamente parcial e interessada.
Pena que muitos não admitam que os comentários e análises que fazem sofrem do mesmo problema e pena também que outros se afirmem convictamente superiores tentando suportar essa posição com pseudo-factos e não com estados emocionais. O futebol português e eu ficaríamos muito agradecidos.
SL
O Sporting, apesar de todas as novidades, upgrades ou fortalecimento teórico foi completamente relegado para segundo plano. Mas desta vez por uma boa razão. Houve que apresentar todo um rol de desculpas, 96% delas completamente esfarrapadas, para que seja compreensível e até admissível o zero redondo em que se encontra o super candidato, favorito, eternamente preferido Sport Arábico e Benfica.
Eis só algumas das justificações:
- Em digressão (a tal que era a do século...) é difícil treinar e afinar uma equipa.
- A equipa oscilou entre locais do globo com temperaturas muito altas e muito baixas.
- Competiu com equipas de grande nomeada (...como o Monterrey ou o América, ou mesmo a 2ª linha do PSG)
- Enfrentou equipas com uma preparação muito mais adiantada (...como a Fiorentina, ou um NY Red Bulls em versão rodízio de jogadores)
- O Rui Vitória não conhecia os jogadores em modo treino (...?...)
- O Carnide faz más pré-épocas e depois boas temporadas (é uma causa-efeito parodoxal, para não dizer mais)
- Foram demasiadas viagens longas (de quem será a culpa?)
- Foram contratados muitos jogadores que não conheciam Portugal e o Benfica (Sporting e Porto contrataram muitos mais "estrangeiros"...mas ok)
- Alguns dos reforços ainda não assimilaram as ideias do treinador (quais ideias?)
Enfim, há de tudo e para qualquer gosto. A principal conclusão ou elação ninguém faz ou tira...o Benfica está tremendamente atrasado na preparação de uma equipa, quer na definição do plantel, quer no trabalho táctico de um onze. Estes dois factos, repito - factos, são porventura emanados pelo mesmo problema de origem - a restrição orçamental e aqui reside o cenário que todos os media andam a tentar construir (porque há dados suficientes que o permitem fazer): Vieira simplesmente não tem crédito bancário ou sequer folga de tesouraria para gastar. E das duas uma...ou vende Gaitan usando a verba para contratar 3 ou 4 jogadores de media-alta qualidade, ou o plantel será mesmo este com uns reforços de veteranos sem contrato de última hora...o pior é que nem todos os dias é Natal e o efeito Jonas é muito raro no futebol.
Ao menos o Sporting no início do mandato de BdC enfrentou a realidade e usou de honestidade para comunicar que enfrentaria um período de restrições orçamentais...porque não havia dinheiro, ponto final. Mas com Vieira nunca se terá essa "sorte" ou frontalidade e os adeptos encarnados navegam entre uma espartana vontade de alinhar no discurso de "no poupar é que está o ganho" e uma incrédula vontade de perguntar onde param os milhões permanentemente anunciados.
Para mim não restam dúvidas que a tal "estrutura" do Benfica tem um problema chamado dinheiro e sem ele é muito complicado construir equipas, até porque a dependência da acção no mercado de Jorge Mendes é absoluta. Causa-me alguma perplexidade e confesso, muito divertimento, o estado de negação dos dirigentes e adeptos que se recusam a ver porque motivos o Monterrey limpou a Taça Eusébio com 3 limpos (podiam ter sido mais não fora as boas defesas de Júlio Cesar...). Simplesmente não conseguem ver, ou tentam evitar de entender o contraste desta equipa, com a que venceu a Liga ainda em Maio. É que resta apenas a disposição dos jogadores no terreno (e até isso está um pouco embrulhado) e os nomes nas camisolas.
Antes que se apressem a contestar este post com a tal boca "ah e tal só sabes falar nos rivais..." tenho que dizer aos mesmos que tontos são aqueles que não olham para os seus adversários e grandes são os que os consideram e respeitam...começando por analisar as suas forças e fraquezas. A grandeza de um clube ou massa associativa não advém de uma superioridade ou sobreposição sobre os outros, que impeça falar, pensar ou comparar-se com o rival. E sobretudo não me desfoca na devoção ao meu clube, bem pelo contrário. A identidade e a identificação faz-se sobretudo pela diferença e pela afirmação dessa diferença. Mas sem teorias de superioridade...o Sporting é melhor, maior e assim o será sempre...incondicionalmente, mas essa é a minha visão completamente parcial e interessada.
Pena que muitos não admitam que os comentários e análises que fazem sofrem do mesmo problema e pena também que outros se afirmem convictamente superiores tentando suportar essa posição com pseudo-factos e não com estados emocionais. O futebol português e eu ficaríamos muito agradecidos.
SL
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
As candidaturas
No início da época são todos candidatos. Todos
se declaram possíveis vencedores. No último dia de Agosto algumas coisas podem
mudar e lá para meados de Outubro os cenários e as candidaturas são bem
diferentes.
O Sporting anunciou a sua mudança. Investir.
Na equipa técnica e em jogadores que tragam mais hipóteses de sucesso, é uma
forma de candidatura. Nem todos os jogadores chegados reforçaram essa intenção,
mas o mercado está longe de estar fechado e tal como o rival de Lisboa,
espera-se pelo dinheiro de vendas para ir a uma segunda fase de compras. Uma
primeira abordagem essencial está feita. Há um esboço de equipa mínima, veremos
se chegamos ao outro nível.
No Benfica o cenário parece invertido, mas o
discurso é o mesmo. Não poderia ser doutra forma. Têm a vantagem de ter toda a
opinião mediática a suportar uma ideia, errada quanto a mim, que estão no mesmo
patamar de soluções que os restantes rivais. Os resultados não dizem tudo, mas
se olharmos atentamente ao plantel encarnado, falta ali tanta coisa, que só se
pode concluir que há uma enorme fezada em Carnide que os veteranos Júlio César,
Luisão e Jonas suportem mais um ano de alta rodagem (é que não existem
alternativas) e que elementos como Jardel, Eliseu ou Pizzi façam sem JJ o mesmo
nível de prestações. Pode-se culpar Rui Vitória por um plantel repleto de
dúvidas quando tanto se promove a “estrutura”? Pode-se culpar um treinador por
toda uma abordagem de mercado a contar com a venda de Salvio e Gaitan? Estará a
“estrutura” a contar com “Colinho” para preencher as lacunas evidentes da
preparação da nova época?
No Porto é tempo de abundância. Uma
inacreditável abundância. Dizem que estão a gastar o dinheiro das vendas. Sim,
elas existiram. Mas sinceramente espantar-me-ia se aos cofres da SAD tivessem
chegado metade de todas as verbas anunciadas. O peso salarial do plantel (que
ainda não está fechado) é de tal ordem que é evidente que esta versão portista
é um autêntico viveiro de negócios. E por vezes os negócios não defendem
penaltis nem marcam golos. Mas não vale a pena tapar o sol com a peneira, o
Porto está a montar um conjunto de jogadores fortíssimo, com nomes de peso,
muitas e assinaláveis soluções. Veremos se Lopetegui é rapaz para formar um
onze ao mesmo nível. Se fosse dado este plantel a outros treinadores...
É cada vez mais evidente a descolagem dos 3
grandes de todas as outras equipas, durante várias épocas o Braga lutou por
criar uma ponte entre a 2ª linha e os 3 crónicos candidatos. Cada vez mais esse
cenário se afasta e o desinvestimento de Jorge Mendes quer no Benfica, quer no
Braga pesa sobretudo nas hipóteses do clube minhoto. Paulo Fonseca tem um
plantel muito longe das equipas dadas a JJ, Domingos ou Leonardo Jardim...e por
mais que não aprecie a colagem do presidente do Braga aos sugardaddys Porto e
Benfica, tenho pena que não existam mais equipas a contrariar o peso dos 3
habituais grandes.
SL